Outubro Rosa: avanços no tratamento e prevenção do câncer de mama
O tratamento contra o câncer de mama vem se tornando cada vez mais efetivo, especialmente em pacientes com diagnóstico precoce. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as chances de cura são de mais de 90% quando o câncer é descoberto em sua fase inicial. Apesar desse dado animador, 35% das mulheres acometidas […]
O tratamento contra o câncer de mama vem se tornando cada vez mais efetivo, especialmente em pacientes com diagnóstico precoce. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as chances de cura são de mais de 90% quando o câncer é descoberto em sua fase inicial.
Apesar desse dado animador, 35% das mulheres acometidas descobrem o câncer de mama já em estágio avançado, o que limita as possibilidades de tratamento e dificulta as chances de cura.
Mas avanços no tratamento da doença vêm oferecendo resultados positivos mesmo em casos mais avançados. Conheça três desses progressos científicos no tratamento e prevenção do câncer de mama.
Novo medicamento
Recentemente, pesquisadores relataram notícias animadoras sobre um novo tipo de medicamento, o trastuzumabe deruxtecana.
Essa droga funciona utilizando um biomarcador como alvo – ou seja, o medicamento só é liberado após os anticorpos que nós produzimos encontrarem a célula específica do câncer. Ao encontrar a célula doente, o medicamento é liberado, destruindo-a.
Por ser uma terapia baseada em células-alvo, o trastuzumabe deruxtecana possui maior potencial quimioterápico e provoca menos efeitos colaterais sistêmicos quando comparado aos tratamentos mais convencionais.
Em relação à eficácia, o novo medicamento reduziu o risco de morte das pacientes em 36%, praticamente dobrando o tempo de sobrevida livre de progressão da doença.
Exame de sangue detecta câncer de mama em estágios iniciais
Uma equipe de pesquisadores internacionais desenvolveu um exame de sangue que pode ajudar a detectar o câncer de mama ainda em seus estágios iniciais.
O teste consegue apontar a presença de Células Tumorais Circulantes (CTCs) a partir de uma amostra de apenas 5 ml de sangue. A existência dessas células é sinal da ação de um tumor e, portanto, qualquer resultado positivo deve ser investigado.
O exame, pouco invasivo, é especialmente útil para mulheres mais jovens, que ainda não realizam a mamografia com frequência.
O poder da imunoterapia
Um estudo apresentado por cientistas europeus revelou que a utilização de anticorpos – a chamada imunoterapia – associados à quimioterapia e radioterapia no tratamento do câncer de mama e outras neoplasias aumentou consideravelmente a qualidade e a expectativa de vida das pacientes.
Segundo a pesquisa, a utilização do anticorpo pembrolizumabe no regime de tratamento reduziu o risco de morte das mulheres em 33%, além de diminuir a probabilidade da progressão da doença em 36%.
Outra opção de imunoterapia inclui, ainda, o atezolizumabe, que apresenta resultados de eficácia igualmente promissores. Segundo pesquisas, a droga promove uma redução de 34% no risco de recorrência do câncer ou morte.
Dessa maneira, os tratamentos com imunoterapia diminuem a taxa de recorrência da doença, garantindo maior qualidade de vida às mulheres afetadas, e aumentam as chances de cura