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Exames médicos ajudam a identificar os efeitos do estresse no corpo

24 de setembro de 2024

O estresse é uma resposta natural do organismo a situações de pressão, perigo ou desafios, mas quando se torna crônico, pode ter impactos significativos na saúde física e mental. Diferentes sistemas do corpo são afetados pelo estresse contínuo, incluindo o sistema imunológico, cardiovascular e endócrino. Para avaliar esses efeitos e identificar possíveis problemas de saúde […]

Exames médicos ajudam a identificar os efeitos do estresse no corpo

O estresse é uma resposta natural do organismo a situações de pressão, perigo ou desafios, mas quando se torna crônico, pode ter impactos significativos na saúde física e mental. Diferentes sistemas do corpo são afetados pelo estresse contínuo, incluindo o sistema imunológico, cardiovascular e endócrino.

Para avaliar esses efeitos e identificar possíveis problemas de saúde decorrentes do estresse, diversos exames médicos podem ser realizados. Entender esses exames é fundamental para a prevenção e o tratamento adequado dos danos que o estresse pode causar ao organismo.

  1. Hemograma completo

O hemograma completo é um exame de sangue básico que avalia as células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Embora não seja específico para o diagnóstico do estresse, ele pode indicar sinais indiretos de estresse crônico. Por exemplo, níveis elevados de glóbulos brancos podem sugerir uma resposta inflamatória, comum em pessoas submetidas a estresse prolongado. Além disso, a anemia (indicada por uma baixa contagem de glóbulos vermelhos) pode estar relacionada à exaustão física e emocional.

  1. Níveis de cortisol

O cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”, é liberado pelas glândulas suprarrenais em resposta a situações estressantes. Em pequenas doses, ele é necessário para a função normal do corpo, mas níveis elevados e persistentes de cortisol podem indicar estresse crônico. Um exame de sangue, saliva ou urina pode medir os níveis de cortisol, ajudando a identificar desequilíbrios hormonais. Níveis anormais de cortisol podem estar associados a uma série de condições, como hipertensão, ganho de peso, problemas de sono e disfunções imunológicas.

  1. Dosagem de hormônios da tireóide

O estresse pode afetar a função da tireoide, uma glândula que regula o metabolismo do corpo. Exames de sangue para medir os níveis de hormônios tireoidianos (TSH, T3 e T4) podem ajudar a detectar disfunções causadas ou exacerbadas pelo estresse. Por exemplo, o estresse crônico pode contribuir para o hipotireoidismo, condição em que a tireoide não produz hormônios suficientes, levando a sintomas como fadiga, ganho de peso e depressão.

  1. Exames de glicose e insulina

O estresse pode influenciar o metabolismo da glicose, aumentando os níveis de açúcar no sangue. Isso ocorre porque o cortisol promove a liberação de glicose no sangue, preparando o corpo para uma resposta “lutar ou fugir”. Em situações de estresse crônico, essa liberação constante pode levar a uma resistência à insulina, um precursor da diabetes tipo 2. Os exames de glicose em jejum e hemoglobina glicada (HbA1c) são úteis para avaliar a influência do estresse nos níveis de açúcar no sangue ao longo do tempo.

  1. Perfil lipídico

O estresse pode impactar negativamente os níveis de colesterol, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Exames de sangue para avaliar o perfil lipídico, incluindo colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol bom) e triglicerídeos, podem ajudar a identificar alterações causadas pelo estresse crônico. Por exemplo, o aumento do LDL e dos triglicerídeos está associado a um maior risco de aterosclerose, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

  1. Eletrocardiograma (ECG)

O eletrocardiograma é um exame que avalia a atividade elétrica do coração e pode detectar irregularidades no ritmo cardíaco, como arritmias, que podem ser induzidas ou agravadas pelo estresse. O estresse aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, colocando pressão adicional sobre o coração. Em alguns casos, o estresse crônico pode até contribuir para condições como a cardiomiopatia induzida por estresse, também conhecida como síndrome do coração partido.

  1. Avaliação da função imunológica

O estresse tem um efeito imunossupressor, o que significa que ele pode enfraquecer o sistema imunológico e tornar o corpo mais suscetível a infecções. Exames que avaliam a função imunológica, como a contagem de células T e a dosagem de imunoglobulinas, podem ajudar a detectar uma diminuição da resposta imunológica associada ao estresse crônico. Pacientes com níveis reduzidos de células de defesa podem apresentar maior propensão a infecções recorrentes, alergias e doenças autoimunes.

  1. Avaliação da função renal e hepática

Os exames que medem a função renal e hepática, como creatinina, ureia, AST e ALT, podem ser úteis para avaliar o impacto do estresse nos órgãos vitais. O estresse crônico pode prejudicar o fluxo sanguíneo para os rins e o fígado, afetando sua capacidade de filtrar e desintoxicar o corpo. Alterações nesses exames podem indicar uma sobrecarga desses órgãos, muitas vezes associada a condições de estresse contínuo.

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Quem pode ser um doador de órgãos?

23 de setembro de 2024

A doação de órgãos é um ato de generosidade que pode salvar muitas vidas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem pode ser um doador. Será que todos são elegíveis para doar órgãos? E quais são os critérios médicos e legais envolvidos? Neste texto, vamos esclarecer essas e outras questões para ajudar a entender […]

Quem pode ser um doador de órgãos?

A doação de órgãos é um ato de generosidade que pode salvar muitas vidas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem pode ser um doador. Será que todos são elegíveis para doar órgãos? E quais são os critérios médicos e legais envolvidos?

Neste texto, vamos esclarecer essas e outras questões para ajudar a entender quem pode se tornar um doador de órgãos, seja em vida ou após a morte.

Doador falecido: quem pode doar?

Quando falamos de doação de órgãos, a maioria das doações acontece a partir de doadores falecidos. Mas, para que a doação seja possível, algumas condições precisam ser atendidas. Primeiramente, o diagnóstico de morte encefálica é fundamental. A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais, sendo diferente do estado de coma. Esse diagnóstico é rigorosamente regulamentado por protocolos médicos, envolvendo uma série de testes para confirmar a ausência de atividade cerebral.

Além do diagnóstico de morte encefálica, a saúde geral dos órgãos é um fator determinante. Mesmo em casos de morte encefálica, a pessoa deve ter órgãos viáveis para a doação. Por exemplo, órgãos como coração, pulmões, rins, fígado e pâncreas precisam estar em boas condições para serem transplantados com sucesso. Os potenciais doadores podem ser de diversas faixas etárias, dependendo do órgão em questão. Em geral, os órgãos de doadores mais jovens são preferidos, mas órgãos de pessoas idosas também podem ser viáveis, especialmente os rins e o fígado.

A importância da família

Mesmo que alguém tenha manifestado em vida o desejo de ser doador, a decisão final cabe à família. Por isso, é importante que as pessoas que desejam doar seus órgãos conversem com seus familiares sobre essa vontade, deixando claro seu desejo de ajudar a salvar vidas.

Doador vivo: quais são os critérios?

A doação em vida é uma opção para pessoas saudáveis que desejam doar um órgão ou parte dele. Os órgãos mais comuns para doação em vida são os rins e parte do fígado. Isso ocorre porque uma pessoa pode viver com um único rim e o fígado tem a capacidade de se regenerar, permitindo que o doador e o receptor fiquem bem após a cirurgia.

Para ser um doador vivo, a pessoa deve passar por uma avaliação médica completa. Essa avaliação inclui exames físicos, laboratoriais e psicológicos para garantir que a doação não colocará a saúde do doador em risco. O potencial doador deve estar em boas condições de saúde, sem doenças crônicas ou infecciosas que possam ser transmitidas ao receptor. Além disso, é essencial que o doador esteja plenamente consciente e de acordo com a doação, sem qualquer tipo de pressão ou coação.

Compatibilidade e legislação

Na doação em vida, a compatibilidade entre o doador e o receptor é um fator importante. No caso de doação de rins, por exemplo, é necessário verificar a compatibilidade sanguínea e imunológica para reduzir o risco de rejeição do órgão. Legalmente, a doação em vida é permitida desde que sejam respeitadas todas as normas e procedimentos, como a autorização formal do doador e a avaliação ética da equipe médica.

Quem não pode ser um doador de órgãos?

Apesar de muitas pessoas serem elegíveis para doar, existem algumas situações que podem impedir a doação de órgãos. Em geral, pessoas com certas doenças infecciosas, como HIV não controlado, hepatites ativas ou infecções sistêmicas, não são consideradas doadoras elegíveis. Da mesma forma, alguns tipos de câncer podem inviabilizar a doação.

No caso de doadores vivos, além das condições médicas, é necessário que o doador tenha idade mínima e que a doação seja voluntária, sem qualquer tipo de coerção ou benefício financeiro, pois a venda de órgãos é ilegal e considerada antiética.

 

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5 impactos da atividade física na saúde mental

19 de setembro de 2024

A relação entre o corpo e a mente é cada vez mais evidente à medida que estudos e profissionais de saúde reconhecem os benefícios da atividade física não apenas para o bem-estar físico, mas também para a saúde mental. Em tempos de crescente preocupação com transtornos como ansiedade, depressão e estresse, a prática de exercícios […]

5 impactos da atividade física na saúde mental

A relação entre o corpo e a mente é cada vez mais evidente à medida que estudos e profissionais de saúde reconhecem os benefícios da atividade física não apenas para o bem-estar físico, mas também para a saúde mental. Em tempos de crescente preocupação com transtornos como ansiedade, depressão e estresse, a prática de exercícios se apresenta como uma ferramenta poderosa para manter o equilíbrio mental. Conheça cinco impactos diretos da atividade física na saúde mental.

  1. Redução da ansiedade e depressão

A prática regular de exercícios físicos está diretamente ligada à diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão. Isso ocorre porque a atividade física desencadeia a liberação de neurotransmissores como serotonina e endorfina, substâncias que promovem sensações de prazer e bem-estar. Um estudo publicado na revista JAMA Psychiatry revelou que pessoas que se exercitam regularmente têm 25% menos probabilidade de desenvolver depressão. Além disso, os exercícios funcionam como uma forma natural de aliviar a tensão, ajudando a reduzir pensamentos obsessivos e preocupações, comuns em pessoas ansiosas.

  1. Melhora da qualidade do sono

O sono tem um papel fundamental na saúde mental, e a atividade física desempenha um papel fundamental na melhora da qualidade do sono. Estudos mostram que indivíduos que praticam exercícios regularmente tendem a dormir mais rápido e desfrutar de um sono mais profundo. A prática física auxilia na regulação do ciclo circadiano – o “relógio biológico” do corpo – o que impacta diretamente o humor e a disposição mental ao longo do dia. Além disso, a prática de atividades como yoga e alongamento pode ajudar a relaxar a mente, favorecendo o descanso e o combate à insônia.

  1. Aumento da autoestima e confiança

A autoestima é uma dimensão essencial da saúde mental, e a prática de atividades físicas pode contribuir significativamente para aumentá-la. A superação de desafios durante os treinos, o cumprimento de metas pessoais e a melhoria na composição corporal geram uma sensação de conquista, que se reflete na autopercepção. Pessoas que se exercitam regularmente relatam maior satisfação com sua aparência e mais confiança em si mesmas, o que pode contribuir para a construção de uma imagem positiva, combatendo sentimentos de inadequação e insegurança, comuns em transtornos como a depressão.

  1. Combate ao estresse

O estresse é uma resposta natural do corpo a situações de desafio ou pressão, mas em níveis elevados, pode prejudicar a saúde mental e física. A prática de atividades físicas, em especial os exercícios aeróbicos como corrida, natação e ciclismo, tem sido amplamente reconhecida por seu papel na redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Além disso, o foco necessário durante os exercícios ajuda a “desligar” a mente de preocupações e tensões cotidianas, funcionando como uma forma de meditação ativa. Com a prática constante, o corpo e a mente se tornam mais resilientes às situações de estresse.

  1. Promoção do bem-estar geral

A atividade física regular está diretamente associada à promoção de uma sensação geral de bem-estar, que é essencial para a manutenção da saúde mental. Além dos benefícios bioquímicos, como o aumento da produção de endorfinas, a prática de exercícios promove uma maior interação social (especialmente em atividades em grupo), aumenta a energia e proporciona uma rotina mais equilibrada. Esses fatores contribuem para um estado mental mais positivo, ajudando a pessoa a enfrentar desafios diários com mais otimismo e resiliência.

A ciência por trás do movimento

Vários estudos têm mostrado que o cérebro responde de maneira extremamente positiva à atividade física. Um dos mecanismos mais estudados é o aumento do BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), uma proteína que promove a saúde dos neurônios, favorecendo a neuroplasticidade – a capacidade do cérebro de se adaptar e crescer. Esse efeito é especialmente benéfico em pessoas que sofrem de transtornos como depressão, que muitas vezes está associada a uma redução da neurogênese, o nascimento de novas células cerebrais.

Outro aspecto relevante é a influência da atividade física na regulação dos níveis de dopamina, outro neurotransmissor relacionado ao prazer e à motivação. A prática de exercícios ajuda a aumentar a disponibilidade dessa substância no cérebro, o que contribui para a redução de quadros depressivos e o aumento da sensação de satisfação pessoal.

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Viagens longas e o risco de trombose: cuidados essenciais para evitar complicações

As viagens longas, seja de avião, carro ou ônibus, fazem parte da rotina de muitas pessoas, especialmente em períodos de férias ou a trabalho. No entanto, o que muitos desconhecem é que a imobilidade por longos períodos pode aumentar o risco de desenvolver trombose venosa profunda (TVP), uma condição em que coágulos de sangue se […]

Viagens longas e o risco de trombose: cuidados essenciais para evitar complicações

As viagens longas, seja de avião, carro ou ônibus, fazem parte da rotina de muitas pessoas, especialmente em períodos de férias ou a trabalho. No entanto, o que muitos desconhecem é que a imobilidade por longos períodos pode aumentar o risco de desenvolver trombose venosa profunda (TVP), uma condição em que coágulos de sangue se formam nas veias profundas, geralmente nas pernas. Esta condição pode ser perigosa, podendo levar a complicações graves, como a embolia pulmonar, caso o coágulo se desloque para os pulmões.

A trombose venosa profunda ocorre quando o sangue se acumula e coagula dentro de uma veia, em vez de fluir normalmente. Durante viagens longas, a imobilidade prolongada dificulta a circulação sanguínea, especialmente nas pernas. O sangue que deveria circular continuamente pode começar a se acumular nas veias, favorecendo a formação de coágulos.

Em viagens aéreas, a situação pode ser ainda mais preocupante, devido à pressurização da cabine e à baixa umidade, que podem desidratar o corpo e tornar o sangue mais viscoso. Além disso, o espaço reduzido nas aeronaves dificulta a movimentação, agravando o problema. No entanto, viagens longas de carro ou ônibus também apresentam riscos semelhantes, pois o sedentarismo prolongado contribui para a estagnação do fluxo sanguíneo nas extremidades inferiores.

Fatores de risco para a trombose venosa profunda

Nem todas as pessoas que realizam viagens longas estão em risco elevado de desenvolver trombose, mas alguns fatores podem aumentar a vulnerabilidade. Esses incluem:

  1. Histórico pessoal ou familiar de trombose: pessoas que já tiveram episódios de trombose ou que têm histórico familiar da condição estão mais suscetíveis.
  2. Idade avançada: o risco de trombose aumenta com a idade, especialmente em pessoas com mais de 60 anos.
  3. Obesidade: o excesso de peso aumenta a pressão nas veias das pernas, o que pode contribuir para a formação de coágulos.
  4. Gravidez: durante a gravidez, o volume de sangue no corpo aumenta, o que, combinado com a pressão do útero nas veias pélvicas, pode elevar o risco de trombose.
  5. Uso de contraceptivos hormonais ou terapia de reposição hormonal: certos hormônios podem aumentar a propensão ao desenvolvimento de coágulos.
  6. Cirurgias recentes ou imobilizações prolongadas: cirurgias, especialmente aquelas que envolvem as extremidades inferiores, podem elevar o risco de TVP. Além disso, longos períodos de imobilidade – como após fraturas – favorecem o problema.

Cuidados essenciais durante viagens longas

Para minimizar os riscos de trombose em viagens longas, algumas medidas simples, mas eficazes, podem ser adotadas:

  1. Movimente-se regularmente 

Durante viagens de avião ou ônibus, levante-se a cada uma ou duas horas para caminhar pelo corredor. Em viagens de carro, faça paradas regulares para se alongar e caminhar um pouco. A movimentação ajuda a ativar a circulação sanguínea e prevenir o acúmulo de sangue nas pernas.

  1. Exercícios de alongamento e mobilidade

Mesmo quando estiver sentado, você pode fazer exercícios simples para estimular a circulação. Movimente os pés para cima e para baixo, como se estivesse pressionando um pedal, e faça rotações com os tornozelos. Esse tipo de exercício ajuda a bombear o sangue de volta ao coração, reduzindo o risco de coágulos.

  1. Use meias de compressão

Meias de compressão elástica são indicadas para pessoas com risco elevado de trombose. Elas exercem uma leve pressão nas pernas, facilitando o fluxo sanguíneo e prevenindo o acúmulo de sangue nas veias profundas. O uso de meias de compressão é especialmente recomendado em viagens com mais de quatro horas de duração.

  1. Mantenha-se hidratado

A hidratação adequada é essencial para garantir que o sangue permaneça fluido e menos propenso à coagulação. Em viagens aéreas, a baixa umidade da cabine pode desidratar o corpo, aumentando a viscosidade do sangue. Evite bebidas alcoólicas e cafeína, que podem contribuir para a desidratação, e opte por água ou sucos naturais.

  1. Evite roupas apertadas

Roupas muito justas podem dificultar a circulação sanguínea, especialmente nas pernas e cintura. Opte por roupas confortáveis e folgadas durante viagens longas para evitar a compressão das veias.

Quando procurar ajuda médica

Apesar dos cuidados preventivos, é importante estar atento aos sinais de trombose venosa profunda. Os sintomas incluem dor, inchaço e sensação de calor na perna afetada, além de vermelhidão ou descoloração da pele. Em casos mais graves, quando o coágulo se desloca para os pulmões, os sintomas de embolia pulmonar podem incluir falta de ar, dor no peito e tosse com sangue. Se algum desses sintomas surgir durante ou após uma viagem longa, é necessário buscar atendimento médico imediato.

 

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5 momentos em que você usou o SUS e nem sabia

6 de setembro de 2024

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das maiores conquistas sociais do Brasil, proporcionando atendimento médico a milhões de pessoas em todo o país. Contudo, muitos brasileiros desconhecem a amplitude dos serviços que o SUS oferece e como ele está presente em seu dia a dia, mesmo sem que percebam. Em comemoração ao aniversário […]

5 momentos em que você usou o SUS e nem sabia

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das maiores conquistas sociais do Brasil, proporcionando atendimento médico a milhões de pessoas em todo o país. Contudo, muitos brasileiros desconhecem a amplitude dos serviços que o SUS oferece e como ele está presente em seu dia a dia, mesmo sem que percebam. Em comemoração ao aniversário do SUS, é importante refletir sobre as diversas situações em que usamos o SUS, muitas vezes sem saber.

  1. Quando você se vacinou

A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças e proteger a saúde pública. Desde as primeiras vacinas infantis até as campanhas de vacinação em massa, como a da gripe ou da COVID-19, o SUS está por trás de todo o processo. As vacinas são adquiridas, distribuídas e aplicadas gratuitamente por meio do SUS, garantindo que toda a população tenha acesso a essa importante ferramenta de saúde.

  1. Quando você pegou um medicamento gratuito

Muitos brasileiros não sabem que boa parte dos medicamentos distribuídos gratuitamente nas farmácias populares e nos postos de saúde fazem parte do sistema SUS. Medicamentos para hipertensão, diabetes, asma, entre outras doenças crônicas, são fornecidos sem custo para quem precisa. Essa distribuição ajuda a controlar doenças e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, muitas vezes sem que se dê conta de que isso é possível graças ao SUS.

  1. Quando você fez um exame de rotina

Realizar exames de rotina é essencial para o diagnóstico precoce de diversas doenças. Exames de sangue, mamografias, exames de urina, e até mesmo check-ups completos, são realizados rotineiramente pelo SUS. Esses procedimentos preventivos são fundamentais para a manutenção da saúde, sendo que muitas vezes o cidadão não associa essa ação ao sistema público de saúde.

  1. Quando você recebeu atendimento de emergência

Em situações de emergência, seja por um acidente, uma crise de pressão alta, ou qualquer outra urgência médica, o atendimento imediato feito pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou em prontos-socorros é uma das faces mais visíveis do SUS. Porém, muitos usuários não percebem que, além do atendimento em si, toda a estrutura, desde a ambulância até o hospital, está inserida no contexto do SUS.

  1. Quando você usou a vigilância sanitária

A vigilância sanitária é responsável por garantir a segurança de alimentos, medicamentos, e outros produtos consumidos pela população. Inspeções em restaurantes, farmácias, e até mesmo no controle de surtos de doenças são parte do trabalho realizado pelo SUS, através da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Mesmo que você nunca tenha notado, a qualidade dos alimentos que você consome e a segurança dos produtos que você utiliza são constantemente monitorados pelo SUS.

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Setembro Amarelo: como anda a sua saúde mental?

4 de setembro de 2024

Setembro Amarelo, o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, traz à tona uma discussão vital: como anda a sua saúde mental? Em um mundo cada vez mais acelerado e repleto de desafios, o cuidado com a mente é tão importante quanto o cuidado com o corpo. No Brasil, os números são alarmantes. Segundo […]

Setembro Amarelo: como anda a sua saúde mental?

Setembro Amarelo, o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, traz à tona uma discussão vital: como anda a sua saúde mental? Em um mundo cada vez mais acelerado e repleto de desafios, o cuidado com a mente é tão importante quanto o cuidado com o corpo.

No Brasil, os números são alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país é o líder mundial em prevalência de ansiedade, e cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Dados da pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostram que, durante a pandemia, houve um aumento de 30% nos casos de transtornos mentais. Esses números revelam uma realidade preocupante e reforçam a necessidade de atenção e cuidado com a saúde mental.

Falar sobre saúde mental, ainda cercada por tabus e preconceitos, é fundamental para desmistificar a importância do tema. A campanha Setembro Amarelo nos lembra que precisamos estar atentos não apenas ao que sentimos, mas também ao que aqueles ao nosso redor estão passando.

Sinais de alerta: quando procurar ajuda?

A saúde mental pode se deteriorar de maneira silenciosa e gradual, tornando-se fundamental a observação de sintomas que indicam a necessidade de apoio profissional. Confira alguns dos sinais que merecem atenção:

  1. Mudanças de humor constantes: oscilações repentinas de humor, como momentos de extrema euforia seguidos por períodos de tristeza intensa, podem ser indicativos de transtornos psicológicos.
  1. Sentimentos persistentes de tristeza: a tristeza que persiste por semanas ou meses, sem motivo aparente, pode ser um sintoma de depressão.
  1. Isolamento social: evitar o convívio com amigos, familiares e colegas, preferindo o isolamento, é um sinal de alerta importante.
  1. Fadiga excessiva e problemas de sono: a falta de energia constante e as dificuldades para dormir, como insônia ou sono excessivo, são sintomas comuns de problemas mentais.
  1. Dificuldade de concentração: a falta de foco e a dificuldade em realizar tarefas simples, que antes eram rotineiras, podem estar associadas a transtornos como ansiedade e depressão.
  1. Alterações no apetite: a perda ou o aumento significativo do apetite, levando a mudanças abruptas de peso, também pode indicar um desequilíbrio emocional.
  1. Pensamentos suicidas: qualquer pensamento relacionado ao desejo de acabar com a própria vida deve ser tratado com a máxima seriedade e requer ajuda imediata.

O caminho para o cuidado mental

Buscar ajuda é o primeiro passo para o cuidado com a saúde mental. O tratamento pode incluir psicoterapia, medicação e mudanças no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada e o estabelecimento de uma rotina saudável de sono. Além disso, a construção de uma rede de apoio, composta por amigos, familiares e profissionais de saúde, é fundamental para enfrentar os desafios emocionais.

O Setembro Amarelo é um convite para que todos nós reflitamos sobre a importância da saúde mental e do cuidado consigo mesmo e com os outros. Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades, não hesite em buscar ajuda. A saúde mental é um pilar essencial para uma vida equilibrada e plena, e cuidar dela é um ato de coragem e autocuidado.

 

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Saúde do coração: quatro exames de sangue que você precisa conhecer

26 de agosto de 2024

A saúde cardiovascular é uma das maiores preocupações de saúde pública em todo o mundo. Enquanto muitos sabem da importância de manter uma dieta balanceada e praticar exercícios regularmente, poucos conhecem os exames de sangue que podem ajudar a monitorar e proteger a saúde do coração. Aqui estão quatro exames de sangue que desempenham um […]

Saúde do coração: quatro exames de sangue que você precisa conhecer

A saúde cardiovascular é uma das maiores preocupações de saúde pública em todo o mundo. Enquanto muitos sabem da importância de manter uma dieta balanceada e praticar exercícios regularmente, poucos conhecem os exames de sangue que podem ajudar a monitorar e proteger a saúde do coração. Aqui estão quatro exames de sangue que desempenham um papel fundamental na detecção precoce de problemas cardíacos e na manutenção de um coração saudável.

  1. Colesterol Total e Frações

O exame de colesterol total e suas frações (LDL, HDL e VLDL) é um dos mais conhecidos quando se trata de saúde cardiovascular. O LDL, conhecido como “colesterol ruim”, pode se acumular nas paredes das artérias, aumentando o risco de aterosclerose e, consequentemente, de ataques cardíacos e derrames. Já o HDL, o “colesterol bom”, ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias. Manter esses níveis em equilíbrio é essencial para prevenir doenças cardíacas.

  1. Triglicerídeos

Os triglicerídeos são um tipo de gordura presente no sangue. Níveis elevados de triglicerídeos podem contribuir para o endurecimento das artérias e aumentar o risco de doenças cardíacas, especialmente quando combinados com altos níveis de LDL e baixos níveis de HDL. O monitoramento regular dos triglicerídeos é fundamental para quem busca proteger a saúde do coração.

  1. Proteína C-Reativa (PCR)

A Proteína C-Reativa é um marcador de inflamação no corpo. Embora não seja específica para o coração, níveis elevados de PCR podem indicar inflamação nas artérias coronárias, um fator de risco para ataques cardíacos. Médicos frequentemente utilizam esse exame em conjunto com outros testes para avaliar o risco cardiovascular, especialmente em pacientes com histórico de problemas cardíacos.

  1. Hemoglobina Glicada (HbA1c)

Embora seja mais comum em pacientes com diabetes, o exame de hemoglobina glicada também é importante para a saúde do coração. Níveis elevados de HbA1c indicam um controle inadequado da glicose no sangue, o que pode levar ao desenvolvimento de complicações cardiovasculares, como doenças coronarianas. Pacientes com diabetes devem monitorar regularmente esse exame para evitar riscos adicionais ao coração.

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Mpox: tudo o que você precisa saber sobre a doença e como se proteger

22 de agosto de 2024

Na última quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Esse alerta visa a criação de uma resposta internacional coordenada e colaborativa para lidar com a doença, mas não significa necessariamente que uma nova pandemia ocorrerá. A preocupação atual gira em torno […]

Mpox: tudo o que você precisa saber sobre a doença e como se proteger

Na última quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Esse alerta visa a criação de uma resposta internacional coordenada e colaborativa para lidar com a doença, mas não significa necessariamente que uma nova pandemia ocorrerá.

A preocupação atual gira em torno da rápida disseminação de uma nova variante da doença, a Cepa 1b, que foi encontrada no continente africano, particularmente na República Democrática do Congo (RDC). De acordo com o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC), a RDC registrou mais de 14 mil casos da doença somente este ano, resultando em 450 mortes.

Mas, afinal, o que é a Mpox? O que as autoridades sabem sobre a doença até o momento e quais cuidados a população deve tomar? Confira as respostas a estas e outras dúvidas abaixo.

O que é Mpox?

A Mpox é uma doença zoonótica causada pelo vírus mpox (MPXV). A transmissão para humanos ocorre principalmente por meio de contato próximo e prolongado com pessoas infectadas, especialmente se elas apresentarem lesões na pele, erupções cutâneas, bolhas, crostas ou fluidos corporais. O compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais de lesões também pode transmitir a doença.

Em caso de suspeita, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para avaliação. Se necessário, pode ser realizado diagnóstico laboratorial para confirmar a Mpox. Caso o diagnóstico seja confirmado, é essencial adotar medidas preventivas para conter a transmissão e iniciar o manejo clínico individualizado. Uma das medidas mais importantes é evitar o contato próximo com outras pessoas até o desaparecimento completo dos sintomas. O isolamento imediato e a não partilha de objetos e materiais de uso pessoal são cruciais.

Quais são os sintomas da Mpox?

Os sintomas da Mpox incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, febre, ínguas, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. As lesões de pele podem variar em número e se concentrar nas áreas de contato com a fonte de transmissão. Elas podem ser levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e formar crostas que secam e caem. As erupções podem aparecer na face, boca, tronco, mãos, pés ou qualquer outra parte do corpo, incluindo as regiões genital e anal.

Os sinais e sintomas podem surgir entre 3 e 21 dias após o contato com o vírus. A transmissão da Mpox ocorre desde o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas até que todas as lesões na pele tenham cicatrizado completamente.

Como se prevenir?

A prevenção é a melhor forma de proteção contra a doença. Evite contato com pessoas suspeitas ou confirmadas de estar com a Mpox. Se o contato for inevitável, como no caso de cuidadores, profissionais de saúde ou familiares próximos, utilize luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.

Lave regularmente as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, especialmente após contato com a pessoa infectada ou com objetos e superfícies que possam ter sido contaminados. Lave roupas pessoais e de cama, toalhas, talheres e objetos pessoais com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte resíduos como curativos de forma adequada.

Existe tratamento?

Não há um tratamento específico para a infecção pelo vírus da Mpox. A atenção médica é focada no alívio de dores e demais sintomas, bem como na prevenção de sequelas a longo prazo.

Há casos de Mpox no Brasil?

O surto apresenta baixo nível de transmissão fora do continente africano até o momento. Em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis da doença no Brasil, sendo 85% dos casos em homens e 42,2% em pessoas que vivem com HIV/Aids.

Este número é significativamente menor em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no país. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023. Até agora, não há registros da nova variante no Brasil.

O que muda com a nova variante?

As autoridades de saúde observam que a variante Clado 1b, que circula na África Central, é mais facilmente transmissível e está afetando principalmente crianças. Ela pode se espalhar por diferentes modos de transmissão, não se restringindo apenas ao contato próximo e prolongado.

O cenário epidemiológico da Mpox no Brasil permanece estável, mas a vigilância foi intensificada em resposta ao alerta da OMS. O Ministério da Saúde reforça que, embora não haja motivo para alarme, a situação exige atenção.

Existe vacina para a doença?

Sim, mas, no momento, a vacinação não é considerada a estratégia mais eficiente para conter a doença. Em 2023, durante a ESPII, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou provisoriamente a vacinação contra a Mpox no Brasil. Desde então, mais de 29 mil doses foram aplicadas.

A vacina contra a Mpox é limitada devido à alta complexidade de sua produção, dificultando a aquisição em escala global. Recentemente, a OMS ativou o processo de inclusão das vacinas na lista de uso emergencial, o que pode acelerar o acesso a países de baixa renda que ainda não emitiram suas próprias aprovações regulatórias nacionais.

Nova Diagnóstico com Ministério da Saúde

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Leishmaniose: uma doença silenciosa que exige atenção

21 de agosto de 2024

A leishmaniose é uma doença parasitária negligenciada que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Causada por protozoários do gênero *Leishmania* e transmitida pela picada de insetos flebotomíneos, conhecidos popularmente como “mosquitos-palha”, a leishmaniose pode se manifestar de diferentes formas, variando de lesões cutâneas a quadros graves que […]

Leishmaniose: uma doença silenciosa que exige atenção

A leishmaniose é uma doença parasitária negligenciada que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Causada por protozoários do gênero *Leishmania* e transmitida pela picada de insetos flebotomíneos, conhecidos popularmente como “mosquitos-palha”, a leishmaniose pode se manifestar de diferentes formas, variando de lesões cutâneas a quadros graves que comprometem órgãos internos.

A falta de conhecimento sobre a doença, somada à precariedade de saneamento básico e medidas de controle vetorial, torna a leishmaniose uma preocupação de saúde pública em muitos países, incluindo o Brasil.

Causas e transmissão

A leishmaniose é causada por diferentes espécies de protozoários do gênero *Leishmania*, transmitidos pela picada de mosquitos-palha infectados. Esses insetos, que se reproduzem em locais úmidos e ricos em matéria orgânica, como folhas e lixo, encontram nas áreas rurais e periurbanas um ambiente propício para sua proliferação. A infecção ocorre quando o mosquito-palha pica um ser humano ou animal, como cães e roedores, que já estão infectados, transmitindo o parasita ao próximo hospedeiro.

Existem duas formas principais da doença: a leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. A leishmaniose cutânea é a mais comum e se caracteriza por lesões na pele, que podem evoluir para úlceras dolorosas. Já a leishmaniose visceral, a forma mais grave da doença, afeta órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea, e pode ser fatal se não tratada.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas da leishmaniose variam de acordo com a forma da doença. Na leishmaniose cutânea, os primeiros sinais são feridas na pele, que surgem semanas ou meses após a picada do mosquito infectado. Essas lesões, inicialmente pequenas e indolores, podem crescer e evoluir para úlceras com bordas elevadas, geralmente localizadas em áreas expostas do corpo, como rosto, braços e pernas. Em alguns casos, as lesões podem se tornar crônicas e levar à desfiguração.

A leishmaniose visceral, por sua vez, apresenta um quadro clínico mais complexo. Os sintomas incluem febre prolongada, perda de peso, anemia, aumento do fígado e do baço (hepatomegalia e esplenomegalia), e fraqueza generalizada. A doença progride de forma lenta e, sem o tratamento adequado, pode levar à morte em 90% dos casos.

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames laboratoriais, como a pesquisa direta do parasita em amostras de pele, medula óssea ou sangue. Testes sorológicos e moleculares também são utilizados para detectar a presença de anticorpos ou material genético do parasita no organismo do paciente.

Prevenção

A prevenção da leishmaniose envolve um conjunto de medidas destinadas a controlar a população de mosquitos-palha e a evitar o contato das pessoas com esses vetores. Entre as principais ações preventivas estão o uso de repelentes, roupas de manga longa, mosquiteiros impregnados com inseticidas e a instalação de telas em portas e janelas.

O manejo ambiental é uma estratégia essencial para a redução da incidência da doença. Isso inclui a limpeza de quintais e terrenos, a eliminação de acúmulos de matéria orgânica e lixo, e a construção de canis afastados da casa, uma vez que os cães são os principais reservatórios do parasita em áreas urbanas. Em algumas regiões, a vacinação de cães contra a leishmaniose também tem sido utilizada como uma medida complementar de controle.

Outra medida preventiva importante é o monitoramento e tratamento de animais infectados. Em áreas onde a leishmaniose visceral é endêmica, a eutanásia de cães infectados, embora polêmica, é uma prática recomendada por órgãos de saúde para evitar a disseminação da doença.

Tratamento

O tratamento da leishmaniose depende da forma da doença e da gravidade do quadro clínico. Na leishmaniose cutânea, o tratamento pode incluir a administração de medicamentos antimoniais, como o antimoniato de meglumina, por via intramuscular ou intravenosa. Em casos leves, o tratamento local com pomadas ou injeções intralesionais pode ser eficaz.

Para a leishmaniose visceral, o tratamento é mais complexo e requer a administração de medicamentos sistêmicos, como anfotericina B, um antifúngico que também é eficaz contra a *Leishmania*. Nos últimos anos, o uso de medicamentos orais, como o miltefosina, tem sido adotado em alguns países como uma alternativa menos invasiva e mais acessível.

Apesar dos avanços no tratamento, a leishmaniose continua sendo uma doença de difícil manejo, especialmente em áreas de baixa renda, onde o acesso aos serviços de saúde é limitado. A resistência do parasita a alguns medicamentos, a toxicidade dos tratamentos e a falta de alternativas terapêuticas são desafios que precisam ser superados para melhorar o controle da doença.

 

 

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Doença Hemolítica Perinatal: importância de conhecer seu tipo sanguíneo e o fator Rh

19 de agosto de 2024

Saber qual é o seu tipo sanguíneo é uma informação essencial para a sua saúde, especialmente durante a gestação. O conhecimento do sistema ABO e do fator Rh pode prevenir complicações graves, como a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), uma condição que pode afetar o bebê caso não seja devidamente tratada. O que é o fator […]

Doença Hemolítica Perinatal: importância de conhecer seu tipo sanguíneo e o fator Rh

Saber qual é o seu tipo sanguíneo é uma informação essencial para a sua saúde, especialmente durante a gestação. O conhecimento do sistema ABO e do fator Rh pode prevenir complicações graves, como a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), uma condição que pode afetar o bebê caso não seja devidamente tratada.

O que é o fator Rh e por que ele é importante?

O sangue humano contém três tipos principais de células: plaquetas, leucócitos e hemácias. As hemácias, ou glóbulos vermelhos, são responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo. A superfície dessas células possui proteínas herdadas de nossos pais, conhecidas como fator Rh, que determina se o sangue é Rh positivo ou negativo. A presença dessa proteína indica um sangue Rh positivo, enquanto a ausência indica Rh negativo.

O fator Rh foi descoberto em 1940 por Landsteiner e Wiener, utilizando sangue de macacos do gênero Rhesus, daí a origem do nome. Entre as proteínas presentes no fator Rh, o antígeno D é o principal responsável pela DHPN.

Como a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) afeta o bebê?

A DHPN ocorre quando os anticorpos maternos atacam as hemácias do feto. Isso geralmente acontece quando uma mulher Rh negativo está grávida de um bebê Rh positivo, herança do pai. Se o sangue do bebê se mistura com o da mãe, seu sistema imunológico pode reagir produzindo anticorpos contra as hemácias do bebê, causando anemia e, em casos graves, o óbito fetal. Essa sensibilização pode ocorrer durante o parto, mas também durante a gestação, especialmente no terceiro trimestre, ou após um aborto.

Prevenção da doença hemolítica perinatal

No início do século passado, a DHPN era uma das principais causas de morte fetal. Contudo, desde 1968, a imunoglobulina anti-Rh (anti-D) tem sido uma medida eficaz na prevenção da sensibilização materna, com uma eficácia de 99% quando utilizada corretamente.

A administração da imunoglobulina anti-Rh é recomendada para todas as mulheres Rh negativo que não tenham sido sensibilizadas e que tiveram um filho Rh positivo, devendo ser aplicada até 72 horas após o parto. Também é indicada entre a 28ª e a 32ª semana de gestação em mulheres Rh negativo cujo parceiro seja Rh positivo ou tenha fator desconhecido.

Por que você deve conhecer seu tipo sanguíneo?

É fundamental conhecer seu tipo sanguíneo e o fator Rh, especialmente durante o pré-natal. Na primeira consulta, esse exame deve ser solicitado junto com outros exames essenciais. Se a gestante for Rh negativo, o fator Rh do pai deve ser investigado. Caso ele seja Rh positivo ou desconhecido, exames adicionais serão necessários para monitorar a presença de anticorpos, garantindo que quaisquer complicações sejam tratadas precocemente.

Saber seu tipo sanguíneo é um passo inicial para a prevenção da Doença Hemolítica Perinatal. O uso da imunoglobulina anti-Rh (anti-D) durante a gestação e após o parto, conforme orientação médica, é a única medida eficaz para prevenir essa doença grave.

No Setor de Medicina Fetal da Nova Diagnóstico, a prioridade é oferecer segurança e tranquilidade para as famílias. Nossa equipe está pronta para atender às suas necessidades e garantir o melhor cuidado durante esse momento tão especial. Se tiver dúvidas, consulte seu pré-natalista.