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Dia Mundial de Doação do Leite Humano: saiba quem pode e como doar

19 de maio de 2022

No dia 19 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Doação do Leite Humano. A data foi criada para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de leite humano, aumentar a conscientização sobre o aleitamento materno e divulgar os bancos de leite humano existentes nos estados e municípios do Brasil. A amamentação é […]

Dia Mundial de Doação do Leite Humano: saiba quem pode e como doar

No dia 19 de maio, é celebrado o Dia Mundial de Doação do Leite Humano. A data foi criada para sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de leite humano, aumentar a conscientização sobre o aleitamento materno e divulgar os bancos de leite humano existentes nos estados e municípios do Brasil.

A amamentação é recomendada até os dois anos de idade ou mais, e durante os seis primeiros meses a dieta do bebê deve constar exclusivamente de leite materno, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Infelizmente, essa não é a realidade de muitas mães e filhos. Segundo pesquisa realizada pela Famivita, três em cada dez brasileiras não conseguem amamentar seus bebês exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida. Isso se deve a uma série de fatores, mas um deles é justamente a produção insuficiente de leite por algumas mães.

A doação de leite humano pode ser realizada por qualquer mulher saudável que tenha uma produção excessiva de leite e não faça uso de medicamentos que impeçam a doação. Além de beneficiar outros bebês, a mãe que doa leite humano tem menos chances de desenvolver câncer de mama. 

O ideal é que a coleta seja realizada logo após cada mamada. Deixe o beber mamar até que esteja satisfeito e, em seguida, realize a coleta. Não é preciso ter uma produção muito grande para que a doação possa ser realizada: um litro de leite materno pode alimentar até dez recém-nascidos por dia.

Alguns passos devem ser seguidos pelas mães que querem realizar a doação do leite excedente.

Prepare o frasco para doação

Os bancos de leite só aceitam frascos de vidro com tampa de plástico. Eles devem ser higienizados em casa: basta retirar qualquer rótulo, lavá-los e fervê-los por 15 minutos. Depois, escorra o frasco e a tampa, com as aberturas voltadas para baixo sobre um pano limpo até que estejam secos. Ao fechar o frasco, é importante não tocar com as mãos na parte interna da tampa. 

Faça a higienização pessoal

Além do frasco onde o leite vai ser depositado, a higiene pessoal da mulher que vai realizar a doação também é muito importante. A mãe deve, inicialmente, cobrir o cabelo com uma touca, para evitar que fios caiam no frasco. Em seguida, é preciso lavar as mãos até o cotovelo com água e sabão e, logo após, lavar a mama apenas com água, secando-a com uma toalha limpa.

Evite conversar enquanto o leite é retirado e, se possível, cubra o nariz e a boca com uma fralda ou máscara. 

Retirando o leite materno

Após os processos de higienização, escolha um local calmo e tranquilo para fazer a retirada do leite. O ideal é que ele seja retirado de forma manual.

  • A mãe deve massagear as mamas com as pontas dos dedos, realizando movimentos circulares da aréola (parte escura da mama) em direção ao corpo;
  • Posicionando firmemente os dedos indicadores na borda inferior e polegar na borda superior da aréola, empurre para trás, em direção ao corpo;
  • Comprima os dedos um contra o outro, repetindo o movimento até o leite começar a sair;
  • Despreze as primeiras gotas e posicione o frasco abaixo da aréola de modo a coletar o leite.

Armazene o leite coletado

Procure não encher o frasco até a borda, deixando ao menos um espaço de dois dedos entre o líquido e a tampa.

O frasco com o leite deve ser bem fechado e armazenado na geladeira ou freezer por até 10 dias. Caso adicione ao mesmo frasco leites de dias diferentes, mantenha sempre em mente o dia do primeiro leite coletado. Neste prazo, contate o banco de leite humano mais próximo da sua residência e veja como transportar até o banco ou se oferecem opção de coleta domiciliar. 

Como ser uma doadora

Neste link é possível saber os bancos de leite humano disponíveis em todo o Brasil e entrar em contato para conhecer o procedimento de doação. As informações também podem ser obtidas por meio do Disque Saúde 136, do Ministério da Saúde.

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Sobrecarga: inimigo da saúde mental das mães

6 de maio de 2022

Acordar no meio da noite com o choro da criança, amamentar, trocar a fralda, dar banho, vigiar constantemente as brincadeiras, acompanhar o rendimento escolar. São inúmeras as tarefas que podem sobrecarregar a mãe após o nascimento e ao longo do crescimento do filho. E esse acúmulo de obrigações, em conjunto com os afazeres domésticos e […]

Sobrecarga: inimigo da saúde mental das mães

Acordar no meio da noite com o choro da criança, amamentar, trocar a fralda, dar banho, vigiar constantemente as brincadeiras, acompanhar o rendimento escolar. São inúmeras as tarefas que podem sobrecarregar a mãe após o nascimento e ao longo do crescimento do filho. E esse acúmulo de obrigações, em conjunto com os afazeres domésticos e as demandas profissionais, podem acabar tendo um efeito negativo sobre a saúde mental materna.

O excesso de preocupações que recai sobre as mães após o nascimento dos filhos sempre existiu, mas foi agravado pela pandemia, já que as crianças passaram a maior parte do tempo em casa sob os cuidados maternos. 

De acordo com pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul realizada com mães de todo o Brasil, 83% delas se sentem sobrecarregadas por cuidar dos filhos durante a pandemia. Além disso, das mulheres entrevistadas, 25% apresentaram sintomas de depressão, 26% relataram sinais de ansiedade e 22% de estresse. 

Por isso, é importante que a mãe sempre reserve um tempo para cuidar do seu bem-estar e da sua saúde mental.

Sentimento de culpa é comum em mães sobrecarregadas

A sobrecarga ocorre quando várias atividades estão concentradas somente na mãe: cuidar dos filhos e da casa, acompanhar o rendimento escolar das crianças, manter um relacionamento saudável com o parceiro, fazer compras, cuidar do próprio corpo, etc.

Para além dessas tarefas consideradas “domésticas”, há ainda a preocupação com a vida profissional. O excesso de obrigações em casa e no trabalho e a sensação de falha por não conseguir cumpri-las a tempo podem levar ao desenvolvimento de sentimentos de culpa, insuficiência e fracasso.

Eventualmente, esse ciclo de autoculpabilização provoca uma série de condições que impactam negativamente a saúde mental e, consequentemente, o dia a dia da mulher. Muitas mães têm vergonha, orgulho ou medo de pedir ajuda e acabam desenvolvendo doenças como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e outros transtornos mentais. 

Construir rede de apoio é essencial

O principal motivo para a sobrecarga materna é a divisão desigual de tarefas: conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres dedicam aos afazeres domésticos o dobro de horas que os homens. 

Por isso, pais e cuidadores também precisam assumir responsabilidades sobre o cuidado dos filhos e da casa. O casal deve entender que, além de dividir a execução dos trabalhos físicos, a divisão de tarefas engloba também o planejamento conjunto do funcionamento do ambiente doméstico e da criação dos filhos.

Dessa maneira, é importante conversar com o(a) parceiro(a) para que ele ou ela entenda que tomar algumas das obrigações domésticas para si não é um favor, mas uma obrigação. Isso ajuda a criar uma rede de apoio em que todos dividem igualmente as tarefas, e que pode incluir também outras pessoas como os avós, tios e amigos do casal.

É importante destacar que a mulher pode – e deve – pedir ajuda sempre que necessário, mas o companheiro e as outras pessoas ao redor devem ser proativos e propor desde cedo uma divisão igualitária das obrigações. Assim, é possível criar um ambiente saudável e compreensível para todos, evitando que a mãe se sinta sobrecarregada.

Algumas dicas podem ser seguidas pelo casal para evitar a sobrecarga mental materna:

  • Compartilhar o cuidado com a casa e os filhos: sempre que for preciso, as mães devem pedir para que o(a) parceiro(a) assuma a responsabilidade sobre algum aspecto do cuidado com a casa ou os filhos. O ideal é que o casal converse e planeje com antecedência as atribuições de cada um.
  • Construir uma rede de apoio: são comuns as situações em que o casal precisa da ajuda de uma pessoa externa para, por exemplo, cuidar das crianças durante o trabalho. Essa pessoa pode ser um avô, um outro familiar, um profissional ou até mesmo um amigo próximo.
  • Buscar ajuda profissional: quando a mãe hesita em dividir as tarefas domésticas com o(a)  companheiro(a), pode acumular muitas funções e desenvolver algum tipo de transtorno psicológico, como ansiedade e depressão. Nesses casos, é sempre recomendado buscar ajuda profissional, como um psicólogo, para tratar o problema e modificar os comportamentos que o originaram. 

Leia também: Cólicas em recém-nascidos: como identificar e aliviar dores

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Dia Internacional da Mulher: saiba quais exames preventivos devem ser feitos periodicamente

11 de março de 2022

Uma das principais formas de manter a saúde em dia é através da realização dos exames de rotina. Mas você sabia que 20% das brasileiras não vão ao ginecologista com frequência? É o que mostra um levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A pesquisa revela que pelo menos 5,6 […]

Dia Internacional da Mulher: saiba quais exames preventivos devem ser feitos periodicamente

Uma das principais formas de manter a saúde em dia é através da realização dos exames de rotina. Mas você sabia que 20% das brasileiras não vão ao ginecologista com frequência? É o que mostra um levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A pesquisa revela que pelo menos 5,6 milhões de mulheres não costumam se consultar com um ginecologista-obstetra, 16,2 milhões não passam por consulta há mais de um ano e 4 milhões nunca procuraram um profissional da área.

Ainda de acordo com o estudo, as principais razões que levam as brasileiras a não frequentarem o ginecologista são considerar-se saudável, o que corresponde a 31% das respostas, e não achar importante ou necessário, argumentação dada por 22% das entrevistadas. Porém, aqui vai uma informação de alerta: mesmo sem qualquer anormalidade, a consulta com o seu ginecologista deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano, após a primeira menstruação. 

Mas por qual razão é tão importante ir ao ginecologista? Porque é durante essa consulta que a mulher pode tirar dúvidas e receber orientações sobre cuidados com higiene íntima, ciclo menstrual, prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, câncer de colo de útero, de mama e tantas outras doenças. Por isso, neste Dia Internacional da Mulher (8/3), conheça os principais exames que toda mulher deve fazer para manter a sua saúde em dia. 

História clínica e exame clínico

Durante a consulta anual com o ginecologista, o médico investiga sinais, sintomas e fatores de risco, além de realizar o exame clínico das mamas, exame especular e toque vaginal. A história clínica e exame clínico têm a finalidade de detectar alterações e direcionar os exames necessários para diagnóstico e tratamento específico.

Exames de sangue

Os exames de sangue são solicitados a critério do médico para investigação e diagnóstico, de acordo com a história clínica e exame físico da paciente. Eles traçam um panorama sobre a saúde da mulher, sendo os mais comuns o hemograma, colesterol total e frações, glicemia de jejum, creatinina, HIV, sífilis, hepatites B e C, THS, T4livre, FSH, LH. 

Papanicolau (Colpocitologia Oncótica)

Consiste na coleta de material da vagina e do colo do útero para análise citológica em laboratório. Através do papanicolau é possível não apenas diagnosticar, mas também determinar o risco da mulher desenvolver câncer de colo no útero. Deve ser realizado anualmente, a partir do início da vida sexual.

Ultrassom pélvico e transvaginal

Os exames de imagem de ultrassom pélvico e transvaginal servem para medir e examinar útero, trompas, colo uterino e ovários, verificando a existência ou não de pólipos, cistos, miomas ou endometriose, doença em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce de maneira irregular. Devem ser realizados todos os anos, após a consulta com o médico ginecologista.

Mamografia

A mamografia é o principal exame capaz de detectar precocemente o câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que seja feito anualmente a partir dos 40 anos de idade. Em caso de histórico familiar, a realização do exame deve iniciar-se 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente, porém não antes dos 27 anos. Para as mulheres trans e travestis que usam o hormônio estrogênio, a indicação é iniciar a realização da mamografia a partir dos 40 anos ou após 15 anos de uso da medicação.

Ultrassom de mamas

A ultrassonografia de mamas analisa e identifica pequenas lesões, cistos ou nódulos mamários. É indicado para pacientes jovens, com mamas densas, ou como complemento do exame de mamografia. 

Densitometria óssea

Com o objetivo de avaliar se a paciente corre risco de osteoporose, a densitometria óssea é um exame com raios X, que mede a densidade mineral dos ossos. É realizado anualmente após a menopausa. Se nada for detectado no último exame, pode ser feito a cada dois anos.

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