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São João com segurança: como evitar acidentes com fogos de artifício

19 de junho de 2025

As festas juninas são parte essencial da cultura brasileira, especialmente no Nordeste, onde o São João é celebrado com grande entusiasmo. Entre as tradições mais marcantes estão as quadrilhas, comidas típicas e, claro, os fogos de artifício. Apesar da beleza e da alegria proporcionadas pelas explosões coloridas no céu, é fundamental lembrar que o uso […]

São João com segurança: como evitar acidentes com fogos de artifício

As festas juninas são parte essencial da cultura brasileira, especialmente no Nordeste, onde o São João é celebrado com grande entusiasmo. Entre as tradições mais marcantes estão as quadrilhas, comidas típicas e, claro, os fogos de artifício. Apesar da beleza e da alegria proporcionadas pelas explosões coloridas no céu, é fundamental lembrar que o uso de fogos exige atenção redobrada para evitar acidentes, que são mais comuns do que se imagina neste período.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, todos os anos, centenas de pessoas são atendidas nos hospitais públicos por queimaduras e ferimentos causados por fogos de artifício, principalmente entre os meses de junho e julho. As vítimas mais frequentes são crianças e adolescentes, mas adultos também correm risco, principalmente quando manuseiam os artefatos de forma inadequada.

Além das queimaduras, os fogos podem provocar traumas auditivos, lesões oculares graves e até amputações. Em casos mais severos, o uso indevido pode levar a incêndios e acidentes fatais.

Cuidados essenciais com fogos de artifício

Para curtir o São João com segurança, é importante seguir algumas orientações básicas de prevenção:

  • Compre apenas produtos legalizados: evite fogos de fabricação caseira ou vendidos por ambulantes sem registro. O ideal é comprar em locais autorizados, que ofereçam produtos com selo de qualidade e instruções de uso.
  • Leia atentamente as instruções: cada tipo de artefato possui um modo de uso específico. Antes de acender, leia as recomendações da embalagem com atenção.
  • Mantenha distância: ao acender um foguete, mantenha uma distância segura de pessoas, animais, veículos e estruturas inflamáveis. Crianças jamais devem manusear fogos.
  • Nunca aponte para o rosto ou corpo: fogos devem ser acesos sempre com o braço esticado e longe do rosto. Se o produto falhar, não tente reacendê-lo.
  • Evite o uso em locais fechados: fogos devem ser utilizados somente em áreas abertas, longe de redes elétricas e de vegetação seca.
  • Proteja os ouvidos: fogos muito barulhentos podem causar danos à audição, especialmente em crianças, idosos e animais. O ideal é optar por fogos silenciosos, que oferecem o espetáculo visual sem o impacto sonoro.

Queimaduras: o que fazer

Caso ocorra uma queimadura, é importante manter a calma e agir rapidamente:

  1. Esfrie a área queimada com água corrente (nunca use gelo, manteiga ou pasta de dentes).
  2. Não estoure bolhas nem remova tecidos grudados à pele.
  3. Cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure atendimento médico o quanto antes, especialmente se a queimadura for de segundo ou terceiro grau.

Em caso de lesões oculares, a orientação é não coçar, pressionar ou tentar remover qualquer objeto do olho. A única atitude segura é procurar socorro especializado imediatamente.

Cuidados com crianças e idosos

Crianças são naturalmente curiosas e podem se aproximar de fogos sem entender o risco envolvido. O ideal é mantê-las sempre sob supervisão de adultos e afastadas de qualquer tipo de artefato. Idosos também devem ser protegidos dos ruídos, que podem causar sustos, quedas ou piorar quadros de saúde já existentes, como pressão alta e doenças cardíacas.

Animais de estimação

Pets também sofrem com os barulhos dos fogos. Durante as comemorações, é recomendável deixá-los em um ambiente seguro e silencioso dentro de casa, com portas e janelas fechadas.

 

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Mão-pé-boca: o que é, diagnóstico, sintomas e tratamento

18 de junho de 2025

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral comum, especialmente entre crianças de até cinco anos, mas que também pode afetar adolescentes e adultos. Causada principalmente pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, a condição é altamente contagiosa e costuma se espalhar em ambientes com grande aglomeração de crianças, como creches e escolas. O que […]

Mão-pé-boca: o que é, diagnóstico, sintomas e tratamento

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral comum, especialmente entre crianças de até cinco anos, mas que também pode afetar adolescentes e adultos. Causada principalmente pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, a condição é altamente contagiosa e costuma se espalhar em ambientes com grande aglomeração de crianças, como creches e escolas.

O que é?

Trata-se de uma enfermidade infecciosa caracterizada por pequenas lesões ou bolhas nas mãos, nos pés e na região da boca. Apesar de causar desconforto, a doença é geralmente benigna e autolimitada, ou seja, tende a desaparecer sozinha em poucos dias. No entanto, é fundamental manter atenção aos sintomas e ao diagnóstico correto para evitar complicações e impedir sua propagação.

Como a doença é transmitida?

A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções contaminadas (saliva, secreção nasal, fezes, fluidos das bolhas ou gotículas respiratórias). Superfícies contaminadas também podem abrigar o vírus. A fase de maior contágio geralmente se dá na primeira semana de sintomas, embora o vírus possa continuar presente nas fezes por semanas após a recuperação clínica.

Sintomas

Os primeiros sinais da mão-pé-boca lembram um quadro gripal leve. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Febre moderada;
  • Dor de garganta;
  • Mal-estar geral;
  • Falta de apetite.

Após 1 a 2 dias, surgem as lesões características: pequenas manchas ou bolhas dolorosas na boca (língua, gengivas e parte interna das bochechas), além de erupções nas palmas das mãos e plantas dos pés. Em alguns casos, as lesões podem aparecer também nas nádegas e na região genital. Crianças pequenas costumam apresentar irritabilidade e dificuldade para se alimentar, devido à dor causada pelas lesões orais.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é clínico e feito com base na observação dos sintomas e lesões características. Em casos de dúvida, ou quando há suspeita de outras doenças com sintomas semelhantes (como varicela ou herpes), exames laboratoriais podem ser solicitados para identificação do agente viral por meio de amostras de fezes, secreções da garganta ou fluido das bolhas.

Não existe um tratamento específico para a mão-pé-boca. O cuidado é voltado para o alívio dos sintomas. Em geral, são indicadas medidas como:

  • Uso de antitérmicos e analgésicos (como paracetamol ou ibuprofeno) para controlar febre e dor;
  • Hidratação constante;
  • Alimentação leve e fria, que não agrida as lesões orais;

É importante manter a higiene adequada, lavar as mãos com frequência e evitar o contato com outras pessoas enquanto houver sintomas, para reduzir o risco de transmissão.

Quando procurar ajuda médica?

Embora a doença seja autolimitada, algumas situações exigem avaliação médica imediata:

  • Febre alta persistente por mais de 48 horas;
  • Sinais de desidratação (boca seca, choro sem lágrimas, urina escassa);
  • Dificuldade para se alimentar ou ingerir líquidos;
  • Apatia ou sonolência excessiva;
  • Aparecimento de sintomas neurológicos, como rigidez na nuca ou convulsões (raros, mas possíveis em casos mais graves).

Prevenção

A principal forma de prevenção é a higiene. Lavar bem as mãos após usar o banheiro, antes das refeições e ao trocar fraldas, assim como higienizar brinquedos e superfícies com frequência, são atitudes essenciais. Crianças com sintomas devem ser afastadas temporariamente de ambientes coletivos até a completa recuperação.

 

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Transtornos alimentares: quando comer deixa de ser um ato natural

2 de junho de 2025

Os transtornos alimentares vão muito além de uma relação difícil com o espelho. Eles são distúrbios psicológicos sérios que afetam o comportamento alimentar e impactam diretamente a saúde física e emocional de quem sofre com eles. De maneira geral, envolvem uma obsessão com o peso, com o corpo ou com a alimentação. Mas por trás […]

Transtornos alimentares: quando comer deixa de ser um ato natural

Os transtornos alimentares vão muito além de uma relação difícil com o espelho. Eles são distúrbios psicológicos sérios que afetam o comportamento alimentar e impactam diretamente a saúde física e emocional de quem sofre com eles.

De maneira geral, envolvem uma obsessão com o peso, com o corpo ou com a alimentação. Mas por trás disso, o que existe é dor emocional, baixa autoestima, dificuldade de lidar com frustrações e, muitas vezes, traumas.

Três transtornos são mais conhecidos: anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar periódica. Todos envolvem padrões alimentares prejudiciais e distorções na percepção corporal.

Na anorexia nervosa, a pessoa tem um medo intenso de engordar e enxerga o próprio corpo de forma distorcida, mesmo quando está extremamente magra. Isso leva a dietas muito restritivas, jejuns prolongados e até práticas extremas como exercícios em excesso. É um dos transtornos com maior risco de morte.

A bulimia se caracteriza por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômitos induzidos ou uso de laxantes. Em geral, o peso da pessoa se mantém dentro da faixa considerada normal, o que dificulta o diagnóstico. Mas por trás disso, há muito sofrimento psíquico, culpa e vergonha.

Já a compulsão alimentar periódica envolve episódios frequentes de ingestão exagerada de alimentos, mesmo sem fome, seguidos de culpa, mas sem comportamentos compensatórios. Pode levar ao ganho de peso, mas o principal impacto está na saúde emocional.

Outros comportamentos alimentares problemáticos vêm ganhando atenção nos últimos anos. É o caso da ortorexia, uma obsessão por comer “limpo” ou saudável, que pode parecer positiva à primeira vista, mas causa restrições alimentares severas e isolamento social. E da vigorexia, em que a busca por um corpo musculoso se torna compulsiva. A pessoa treina de forma excessiva, abusa de suplementos e anabolizantes, mesmo já tendo um corpo forte, mas nunca o considera suficiente.

Esses transtornos podem afetar pessoas de todas as idades, gêneros e contextos sociais. No entanto, adolescentes e jovens adultos, especialmente mulheres, estão entre os grupos mais vulneráveis, especialmente em uma cultura que valoriza a magreza e impõe padrões estéticos irreais.

O diagnóstico é clínico e multidisciplinar, feito com o apoio de psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. O tratamento envolve psicoterapia (geralmente a abordagem cognitivo-comportamental), reeducação alimentar e, em alguns casos, uso de medicamentos.

Quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação. A escuta, o acolhimento e o apoio familiar são fundamentais para quebrar o ciclo de culpa, medo e negação que esses transtornos alimentares costumam envolver.

Ficar atento aos sinais faz diferença

Mudanças bruscas de peso, restrições alimentares injustificadas, obsessão com calorias, isolamento, distorção da imagem corporal e sentimentos constantes de inadequação devem acender um alerta.

Mais do que uma relação com a comida, esses transtornos revelam uma relação adoecida consigo mesmo. Falar sobre eles é o primeiro passo para romper o silêncio e garantir que mais pessoas recebam o cuidado que merecem.

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Exercício no pós-parto reduz risco de depressão e fortalece bem-estar da mãe

30 de maio de 2025

A maternidade é, sem dúvida, um dos períodos mais intensos da vida de uma mulher. Após o nascimento do bebê, inicia-se uma nova rotina repleta de alegrias, mas também de exigências físicas e emocionais. Nesse contexto, a depressão pós-parto se apresenta como uma condição de saúde mental preocupante, que atinge cerca de 1 em cada […]

Exercício no pós-parto reduz risco de depressão e fortalece bem-estar da mãe

A maternidade é, sem dúvida, um dos períodos mais intensos da vida de uma mulher. Após o nascimento do bebê, inicia-se uma nova rotina repleta de alegrias, mas também de exigências físicas e emocionais. Nesse contexto, a depressão pós-parto se apresenta como uma condição de saúde mental preocupante, que atinge cerca de 1 em cada 5 mães no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que muitos desconhecem, no entanto, é o papel fundamental que o exercício físico pode desempenhar na prevenção e no combate a esse quadro.

 

Estudo global confirma impacto positivo da atividade física

 Uma revisão sistemática feita pela Universidade de Alberta, no Canadá, revelou dados relevantes sobre o impacto do exercício no período pós-parto. Ao analisar 35 estudos realizados em 14 países com mais de 4 mil mulheres, os pesquisadores concluíram que a prática de atividade física regular pode reduzir significativamente os sintomas de depressão e ansiedade pós-parto, mesmo em casos leves ou moderados.

A pesquisa aponta que exercícios leves a moderados, como caminhadas rápidas, natação ou ciclismo, realizados por pelo menos 80 minutos semanais, já são capazes de trazer melhorias substanciais para a saúde mental das mães. Os benefícios são ainda mais expressivos quando a prática chega a 120 minutos por semana, conforme a recomendação da Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício.

Além da diminuição dos sintomas depressivos, as participantes relataram melhora na autoestima, na qualidade do sono e na disposição geral.

Benefícios que vão além do emocional

 Além de contribuir com a saúde mental, o exercício no pós-parto também oferece vantagens físicas importantes. A atividade ajuda na recuperação da musculatura abdominal e do assoalho pélvico, auxilia na perda do peso ganho na gestação, melhora a circulação e fortalece a imunidade.

A prática regular também favorece o retorno gradual à rotina anterior à gravidez e proporciona momentos de autocuidado que, muitas vezes, são deixados de lado diante da nova sobrecarga de tarefas com o bebê.

Adaptação e segurança são essenciais

 Apesar dos comprovados benefícios, é fundamental que o retorno à atividade física após o parto seja orientado por profissionais da saúde. Cada corpo reage de forma diferente, e fatores como tipo de parto, complicações obstétricas e condições clínicas preexistentes devem ser levados em consideração.

O ideal é que a mulher passe por uma avaliação médica antes de iniciar qualquer programa de exercícios. Em geral, os especialistas indicam que, em casos de parto normal sem complicações, a prática leve pode ser retomada entre duas a quatro semanas após o nascimento. Já em cesarianas, o tempo de espera costuma ser de seis a oito semanas.

Barreiras e soluções

Embora os benefícios sejam evidentes, muitas mulheres enfrentam dificuldades para incluir o exercício em sua rotina. O cansaço extremo, a falta de tempo, o medo de machucar-se e a ausência de apoio são alguns dos obstáculos mais comuns.

Especialistas recomendam alternativas práticas, como caminhadas com o bebê no carrinho ou no sling, aulas online específicas para o pós-parto e grupos de mães com práticas coletivas.

Outra solução é o envolvimento da rede de apoio, companheiros(as), familiares e amigos, para que a mãe tenha um tempo reservado para cuidar de si mesma. A valorização do autocuidado, muitas vezes negligenciada, é essencial para que ela se sinta segura, saudável e emocionalmente disponível para o bebê.

 

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Livros de colorir: passatempo infantil ou aliado contra o estresse?

21 de maio de 2025

Nas prateleiras das livrarias e papelarias, os livros de colorir para adultos já não são novidade. Com desenhos elaborados, mandalas e temas variados, eles conquistaram espaço entre quem busca uma pausa na rotina agitada. Mas será que colorir realmente ajuda a aliviar o estresse? A resposta da ciência e da prática clínica é: sim, pode […]

Livros de colorir: passatempo infantil ou aliado contra o estresse?

Nas prateleiras das livrarias e papelarias, os livros de colorir para adultos já não são novidade. Com desenhos elaborados, mandalas e temas variados, eles conquistaram espaço entre quem busca uma pausa na rotina agitada. Mas será que colorir realmente ajuda a aliviar o estresse? A resposta da ciência e da prática clínica é: sim, pode ajudar, e muito.

Colorir é mais que lazer: é autocuidado

Colorir ativa áreas do cérebro relacionadas à concentração e ao relaxamento. Durante a atividade, a atenção se volta para o momento presente, afastando pensamentos negativos e preocupações excessivas. Esse foco no “aqui e agora” é uma das bases das práticas de mindfulness, técnicas que têm mostrado benefícios importantes para a saúde mental.

Além disso, a escolha de cores, o movimento das mãos e o envolvimento com os desenhos estimulam a criatividade e proporcionam uma sensação de controle, o que pode ser reconfortante em tempos de incerteza ou ansiedade.

O que dizem os estudos?

Diversas pesquisas já apontaram os benefícios de atividades artísticas para o bem-estar emocional. Um estudo publicado no periódico Art Therapy mostrou que colorir mandalas por apenas 20 minutos já pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade.

Outro levantamento, feito com adultos que usaram livros de colorir regularmente durante algumas semanas, indicou melhora no humor, menor percepção de estresse e até melhora na qualidade do sono.

Sem pressa, sem cobrança

Diferente de outras formas de arte, os livros de colorir não exigem habilidades técnicas. E esse talvez seja um dos segredos do seu sucesso. A ausência de julgamento — tanto interno quanto externo — permite que a atividade seja vista como uma forma leve e acessível de desacelerar.

O importante é que a prática não se torne mais uma cobrança na rotina. O ideal é encarar o momento de colorir como um tempo para si, sem metas ou perfeccionismo.

Um recurso complementar

Vale lembrar que, embora os livros de colorir possam ser uma ferramenta útil no combate ao estresse e à ansiedade, eles não substituem acompanhamento psicológico ou psiquiátrico quando necessário. Para casos mais severos de sofrimento emocional, é fundamental procurar ajuda profissional.

 

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Tireoide: a glândula pequena que exerce um papel gigante na sua saúde

19 de maio de 2025

Discreta em tamanho, mas fundamental em função, a tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão. Com formato semelhante a uma borboleta, ela pode passar despercebida pela maioria das pessoas, até que algo saia do equilíbrio. E é exatamente por isso que entender sua importância e cuidar da saúde […]

Tireoide: a glândula pequena que exerce um papel gigante na sua saúde

Discreta em tamanho, mas fundamental em função, a tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão. Com formato semelhante a uma borboleta, ela pode passar despercebida pela maioria das pessoas, até que algo saia do equilíbrio. E é exatamente por isso que entender sua importância e cuidar da saúde da tireoide é essencial para o bom funcionamento do organismo.

O que faz a tireoide?

A tireoide produz hormônios que regulam o metabolismo, ou seja, a maneira como o corpo utiliza energia. Esses hormônios, principalmente a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), afetam praticamente todos os órgãos, influenciando desde os batimentos cardíacos até a temperatura corporal, o funcionamento do intestino e a saúde emocional.

Quando a tireoide funciona corretamente, o corpo segue em equilíbrio. Mas alterações na produção hormonal podem levar a doenças que impactam significativamente a qualidade de vida.

Principais distúrbios da tireoide

Doenças da tireoide são relativamente comuns e podem afetar pessoas de todas as idades, embora sejam mais frequentes em mulheres e em pessoas acima dos 35 anos. As principais condições incluem:

  • Hipotireoidismo: ocorre quando a tireoide produz hormônios em quantidade insuficiente. Os sintomas podem incluir cansaço excessivo, ganho de peso, constipação, depressão, queda de cabelo, pele seca e sensibilidade ao frio. A causa mais comum é a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune.
  • Hipertireoidismo: é o oposto do hipotireoidismo — a produção de hormônios é excessiva. Pode causar perda de peso repentina, nervosismo, insônia, aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da sudorese. A doença de Graves, também autoimune, é uma das principais causas.
  • Nódulos e câncer de tireoide: nódulos são massas que se formam na glândula, e a maioria deles é benigna. Porém, em alguns casos, podem indicar câncer. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz.
  • Bócio: é o aumento visível da glândula tireoide, que pode ou não estar associado a alterações hormonais.

Quando procurar um médico?

Sintomas como alterações inexplicáveis de peso, fadiga persistente, alterações no ritmo cardíaco, queda de cabelo ou mudanças de humor frequentes podem ser sinais de que algo não vai bem com a tireoide. Um simples exame de sangue (TSH, T3 e T4) pode ajudar no diagnóstico.

Além disso, a palpação do pescoço durante exames de rotina e, quando necessário, exames de imagem como ultrassonografia, são ferramentas importantes na identificação de alterações estruturais na glândula.

A importância do acompanhamento e do tratamento

O acompanhamento médico, especialmente com um endocrinologista, é fundamental. Distúrbios da tireoide costumam ter controle eficaz com medicamentos, e, em casos mais graves, com cirurgia ou outros tratamentos especializados. A boa notícia é que, com o tratamento adequado, é possível levar uma vida normal e saudável.

Cuidar da tireoide é cuidar do corpo como um todo. Ficar atento aos sinais do organismo e realizar exames periódicos são atitudes simples que fazem grande diferença para manter o equilíbrio da saúde.

 

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Exercício físico na gestação: benefícios para a mãe e o bebê

5 de abril de 2025

A prática regular de exercícios físicos durante a gravidez traz uma série de benefícios para a saúde da mãe e do bebê. Ao contrário do que muitos imaginam, a gestação não é um período de inatividade, e manter-se ativa pode contribuir para uma gravidez mais saudável e equilibrada. Porém, é essencial que a atividade física […]

Exercício físico na gestação: benefícios para a mãe e o bebê

A prática regular de exercícios físicos durante a gravidez traz uma série de benefícios para a saúde da mãe e do bebê. Ao contrário do que muitos imaginam, a gestação não é um período de inatividade, e manter-se ativa pode contribuir para uma gravidez mais saudável e equilibrada. Porém, é essencial que a atividade física seja adaptada às condições individuais da gestante e acompanhada por um profissional especializado.

Benefícios para a mãe

Durante a gestação, o corpo passa por diversas mudanças hormonais e físicas, o que pode gerar desconfortos como dores nas costas, inchaço e fadiga. A prática regular de exercícios ajuda a amenizar esses sintomas e a preparar o corpo para o parto. Entre os principais benefícios para a mãe estão:

  • Melhora da circulação sanguínea: reduz o risco de inchaço e varizes, comuns na gestação.
  • Controle do ganho de peso: auxilia no equilíbrio do peso corporal, prevenindo complicações como diabetes gestacional.
  • Fortalecimento muscular: diminui dores na lombar e melhora a postura.
  • Regulação do humor: a liberação de endorfinas contribui para o bem-estar emocional, prevenindo quadros de ansiedade e depressão.
  • Prevenção da pré-eclâmpsia: atividade física moderada ajuda a regular a pressão arterial.

Impacto positivo para o bebê

Além de favorecer a saúde da gestante, a prática de exercícios também pode trazer benefícios para o desenvolvimento do bebê. Estudos indicam que a atividade física materna está associada a:

  • Melhor oxigenação para o feto, promovendo um desenvolvimento mais saudável.
  • Menor risco de nascimento prematuro, reduzindo complicações pós-parto.
  • Maior controle do peso ao nascer, prevenindo tanto o baixo peso quanto o excesso de peso.
  • Estímulo ao desenvolvimento neurológico, com impacto positivo no crescimento e nas funções cognitivas do bebê.

Cuidados e recomendações

Apesar dos inúmeros benefícios, nem toda atividade física é indicada para gestantes. Exercícios de alto impacto, esportes de contato ou atividades que envolvem risco de queda devem ser evitados. Entre as modalidades mais recomendadas estão caminhada, natação e hidroginástica, pilates e ioga para gestantes, além de musculação leve e supervisionada.

Antes de iniciar qualquer prática esportiva, é fundamental que a gestante consulte um médico para avaliar sua condição e receber orientações adequadas. A intensidade dos exercícios deve respeitar os limites do corpo, priorizando sempre o conforto e a segurança.

 

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Estudo revela possível relação entre o autismo e o desequilíbrio de proteínas cerebrais

4 de abril de 2025

Pesquisadores chineses das Universidades Médica de Wenzhou e de Xiamen publicaram recentemente um estudo na revista PLOS Biology que sugere uma nova relação entre o transtorno do espectro autista (TEA) e um desequilíbrio de proteínas no cérebro. A pesquisa identificou que a interação anormal entre as proteínas MDGA2 e BDNF pode estar associada ao desenvolvimento […]

Estudo revela possível relação entre o autismo e o desequilíbrio de proteínas cerebrais

Pesquisadores chineses das Universidades Médica de Wenzhou e de Xiamen publicaram recentemente um estudo na revista PLOS Biology que sugere uma nova relação entre o transtorno do espectro autista (TEA) e um desequilíbrio de proteínas no cérebro. A pesquisa identificou que a interação anormal entre as proteínas MDGA2 e BDNF pode estar associada ao desenvolvimento de comportamentos típicos do TEA, abrindo caminho para novas abordagens terapêuticas.

O TEA é uma condição neurológica caracterizada por desafios na comunicação e na interação social, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Sua origem envolve fatores genéticos e ambientais, mas os mecanismos moleculares subjacentes ainda não são completamente compreendidos. O novo estudo foca no papel das proteínas envolvidas na formação das sinapses, as conexões entre os neurônios, e como seu desequilíbrio pode afetar o desenvolvimento do cérebro.

O papel das proteínas MDGA2 e BDNF

A pesquisa mostrou que a deficiência da proteína MDGA2 nos camundongos levou a uma ativação excessiva da sinalização BDNF/TrkB. O BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) é essencial para a sobrevivência e plasticidade neuronal, regulando a comunicação entre os neurônios. No entanto, quando essa via é desregulada, pode haver impactos negativos no funcionamento cerebral.

Os pesquisadores observaram que essa ativação excessiva causou alterações sinápticas e comportamentais semelhantes às características do TEA. Quando o equilíbrio entre MDGA2 e BDNF foi restaurado nos animais, os sintomas comportamentais também diminuíram. Esse achado é significativo, pois sugere que modular essa interação protéica poderia ser um possível caminho para futuras intervenções terapêuticas.

Implicações para o tratamento do TEA

Atualmente, o TEA não possui uma cura, e os tratamentos disponíveis focam na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos por meio de terapias comportamentais e, em alguns casos, medicamentos para tratar sintomas específicos, como hiperatividade e ansiedade. A descoberta de que a regulação da sinalização BDNF/TrkB pode influenciar os sintomas do autismo abre novas possibilidades para tratamentos mais direcionados.

No entanto, é importante ressaltar que os experimentos foram conduzidos em modelos animais, e ainda não se sabe se o mesmo mecanismo ocorre em humanos. Estudos adicionais serão necessários para confirmar essa relação e desenvolver abordagens terapêuticas seguras e eficazes.

Perspectivas futuras

A pesquisa reforça a complexidade do TEA e a necessidade de compreender melhor os processos biológicos envolvidos. Se os achados forem validados em humanos, intervenções focadas na regulação das proteínas cerebrais poderão ser exploradas como uma nova abordagem terapêutica.

Além disso, a descoberta destaca a importância da ciência básica no avanço da medicina. Ao identificar mecanismos celulares e moleculares específicos, os pesquisadores podem abrir caminhos para tratamentos inovadores que, no futuro, possam melhorar significativamente a vida de pessoas com TEA.

 

 

 

 

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Água com gás: vilã ou aliada da saúde?

28 de março de 2025

A água com gás tem ganhado popularidade como uma alternativa refrescante às bebidas adoçadas e refrigerantes. No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre seus efeitos na saúde. Será que o consumo frequente pode trazer benefícios ou representa riscos? A água gaseificada é simplesmente água na qual foi dissolvido dióxido de carbono (CO2) sob pressão, criando […]

Água com gás: vilã ou aliada da saúde?

A água com gás tem ganhado popularidade como uma alternativa refrescante às bebidas adoçadas e refrigerantes. No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre seus efeitos na saúde. Será que o consumo frequente pode trazer benefícios ou representa riscos?

A água gaseificada é simplesmente água na qual foi dissolvido dióxido de carbono (CO2) sob pressão, criando as bolhas características. Esse processo pode ocorrer naturalmente em algumas fontes minerais ou ser adicionado artificialmente. Algumas versões também contêm minerais adicionados, como sódio, cálcio e magnésio, que podem influenciar seu sabor e composição nutricional.

Benefícios da água com gás

  • Hidratação eficiente: assim como a água comum, a água com gás contribui para a hidratação do organismo, ajudando no funcionamento adequado das células e órgãos.
  • Melhora da digestão: estudos sugerem que a água gaseificada pode estimular a produção de sucos digestivos, auxiliando na digestão e na redução da sensação de empachamento após as refeições.
  • Alternativa saudável a refrigerantes: sem açúcar, adoçantes artificiais ou calorias, a água com gás é uma opção para quem quer evitar bebidas ultraprocessadas sem abrir mão do prazer das bolhas.

Possíveis desvantagens

  • Desconforto digestivo: o dióxido de carbono presente na água com gás pode causar inchaço e gases em algumas pessoas, especialmente aquelas com síndrome do intestino irritável ou sensibilidade digestiva.
  • Erosão do esmalte dentário: apesar de ser menos ácida do que refrigerantes e sucos cítricos, a água com gás ainda possui uma leve acidez que, em consumo excessivo, pode contribuir para o desgaste do esmalte dos dentes. No entanto, quando consumida com moderação, esse efeito é mínimo.
  • Presença de sódio: algumas marcas adicionam sódio à água com gás, o que pode ser um ponto de atenção para pessoas que precisam controlar a ingestão desse mineral.

De maneira geral, a água com gás é segura e pode fazer parte de uma rotina equilibrada. Seus benefícios incluem a hidratação e a substituição de bebidas menos saudáveis. No entanto, para quem tem problemas digestivos ou preocupações com a saúde bucal, o consumo moderado é recomendado. Como sempre, manter uma alimentação variada e consultar um profissional de saúde são atitudes importantes para garantir um estilo de vida equilibrado.

 

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Creatina: como ela atua no corpo e nos músculos

26 de março de 2025

A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo do esporte e da saúde. Naturalmente produzida pelo organismo a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, ela também pode ser obtida por meio da alimentação, principalmente em carnes e peixes. No entanto, muitas pessoas optam por suplementá-la para melhorar o desempenho físico […]

Creatina: como ela atua no corpo e nos músculos

A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo do esporte e da saúde. Naturalmente produzida pelo organismo a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, ela também pode ser obtida por meio da alimentação, principalmente em carnes e peixes. No entanto, muitas pessoas optam por suplementá-la para melhorar o desempenho físico e otimizar o crescimento muscular. Mas como, de fato, ela age no corpo?

A principal função da creatina está ligada ao fornecimento de energia para as células, especialmente as musculares. No organismo, a creatina é armazenada em forma de fosfocreatina, que participa da ressíntese de ATP (adenosina trifosfato) — a principal fonte de energia para contrações musculares rápidas e intensas. Isso significa que, durante atividades de curta duração e alta intensidade, como levantamento de peso e sprints, a creatina atua como um verdadeiro “combustível”, retardando a fadiga e aumentando a força explosiva.

Efeitos da creatina nos músculos

  • Aumento de força e potência muscular

Estudos apontam que a suplementação de creatina pode aumentar a capacidade de geração de força muscular em até 20%, permitindo treinos mais intensos e produtivos.

  • Hiperidratação celular

A creatina favorece a retenção de líquidos dentro das células musculares, resultando em um aspecto de maior volume muscular. Esse efeito pode ser confundido com ganho de gordura ou inchaço, mas, na verdade, é um processo que contribui para o anabolismo (crescimento muscular).

  • Redução da fadiga muscular

Ao otimizar a ressíntese de ATP (trifosfato de adenosina), que é a principal fonte de energia para as células, a creatina reduz a percepção de fadiga, permitindo que os músculos suportem sessões de treinamento mais longas e intensas.

  • Estimula a síntese proteica

Indiretamente, a creatina pode estimular a síntese de proteínas musculares, promovendo um ambiente mais propício ao crescimento e à recuperação muscular.

Benefícios para a saúde geral

Embora seja amplamente conhecida pelo seu papel no desempenho atlético, a creatina também apresenta efeitos positivos na saúde geral. Estudos indicam que ela pode auxiliar na saúde cerebral, melhorando funções cognitivas e ajudando na prevenção de doenças neurodegenerativas. Além disso, pode ser benéfica para a saúde óssea e na recuperação de lesões.

Como usar a creatina de forma segura

A dosagem recomendada costuma variar entre 3 a 5 gramas diárias, podendo ser consumida a qualquer momento do dia, preferencialmente junto com carboidratos para otimizar sua absorção. Diferente do que alguns mitos sugerem, a creatina não sobrecarrega os rins ou causa câimbras em indivíduos saudáveis.

No entanto, como qualquer suplementação, é importante que seu uso seja feito sob orientação profissional para garantir os melhores resultados.