Saiba como descobrir e prevenir a hipertensão arterial
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, afeta cerca de 38,1 milhões de brasileiros acima dos 18 anos. Ela é uma doença que atinge os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. A pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo o indivíduo considerado hipertenso quando o resultado ficar […]
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, afeta cerca de 38,1 milhões de brasileiros acima dos 18 anos. Ela é uma doença que atinge os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. A pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo o indivíduo considerado hipertenso quando o resultado ficar maior ou igual a 14 por 9 na maior parte do tempo.
Herdada dos pais em 90% dos casos, a hipertensão também pode ser adquirida a partir de diversos fatores que influenciam na pressão arterial, como a obesidade, sedentarismo e níveis altos de colesterol. Além disso, a doença raramente apresenta sinais ou sintomas de alerta, o que a torna ainda mais perigosa. No mês de combate à hipertensão arterial, conheça mais sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento.
Sinais, sintomas e diagnóstico
A hipertensão é considerada uma doença silenciosa e os sintomas só costumam aparecer quando a pressão atinge índices mais altos ou quando já está em fase mais avançada, podendo ocorrer:
- Dor de cabeça
- Falta de ar
- Visão embaçada
- Zumbido no ouvido
- Tontura
- Dores no peito
- Sangramento nasal
A melhor forma de diagnosticar precocemente a hipertensão, é através das consultas regulares ao médico. Pessoas acima de 20 anos de idade devem fazer a aferição da pressão ao menos uma vez por ano. Se houver hipertensos na família, o ideal é realizar a medição a cada seis meses. Exames como o holter, que vigia a pressão ao longo de 24 horas, são os mais indicados para determinar a existência da doença.
Prevenção e controle
A hipertensão não possui cura, mas pode ser controlada. Em alguns casos, o paciente consegue conter a doença apenas através de mudanças na alimentação e no estilo de vida, incluindo exercícios físicos e ferramentas de redução do estresse. Entretanto, apenas o médico pode determinar o melhor método e indicar a medicação anti-hipertensiva ideal para cada caso.
A prevenção da hipertensão passa por fatores de risco não controláveis e os controláveis. Confira:
Fatores de risco não controláveis
- Idade: homens acima dos 55 anos e mulheres acima dos 65 têm mais chances de desenvolver pressão alta;
- Genética: possuir um parente próximo que tenha pressão alta aumenta suas chances de desenvolver a doença.
Fatores de risco controláveis
- Excesso de peso: o sobrepeso dificulta a circulação do sangue, o que pode aumentar a pressão nos vasos;
- Excesso de sal: o sódio retém água no organismo, o que pode obstruir os vasos sanguíneos;
- Álcool: além de calórico, aumenta a pressão arterial no organismo;
- Tabagismo: substâncias tóxicas presentes no cigarro contraem os vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial;
- Sedentarismo: não praticar exercícios físicos aumenta as chances de desenvolver a hipertensão;
- Estresse: repetidas situações de estresse no dia a dia podem ser um fator de risco para a pressão alta.
Complicações
Quando não controlada, a pressão alta pode ser um fator de risco para diversas doenças. Ela sobrecarrega o coração e também acelera o processo de obstrução arterial, conhecido como aterosclerose. São algumas das complicações da hipertensão: ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e insuficiência renal.
Em mulheres grávidas, a doença é chamada de pré-eclâmpsia e pede atenção redobrada. Ela aumenta a possibilidade de parto prematuro e, quando não controlada, evolui para eclâmpsia, caracterizada pela ocorrência de convulsões, com graves riscos para a vida da mãe e do bebê.
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