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Epilepsia: tratamento adequado pode evitar crises

29 de março de 2022

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por pequenas lesões no cérebro, que podem ser decorrentes de traumas durante ou após o parto, infecções, malformações, tumores ou até um acidente vascular cerebral. Muitas vezes, inclusive, não é possível determinar as causas que deram origem ao problema, mas a consequência é semelhante: descargas elétricas anormais de […]

Epilepsia: tratamento adequado pode evitar crises

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por pequenas lesões no cérebro, que podem ser decorrentes de traumas durante ou após o parto, infecções, malformações, tumores ou até um acidente vascular cerebral. Muitas vezes, inclusive, não é possível determinar as causas que deram origem ao problema, mas a consequência é semelhante: descargas elétricas anormais de neurônios, células que compõem o cérebro, que resultam em perda de consciência súbita e movimentos involuntários.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1% da população mundial sofre de epilepsia. Os sinais e sintomas da doença variam de acordo com os tipos de crise epiléptica, sendo a tônico-clônica a mais comum. Chamada normalmente de convulsão, ela é facilmente identificada, já que o paciente apresenta abalos musculares generalizados e salivação excessiva (sialorreia). Muitas vezes, o indivíduo morde a língua e perde urina e fezes. 

Outros tipos de crise apresentam manifestações mais sutis, como alteração discreta de comportamento, olhar parado e movimentos automáticos, e podem ser de difícil reconhecimento até mesmo para médicos. Em crianças, é comum a ocorrência de crises de ausência ou desligamento, caracterizadas por uma breve parada na atividade que estava sendo desempenhada e olhar fixo. 

Há também crises que se manifestam como se a pessoa estivesse em estado de alerta, mas sem controle de seus atos. Nesse tipo de crise o indivíduo faz movimentos involuntários, mastigando sem parar, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Quando a crise parcial complexa, como é chamada, chega ao fim, a pessoa não se recorda do que aconteceu. 

Existem também outros tipos de crise que podem provocar quedas sem nenhum movimento ou contrações, percepções visuais ou auditivas anormais e alterações transitórias da memória.

Diagnóstico e tratamento 

Além dos sintomas das crises que assustam e causam medo, a epilepsia é uma doença acompanhada de preconceito e estigma social. Por esses motivos, poucas pessoas acabam recebendo o tratamento adequado, única possibilidade de garantir uma qualidade de vida para os pacientes. E a melhor forma de mudar esse contexto é através da conscientização, como propõe a campanha Março Roxo, coordenada pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE). 

O diagnóstico da epilepsia é feito por meio da avaliação do histórico do paciente, com informações sobre os tipos de crise e os sintomas apresentados. Alguns exames são importantes para auxiliar na investigação, como o eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro. 

A partir do diagnóstico do tipo de epilepsia, o médico irá determinar o tratamento mais adequado. As crises são tratadas com o uso de medicações denominadas de antiepilépticos. Em alguns casos podem ser indicados tratamentos coadjuvantes, como o uso da dieta cetogênica, tratamento cirúrgico, neuromodulação e o canabidiol, um dos compostos da folha da maconha que passou a ser utilizado para tratar a doença.

Com o tratamento clínico, com base nos antiepilépticos, a maioria das pessoas com epilepsia tem suas crises controladas e, com isso, podem ter uma vida normal, com a retomada de suas atividades diárias e pouca ou nenhuma limitação. Todavia, a recomendação é que o paciente mantenha um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e livre de álcool ou fumo. Exercícios físicos também ajudam na manutenção da saúde física e mental, mas devem ser realizados de acordo com a indicação médica. 

Como agir diante de uma crise epiléptica 

  • Coloque a pessoa em lugar confortável;
  • Retire de perto objetos com que ela possa se machucar;
  • Levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Caso a pessoa esteja babando, coloque-a de lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
  • Afrouxe as roupas;
  • Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
  • Chame uma ambulância caso a crise dure muito tempo, for seguida por outras ou se a pessoa não recuperar a consciência; 
  • Nunca segure a pessoa, dê tapas ou jogue água sobre ela;
  • Não introduza nada na boca e não prenda a língua do indivíduo em crise, isso pode asfixiá-lo e você ainda corre o risco de ter os dedos mordidos.
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Tuberculose tem cura? Saiba tudo sobre a doença

21 de março de 2022

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela é transmitida por meio de gotículas respiratórias, liberadas através da tosse, espirro ou fala, e afeta principalmente o pulmão. Apesar de possuir cura, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose apenas em 2020, de acordo […]

Tuberculose tem cura? Saiba tudo sobre a doença

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Ela é transmitida por meio de gotículas respiratórias, liberadas através da tosse, espirro ou fala, e afeta principalmente o pulmão. Apesar de possuir cura, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose apenas em 2020, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/3), saiba tudo sobre a transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento da enfermidade.  

  1. O que é a tuberculose?

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível. Apesar de afetar principalmente os pulmões, ela pode acometer outros órgãos, sendo considerada tuberculose pulmonar ou extrapulmonar. A extrapulmonar é mais comum em pacientes com comprometimento imunológico, como pessoas que vivem com o vírus HIV. 

  1. Como ocorre a transmissão? 

A transmissão pode ocorrer pelo ar ou de pessoa para pessoa, através de gotículas infectadas, oriundas das vias áreas, expelidas durante a fala, espirro ou tosse. Quando em tratamento adequado por pelo menos duas semanas, a maioria dos pacientes com tuberculose ativa já não transmitem mais a doença.  

  1. Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da tuberculose são tosse (que pode ser acompanhada de sangue), febre, emagrecimento, perda de apetite, sudorese noturna, cansaço e fadiga. O tempo para o surgimento dos sintomas após a infecção muda de paciente para paciente, variando em torno de 4 a 12 meses. 

  1. Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico da tuberculose pode ser feito por meio da realização de raio-X de tórax e do exame do escarro com pesquisa do bacilo de Koch, também chamado de pesquisa de BAAR (Bacilo Álcool-Ácido Resistente). Já em caso de tuberculose extrapulmonar, pode ser realizada também a biópsia do tecido afetado. 

  1. A tuberculose tem cura? 

Realizado sem interrupções, o tratamento da tuberculose é 100% eficaz. A terapia, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), tem duração média de seis meses e é feita à base de antibióticos. O tratamento feito de maneira irregular pode levar ao agravamento da doença e até à morte.

  1. Existem fatores de risco?

A tuberculose é mais comum em homens, na faixa etária de 20 aos 40 anos. São fatores de risco: diabetes, doenças que diminuem a imunidade, como a Aids, tabagismo, álcool e uso de outras drogas. Indígenas, pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade são grupos populacionais com maior vulnerabilidade à enfermidade. 

  1. Como prevenir? 

A principal forma de prevenção à tuberculose é a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin). Disponível no SUS, ela deve ser aplicada em crianças recém-nascidas ou com até 5 anos de idade. Ela protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.

Os pacientes devem aderir a algumas medidas de controle da doença, como manter os ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar, proteger a boca ao falar, tossir e espirrar, além de evitar aglomerações. Pessoas que tiveram contato com indivíduos infectados, mesmo que não apresentem sintomas, precisam ser submetidas à avaliação médica e teste para a tuberculose.

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Síndrome de Down: o que é, principais características e tratamentos

O 21 de março é marcado pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, data de mobilização para conscientização e defesa dos direitos, inclusão e bem-estar das pessoas que possuem a Trissomia 21, uma condição genética em que o indivíduo apresenta a triplicação do cromossomo número 21 em todas ou na maior parte das células. Sendo […]

Síndrome de Down: o que é, principais características e tratamentos

O 21 de março é marcado pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, data de mobilização para conscientização e defesa dos direitos, inclusão e bem-estar das pessoas que possuem a Trissomia 21, uma condição genética em que o indivíduo apresenta a triplicação do cromossomo número 21 em todas ou na maior parte das células. Sendo assim, a criança nasce com maior quantidade de cromossomos nas células do corpo, totalizando 47 cromossomos, ao invés de 46, como a maior parte da população, o que, além de comprometimento cognitivo, provoca algumas características físicas em comum.

Como acontece a Trissomia 21?

 A trissomia do cromossomo 21 ocorre no momento da concepção de uma criança, não é hereditária, sendo considerada uma espécie de acidente genético. Dentro de cada célula do corpo humano estão os cromossomos, estruturas responsáveis por abrir todo o código genético, ou seja, trazem a informação do indivíduo como a cor do cabelo, olhos e pele, altura, sexo, funcionamento e forma de cada órgão, cérebro, coração, estômago, pulmão, etc. Quando há alguma alteração no número de cromossomos é que ocorrem as síndromes genéticas, como a Síndrome de Down.

A Síndrome de Down é considerada a cromossomopatia (anomalia cromossômica) mais frequente e é a principal causa de deficiência intelectual. E apesar de não ser hereditária, a idade da mulher pode influenciar no aumento da chance de ocorrência. Crianças, jovens e adultos que possuem a condição genética podem ter algumas características físicas semelhantes, assim como estão sujeitos a uma maior incidência de determinadas doenças.

Características físicas:

  • Baixa estatura;
  • Língua para fora da boca;
  • Inclinação das pálpebras para cima;
  • Orelhas pequenas e mais baixas que o comum;
  • Prega única palmar;
  • Olhos amendoados e rosto arredondado.

Doenças com maior incidência:

 Atraso no desenvolvimento motor e da linguagem;

  • Apneia do sono;
  • Cardiopatia congênita;
  • Hipotonia (menor tônus muscular);
  • Desenvolvimento intelectual mais lento;
  • Refluxo;
  • Problemas de tireoide;
  • Otite crônica.

Como é feito o diagnóstico?

A Síndrome de Down pode ser descoberta antes do bebê nascer, através de exames realizados durante a gravidez, como o NIPT e Ultrassom Morfológico. O NIPT é um exame não invasivo, realizado durante o pré-natal, por meio da coleta do sangue da mãe. Nele é analisado se o feto tem probabilidade de desenvolver condições genéticas, entre elas a Síndrome de Down. Já o Ultrassom Morfológico detecta possíveis malformações e anomalias genéticas durante a gestação, através, por exemplo, da translucência nucal, uma análise do acúmulo de líquido sob a pele atrás do pescoço fetal.

Após o nascimento, o diagnóstico é clínico e o principal exame complementar é o Cariótipo, realizado através da coleta de sangue do bebê com o objetivo avaliar a probabilidade da cromossomopatia e para aconselhamento genético. O teste faz uma fotografia dos cromossomos que constituem o DNA, sendo verificada alterações que indiquem alguma síndrome.

Como é o tratamento?

A Síndrome de Down não tem cura, mas com os tratamentos corretos o paciente pode se desenvolver fisicamente, mentalmente e afetividade com uma excelente qualidade e expectativa de vida, sendo possível avanços em sua educação e inserção no mercado de trabalho. Por isso, após o diagnóstico, é muito importante que os pais contem com o apoio de profissionais capacitados para oferecer suporte emocional e informacional à família.

Porém, vale ressaltar que o tratamento é realizado através das necessidades individuais de cada paciente. Além dos acompanhamentos periódicos com o objetivo de diagnosticar precocemente problemas visuais, auditivos, cardiovasculares, gastrointestinais e endocrinológicos, programas com terapeutas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e educadores especiais auxiliam no desenvolvimento da criança.

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O que é saúde bucal? Saiba a importância e como cuidar

16 de março de 2022

Desde muito pequenos, aprendemos que a escovação dos dentes é o principal cuidado que devemos ter para manter o sorriso bonito, o hálito puro e a gengiva saudável. Porém, essa rotina em busca da saúde bucal não pode se resumir à escovação. O uso do fio dental e as consultas frequentes ao dentista também fazem […]

O que é saúde bucal? Saiba a importância e como cuidar

Desde muito pequenos, aprendemos que a escovação dos dentes é o principal cuidado que devemos ter para manter o sorriso bonito, o hálito puro e a gengiva saudável. Porém, essa rotina em busca da saúde bucal não pode se resumir à escovação. O uso do fio dental e as consultas frequentes ao dentista também fazem parte de uma prática que ajuda com que problemas dentários não se tornem mais graves. No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde Bucal (20/03), a gente quer saber: como anda a saúde da sua boca?

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que nove em cada 10 brasileiros escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia, mas apenas 53% usam escova, pasta e fio dental para fazer a higienização diária. Dados revelam ainda que mais da metade não vai ao dentista todos os anos, quando a recomendação médica é de que se deve ir ao consultório a cada seis meses. 

Esses dados refletem um problema que vai muito além de cáries e do mau hálito. Afinal, a falta de saúde bucal pode trazer danos a todo o organismo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como saúde bucal um padrão onde o indivíduo não apresenta dores, desconfortos e alterações na boca e na face, abrangendo as condições de câncer oral ou na garganta, infecções e ulcerações bucais, doenças e quaisquer distúrbios que possam afetar a qualidade de vida, impedindo que o paciente coma, sorria, fale ou se sinta socialmente confortável.

Como garantir uma boa saúde bucal?

A saúde bucal passa basicamente por três pilares: boa escovação, uso correto do fio dental e visitas regulares ao dentista para avaliação e realização de limpeza. As escovações devem acontecer pelo menos três vezes ao dia, após cada refeição. Para ajudar a cumprir essa meta, uma boa dica é sempre ter em mãos um kit básico de escovação, contendo escova, preferencialmente com cabeça pequena, cerdas macias e arredondadas, pasta de dente e fio dental.

Passo a passo para a escovação correta

  1. Inicie pela lateral externa dos dentes de trás, com movimentos circulares e sem muita pressão, indo até a linha da gengiva, massageando levemente; 
  2. Siga para a parte externa dos dentes da frente, fazendo movimentos semelhantes ao primeiro passo; 
  3. Comece a limpeza das superfícies de mastigação, a parte plana dos seus dentes de trás, e faça movimentos de vai e vem com a escova;
  4. Continue com movimentos circulares para limpeza da parte interna dos dentes de trás e use a ponta da escova ao chegar nos dentes da frente; 
  5. Escove a língua para remover bactérias e purificar o hálito.

O fio dental também deve ser usado diariamente, preferencialmente à noite, antes ou depois da escovação. Utilize aproximadamente 40 centímetros de fio, seguindo com cuidado entre as curvas dos dentes. Assegure-se de que a limpeza seja feita além da linha de gengiva, mas sem forçar o fio contra ela. Você pode finalizar a higienização com um enxaguante bucal, caso haja recomendação do seu dentista. 

Conseguindo manter esses três passos, você já está contribuindo para a manutenção da saúde da sua boca e dos seus dentes. Contudo, aqui vão mais algumas dicas extras: 

  • Mantenha uma rotina saudável de alimentação, evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
  • Use limpadores linguais;
  • Caso tenha o hábito de mascar chicletes, prefira os que não contém açúcar;
  • Troque a escova de dentes regularmente. 
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Exercícios físicos reduzem em 60% o risco de ansiedade

A ansiedade é um transtorno que já atinge cerca de 264 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo caracterizado pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo aconteça. Durante as crises de ansiedade, o indivíduo sente uma grande tensão, muitas vezes sem um […]

Exercícios físicos reduzem em 60% o risco de ansiedade

A ansiedade é um transtorno que já atinge cerca de 264 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo caracterizado pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo aconteça. Durante as crises de ansiedade, o indivíduo sente uma grande tensão, muitas vezes sem um motivo aparente, o que pode levar a sintomas físicos, além dos psicológicos. Mas você sabia que é possível driblar a doença? É o que mostra um dos maiores estudos epidemiológicos já realizados, que indica que a prática regular de atividade física reduz em 60% o risco de desenvolver o distúrbio.

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Atividade física intensifica e prolonga resposta imunológica de vacinas contra Covid-19

Os exercícios físicos já são amplamente aplicados como estratégia para o tratamento da ansiedade e agora estão também extensivamente interligados à prevenção da doença, como revela o estudo produzido por pesquisadores na Suécia e publicado na Frontiers in Psychiatry. Foram analisados dados de 400 mil pessoas que participaram da maior corrida de esqui cross-country do mundo, a Vasaloppet, entre 1989 e 2010. Os resultados mostraram que aqueles que participaram do evento esportivo apresentaram um risco significativamente menor de desenvolver ansiedade em comparação com não esquiadores.

Segundo os pesquisadores, que integram o Departamento de Ciências Médicas Experimentais da Universidade de Lund, o estudo confirmou a associação entre um estilo de vida fisicamente ativo e um menor risco de ansiedade em homens e mulheres. O grupo mais ativo apresentou uma redução de quase 60% de chance de desenvolver o transtorno ao longo de um período de acompanhamento de até 21 anos. Acredita-se que a relação entre exercício e os sintomas de ansiedade é provavelmente afetada por fatores genéticos, psicológicos e traços de personalidade, que não foram possíveis de investigar.

Apesar da pesquisa contemplar apenas esquiadores, os autores acreditam que os resultados podem ser aplicados para outros tipos de exercícios físicos. Eles ressaltaram ainda que o fato da atividade ser praticada ao ar livre pode ter impacto positivo nos números apresentados, levando-se em consideração diversos outros estudos que mostram que o contato com a natureza é benéfico tanto para o bem-estar quanto para a saúde física e mental.

Já considerada como o mal do século, a ansiedade pode afetar qualquer pessoa em qualquer momento ou época. Porém, ela normalmente se desenvolve no início da vida e estima-se que seja duas vezes mais comum em mulheres. Além disso, o transtorno pode envolver uma predisposição biológica, psicológica e a exposição a fatores estressores, porém nem sempre eles são necessários para que a doença se instale.

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Atividade física intensifica e prolonga resposta imunológica de vacinas contra Covid-19

11 de março de 2022

A atividade física é capaz de intensificar e prolongar a resposta imunológica das vacinas contra a Covid-19, que tende a diminuir com o passar do tempo. Foi o que mostrou um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), realizado com 748 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da […]

Atividade física intensifica e prolonga resposta imunológica de vacinas contra Covid-19

A atividade física é capaz de intensificar e prolongar a resposta imunológica das vacinas contra a Covid-19, que tende a diminuir com o passar do tempo. Foi o que mostrou um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), realizado com 748 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A pesquisa investigou a relação entre a prática regular de exercícios e a presença dos anticorpos anti-Sars-CoV-2 persistentes no organismo. 

Leia também: Dar 7 mil passos por dia reduz em até 70% o risco de morte

O estudo foi realizado em pacientes com doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, esclerose sistêmica e miopatias inflamatórias, em um período de seis meses após o esquema de duas doses com a vacina CoronaVac. Os dados foram divulgados em formato preprint, ainda sem revisão por pares, na plataforma Research Square.

“A atividade física parece não somente montar uma resposta de anticorpos à vacina mais robusta, como também parece aumentar a durabilidade do efeito protetor do imunizante. Se isso se confirmar, teríamos uma ferramenta barata e potencialmente capaz de reduzir a baixa resposta vacinal de grupos de risco, como pessoas com sistema imune disfuncional”, explicou Bruno Gualano, professor do Departamento de Clínica Médica da FMUSP, especialista em fisiologia do exercício e primeiro autor do artigo, em entrevista ao Jornal da USP. 

Estudos têm mostrado que os anticorpos induzidos pela vacina contra o coronavírus diminuem a longo prazo. Os anticorpos neutralizantes contra a variante Beta, por exemplo, foram reduzidos consideravelmente seis meses após a segunda dose da Moderna e da Janssen, da Johnson & Johnson. Da mesma forma, também houve redução substancial da resposta imunológica depois da aplicação da Pfizer Biontech, principalmente entre homens, pessoas maiores de 65 anos e pacientes com imunossupressão.

O imunizante CoronaVac também apresentou resultados semelhantes de declínio de anticorpos seis meses após o ciclo completo do esquema vacinal de duas doses. O mesmo padrão de diminuição de anticorpos foi identificado no caso de pacientes com doenças reumáticas autoimunes, de acordo com o mesmo estudo clínico. 

Por isso, segundo o pesquisador, é fundamental reunir conhecimento sobre os fatores de risco potenciais relacionados à baixa persistência da imunidade. “A proposta é desenvolver estratégias para aumentar a durabilidade da imunogenicidade, bem como priorizar os indivíduos para receber uma dose de reforço. As evidências que sugerem que a atividade física pode atuar como uma espécie de adjuvante das vacinas são de extrema importância”, afirmou. 

A fim de avaliar o grau de imunidade que a vacina foi capaz de conferir aos pacientes, foram feitos exames sorológicos para verificar as taxas de anticorpos IgG e a presença de anticorpos neutralizantes, que são indicativos de resposta ao imunizante. Para determinar os pacientes ativos ou inativos fisicamente, foi utilizado o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que uma pessoa é ativa quando realiza alguma atividade física moderada ou vigorosa por 300 minutos semanais.

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68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso até 2030

O número de pessoas com excesso de peso tem aumentado consideravelmente ao longo dos anos no Brasil. Somente entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população acima de 20 anos mais do que dobrou no país, passando de 12,2% para 26,8%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo Instituto […]

68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso até 2030

O número de pessoas com excesso de peso tem aumentado consideravelmente ao longo dos anos no Brasil. Somente entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população acima de 20 anos mais do que dobrou no país, passando de 12,2% para 26,8%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por isso, não é à toa que projeções afirmam que 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso até 2030, o que corresponde a sete em cada 10 pessoas. Já a obesidade pode atingir 26% da população geral, ou seja, um a cada quatro indivíduos. 

Os dados alarmantes são do estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS”, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile. Ele mostra ainda que, no Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019 na população, enquanto a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.

A obesidade é uma epidemia que afeta bilhões de pessoas e trata-se de uma doença crônica, recidivante e multifatorial. Por isso, no Dia Mundial da Obesidade, comemorado neste 4 de março, vamos tirar algumas dúvidas sobre essa que já é considerada a segunda principal causa de morte no mundo todo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A obesidade e suas consequências 

A obesidade é uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura em diferentes partes do corpo. Existem causas diversas para a obesidade, sendo a principal delas a alimentação inadequada ou excessiva. Para que uma pessoa tenha um peso ideal, é preciso que a quantidade de energia gasta durante o dia seja equilibrada com o número de calorias ingeridas.

Além disso, fatores genéticos, onde a pessoa herda a disposição para obesidade; o metabolismo mais lento, que facilita o acúmulo de gordura corporal e dificulta o emagrecimento; o aumento de peso por conta das oscilações hormonais e fatores psicológicos, como a dificuldade de lidar com o estresse ou as frustrações que podem desencadear crises de compulsão alimentar, também são capazes levar um indivíduo à condição. 

Existem algumas maneiras de determinar se uma pessoa está obesa ou não, uma delas é o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), onde o peso do paciente é divido por sua altura elevada ao quadrado. A tabela possui valores para índices abaixo do peso normal, dentro do peso normal, acima do peso, obesidade grau I, obesidade grau II e obesidade grau III. Em conjunto com o IMC, também podem ser utilizados o cálculo da porcentagem de gordura e a medida da circunferência abdominal. 

  • ​​Abaixo do peso: IMC abaixo de 18,5
  • Peso normal: IMC entre 18,5 e 24,9
  • Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
  • Obesidade Grau I: IMC entre 30 e 34,9
  • Obesidade Grau II: IMC entre 35 e 39,9
  • Obesidade Grau III: IMC acima de 40

Há diferentes tipos de obesidade, sendo a obesidade de grau I considerada obesidade leve, a obesidade de grau II é a obesidade moderada e a obesidade de grau III é a obesidade mórbida. Quanto maior o índice, maiores são as chances do paciente desenvolver doenças como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, depressão, acúmulo de gordura no fígado, além de problemas cardiovasculares e nas articulações. A obesidade também pode estar associada ao surgimento de alguns tipos de câncer.

Prevenção e tratamento

O excesso de peso ocorre a partir do sobrepeso. Por isso, a obesidade é uma doença que pode ser evitada desde a infância, com a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividades físicas ao longo da vida. Conte com a ajuda de profissionais de nutrição e educação física para auxiliar na retomada ou começo de novas rotinas em busca de saúde e bem-estar. 

Quando instalada a obesidade, o paciente necessita de acompanhamento médico contínuo. A doença pode ser tratada através do uso de medicamentos, desde controladores de apetite até os que reduzem a absorção de gordura pelo organismo. Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser indicada, especialmente para quem possui o IMC acima de 35 e tem doenças associadas à obesidade, e para os que têm IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos. 

Confira algumas recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN):  

  • Tenha uma alimentação com base em alimentos in natura ou minimamente processados, variados e predominantemente de origem vegetal;
  • Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar;
  • Limite o consumo de alimentos processados (conservas, compotas, queijos, pães);
  • Evite o consumo de ultraprocessados;
  • Desenvolva, exercite e partilhe habilidades culinárias, principalmente com crianças e jovens;
  • Planeje a alimentação como um todo, desde a compra e organização dos alimentos até a definição do cardápio e preparo das refeições;
  • Quando estiver fora de casa, prefira comer em locais que sirvam refeições frescas. 
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Bebeu muito? Confira dicas científicas de como curar a ressaca

Dor de cabeça, enjoo, vômito, diarreia, cansaço. Esses são alguns sintomas comuns de quem exagerou no consumo de bebida alcoólica. Chamado de ressaca, esse processo natural do corpo acontece devido à desidratação causada pelo excesso de álcool na corrente sanguínea, somado ao trabalho extra do fígado para eliminar as toxinas que circulam pelo sangue.  Não […]

Bebeu muito? Confira dicas científicas de como curar a ressaca

Dor de cabeça, enjoo, vômito, diarreia, cansaço. Esses são alguns sintomas comuns de quem exagerou no consumo de bebida alcoólica. Chamado de ressaca, esse processo natural do corpo acontece devido à desidratação causada pelo excesso de álcool na corrente sanguínea, somado ao trabalho extra do fígado para eliminar as toxinas que circulam pelo sangue. 

Não existe um consenso sobre uma quantidade segura de álcool, capaz de evitar uma ressaca, já que a dose varia de acordo com cada pessoa. Mas uma regra é clara: se não quer sofrer com os efeitos do excesso de bebida alcoólica, o ideal é consumir com moderação. Mas se você já passou da conta, existem algumas dicas da ciência para ajudar o corpo a se recuperar. Acompanhe! 

  1. Deixe o corpo descansar

A ingestão de bebida alcoólica prejudica, de forma momentânea, os reflexos e as habilidades cognitivas, além de inflamar o organismo como um todo e fazer com que o fígado trabalhe mais do que o comum. Por isso, depois de exagerar no álcool, o corpo necessita de descanso para se recuperar. Procure dormir e evitar atividades físicas extenuantes durante esse período. 

  1. Hidrate-se 

O álcool tem efeito diurético, que faz com que o corpo aumente a eliminação de líquidos pela urina. Como consequência desse processo, o organismo sofre com a desidratação, responsável por boa parte dos sintomas da ressaca. Por isso, intensifique a ingestão de água e complemente a hidratação com água de coco e chás naturais. Uma dica extra para evitar o mal-estar é sempre intercalar uma dose de bebida com um copo de água. 

  1. Beba café

Duas xícaras de café preto e forte ao acordar são suficientes para dar mais energia para enfrentar um dia de ressaca. Isso porque a cafeína age dilatando vasos sanguíneos, o que facilita a circulação do sangue e auxilia na eliminação das toxinas do álcool. Mas não exagere no cafezinho, já que o excesso pode agravar ainda mais os sintomas de desidratação. 

  1. Alimente-se bem 

Com o fígado, estômago e intestino sobrecarregados pelo excesso de álcool, aposte em uma alimentação leve e com pouca gordura para driblar a ressaca e se livrar dos sintomas. Saladas, arroz integral, peito de frango grelhado ou uma sopa de legumes são ótimas opções, assim como as frutas, que garantirão energia e disposição através da ingestão de açúcares. 

  1. Reponha os sais minerais 

O sódio e o potássio, assim como outros sais minerais, são eliminados em excesso do corpo, através da urina, após a ingestão de álcool. Para repor essas substâncias e ajudar a equilibrar os nutrientes no organismo após a bebedeira, as bebidas isotônicas são excelentes opções. 

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Micose no verão: saiba como evitar e tratar a doença

O aparecimento de micoses durante o verão é algo bastante comum. Como o Brasil é um país tropical, essa época do ano tem como principais características as altas temperaturas e o grande volume de chuvas, condições ideais para a proliferação de fungos, os microorganismos responsáveis pela doença. Aliado a esses fatores, o excesso de suor, […]

Micose no verão: saiba como evitar e tratar a doença

O aparecimento de micoses durante o verão é algo bastante comum. Como o Brasil é um país tropical, essa época do ano tem como principais características as altas temperaturas e o grande volume de chuvas, condições ideais para a proliferação de fungos, os microorganismos responsáveis pela doença. Aliado a esses fatores, o excesso de suor, o uso prolongado de roupas de banho molhadas, de sapatos fechados e de toalhas e roupas emprestadas podem favorecer a contaminação. Por isso, a gente te explica o que é esse problema, como tratar e evitar. 

O que são micoses?

A micose é uma infecção causada por fungos, que costuma atacar a pele, unhas e couro cabeludo. Os principais sintomas são coceira, manchas brancas, rachaduras entre os dedos e deformação nas unhas. Ela pode ser classificada em superficiais, que ocorrem devido a condições do ambiente que favorecem o crescimento do microorganismo no nosso corpo, como o calor, umidade e pouca luz, ou profundas, que acometem indivíduos que apresentam grave deficiência imunológica.

Quais são os principais tipos? 

Também conhecida como pé de atleta, a frieira é uma das micoses mais comuns. Os fungos se espalham entre os dedos, provocando bolhas de água, coceira, descamação e rachaduras na pele. Os pés e mãos também podem ser atingidos pela onicomicose, uma infecção fúngica que deixa as unhas deformadas, grossas e amareladas.

A pitiríase versicolor, chamada popularmente de micose de praia ou pano branco, é causada pelo fungo Malassezia furfur. Apesar de ser um habitante natural da pele, o calor e a oleosidade favorecem esse tipo de fungo e provocam o surgimento de manchas nas regiões das costas, pescoço e rosto. Diferente da maioria das micoses, a pitiríase versicolor não provoca coceira. 

Já a Candida albicans pode alterar as mucosas e causar um tipo de micose conhecido como sapinho. Essa infecção é comum em bebês e produz dolorosas placas brancas. O couro cabeludo é a região menos atingida pela micose entre os adultos, porém apresenta alta incidência em crianças. Os fungos se alimentam da queratina dos cabelos e formam pequenas placas arredondadas, fazendo com que o local sofra com coceira e ardência. 

Principais sintomas

  • Coceira, inflamação ou descamação da pele;
  • Manchas brancas ou em tons de marrom; 
  • Vermelhidão;
  • Rachadura entre os dedos;
  • Unhas deformadas e amareladas.

Como tratar? 

Os ferimentos causados pelas micoses podem facilitar a entrada de outros microorganismos prejudiciais à saúde. Quando não tratadas, infecções simples podem se transformar em outras doenças mais graves. Por isso, ao identificar algum sinal de anormalidade no corpo, procure um médico dermatologista para que seja feito o diagnóstico.

Para o tratamento de micose é comum o uso de medicamentos antifúngicos em formato de cremes, sprays e esmaltes. Em alguns casos, o médico pode receitar remédios via oral. A duração da terapia também varia, podendo durar semanas ou meses, de acordo com a resistência do fungo, por isso requer disciplina e não deve ser descontinuada antes do prazo recomendado. 

Como prevenir

  • Enxugue bem o corpo após o banho de mar, de piscina ou de chuveiro;
  • Não ande descalço em academias e clubes;
  • Não compartilhe roupas, toalhas ou utensílios de uso pessoal;
  • Prefira peças de roupa de algodão, que absorvem melhor o suor; 
  • Evite sapatos abafados ou que favorecem a transpiração dos pés; 
  • Fique atento aos seus animais de estimação, pois eles também podem contrair fungos no couro cabeludo; 
  • Na manicure, observe se os instrumentos estão sendo bem esterilizados ou leve os seus próprios. 

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Dicas para preservar a saúde óssea

Você sabe qual é a principal inimiga dos ossos? A osteoporose, uma doença bastante comum, caracterizada pela perda progressiva de massa óssea e que torna os ossos enfraquecidos e mais predispostos a fraturas. Porém, aqui vai uma boa notícia: a osteoporose pode ser prevenida através de três pilares, boa alimentação, atividade física e acompanhamento médico.  […]

Dicas para preservar a saúde óssea

Você sabe qual é a principal inimiga dos ossos? A osteoporose, uma doença bastante comum, caracterizada pela perda progressiva de massa óssea e que torna os ossos enfraquecidos e mais predispostos a fraturas. Porém, aqui vai uma boa notícia: a osteoporose pode ser prevenida através de três pilares, boa alimentação, atividade física e acompanhamento médico. 

Estima-se que a osteoporose seja um problema que afeta cerca de 10 milhões de brasileiros. No mundo, ela acomete uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima de 50 anos. Todavia, além da osteoporose, o raquitismo em crianças e a osteomalácia em adultos são doenças ósseas comuns, ambas caracterizadas por defeitos da mineralização óssea. 

Quer saber como reduzir os riscos de desenvolver a osteoporose através de hábitos saudáveis ou caso já possua o diagnóstico, de que maneira prevenir fraturas ósseas no futuro? Acompanhe o nosso guia!

Faça atividades físicas

Não é segredo para ninguém o quanto as atividades físicas trazem benefícios ao corpo humano, garantindo saúde e longevidade. Quando falamos em saúde dos ossos, manter o corpo em movimento é um dos fatores que estimulam a densidade mineral óssea. Diversos estudos apontam que a combinação de dieta rica em cálcio e atividades físicas regulares maximiza o pico de massa óssea e, assim, reduz o risco de osteoporose.

A massa muscular também é de extrema importância para a saúde, já que ela exerce uma força de tração nos ossos, capaz de fortalecer o esqueleto. Por isso, quando o corpo humano perde músculo, o estímulo à formação óssea diminui. Com o passar dos anos, é natural que haja uma perda óssea e muscular à medida que envelhecemos. Sendo assim, é recomendado manter uma rotina que envolva exercícios físicos e uma dieta alimentar rica em cálcio, vitamina D e proteínas. Isso se torna ainda mais significativo na fase da menopausa, fim da fase reprodutiva da vida da mulher, e entre idosos. 

Outro fator considerável quando se fala de saúde óssea é o peso corporal. Ao contrário do que se pode imaginar, tanto a perda de peso quanto o excesso podem ser prejudiciais aos ossos, tendo impactos negativos sobre a osteoporose e aumentando o risco de fraturas. Diante disso, é muito importante manter uma alimentação equilibrada, acompanhada preferencialmente por um profissional de nutrição, principalmente em trabalhos de redução de peso, para que sejam preservadas a massa muscular e a saúde óssea.

Cuide da sua alimentação

O cálcio é o principal mineral que atua diretamente na manutenção da saúde óssea, sendo essencial para o nosso organismo. A necessidade de consumo desse mineral varia ao longo da vida, sendo maior entre crianças, adolescentes, gestantes e idosos. As melhores fontes de cálcio, que possuem maior absorção, são os laticínios bovinos. Além dos leites de origem animal e vegetal e os seus derivados, outros alimentos ricos em cálcio são vegetais verde-escuros, feijão, lentilha, milho, salmão, sardinha, entre outros. 

Para homens e mulheres acima dos 30 anos, é recomendado o consumo de 1000 a 1200 mg de cálcio todos os dias. Para atingir esse valor diário, basta consumir de forma habitual os alimentos recomendados ao longo das refeições. No entanto, não basta ingerir o cálcio, ele precisa ser absorvido pelo organismo, e para isso necessita das vitaminas, como a D e K, e as proteínas, que auxiliam nesse processo. 

Além de ajudar na absorção do cálcio, a vitamina D tem um papel valioso para a saúde óssea, uma vez que melhora a qualidade e a resistência dos ossos. Em casos de deficiência grave dessa vitamina, o risco é maior para o desenvolvimento de raquitismo e osteomalácia e aumento da perda óssea na osteoporose. Esse nutriente é encontrado em alguns alimentos, como peixes, óleo de fígado de bacalhau, leite fortificado, carnes bovinas, frango e manteiga. 

Para sintetizar a vitamina D, é indicado tomar sol diariamente, entre cinco e dez minutos, sem protetor solar, em horários de menor incidência de raios UV, como antes das 10 horas da manhã e após as 16h. Já a reposição é feita através de suplementos, sempre com o acompanhamento médico. 

Essencial para a coagulação sanguínea e poderoso regulador da disposição do cálcio na matriz óssea, a vitamina K, quando em falta no organismo, também eleva o risco de osteoporose e de fraturas. As vitaminas K1 e K2, formas naturais desse nutriente, são consideradas protetoras ósseas potenciais e podem ser encontradas em legumes com folhas verde-escuras, oleaginosas e frutas como abacate, kiwi, figo e uva.

Faça check-up médico regularmente 

Realizar consultas médicas e exames de forma regular é a principal maneira de descobrir fatores de riscos para desenvolver doenças ósseas. Além disso, é possível diagnosticar as patologias ainda em seu início, impedindo a evolução e agravamento. Afinal, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores as chances de sucesso. 

Portanto, aliando a prática de exercícios, alimentação equilibrada e hábitos saudáveis às consultas médicas regulares, a sua saúde óssea sai na frente nos quesitos prevenção e cuidado.