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Dores no joelho? Conheça 5 exercícios para fortalecer e evitar desconfortos

28 de junho de 2025

Os joelhos estão entre as articulações mais exigidas no dia a dia, seja ao subir escadas, caminhar, correr ou até mesmo permanecer muito tempo sentado. Por isso, o enfraquecimento muscular ao redor deles pode provocar dores, desconfortos e até predispor a lesões. A boa notícia é que a prática regular de exercícios específicos pode ajudar […]

Dores no joelho? Conheça 5 exercícios para fortalecer e evitar desconfortos

Os joelhos estão entre as articulações mais exigidas no dia a dia, seja ao subir escadas, caminhar, correr ou até mesmo permanecer muito tempo sentado. Por isso, o enfraquecimento muscular ao redor deles pode provocar dores, desconfortos e até predispor a lesões. A boa notícia é que a prática regular de exercícios específicos pode ajudar a prevenir esses problemas.

A seguir, listamos cinco exercícios simples e eficazes para fortalecer a musculatura que dá suporte aos joelhos. Mas lembre-se: é importante realizá-los com orientação de um profissional de educação física ou fisioterapeuta, principalmente se você já sente dor ou tem histórico de lesões.

1. Agachamento com peso do corpo

Um dos exercícios mais completos, o agachamento fortalece quadríceps, glúteos e posterior de coxa. Comece com os pés afastados na largura dos ombros e agache como se fosse sentar em uma cadeira, mantendo o tronco reto e os joelhos sem ultrapassar a linha dos pés. Faça 3 séries de 10 a 15 repetições.

2. Elevação de perna estendida

Deitado de costas, com uma perna flexionada e a outra esticada, eleve lentamente a perna estendida até a altura do joelho oposto. Esse exercício ajuda a ativar o quadríceps sem sobrecarregar o joelho. Ideal para quem está em reabilitação.

3. Ponte (elevação de quadril)

Deitado de costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão, eleve o quadril até formar uma linha reta entre ombros e joelhos. Esse movimento trabalha o glúteo e o core, essenciais para a estabilidade do joelho.

4. Avanço (afundo)

Dê um passo à frente com uma das pernas e flexione os dois joelhos até o joelho de trás quase tocar o chão. Mantenha o tronco ereto e retorne à posição inicial. O exercício ativa músculos importantes para o controle da articulação.

5. Exercício de isometria com bola

Sentado ou em pé, posicione uma bola entre os joelhos e pressione por alguns segundos, ativando a musculatura da parte interna das coxas (adutores). Esse exercício é útil para melhorar o alinhamento dos joelhos e prevenir dores.

Fique atento ao corpo

Se você sente dores frequentes, estalos ou instabilidade nos joelhos, o ideal é procurar avaliação médica. Muitas vezes, o problema está relacionado a desequilíbrios musculares ou até alterações posturais que precisam de atenção específica.

Incluir exercícios de fortalecimento na rotina pode ser o primeiro passo para manter os joelhos saudáveis, ganhar mais mobilidade e prevenir lesões a longo prazo.

 

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São João com segurança: como evitar acidentes com fogos de artifício

19 de junho de 2025

As festas juninas são parte essencial da cultura brasileira, especialmente no Nordeste, onde o São João é celebrado com grande entusiasmo. Entre as tradições mais marcantes estão as quadrilhas, comidas típicas e, claro, os fogos de artifício. Apesar da beleza e da alegria proporcionadas pelas explosões coloridas no céu, é fundamental lembrar que o uso […]

São João com segurança: como evitar acidentes com fogos de artifício

As festas juninas são parte essencial da cultura brasileira, especialmente no Nordeste, onde o São João é celebrado com grande entusiasmo. Entre as tradições mais marcantes estão as quadrilhas, comidas típicas e, claro, os fogos de artifício. Apesar da beleza e da alegria proporcionadas pelas explosões coloridas no céu, é fundamental lembrar que o uso de fogos exige atenção redobrada para evitar acidentes, que são mais comuns do que se imagina neste período.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, todos os anos, centenas de pessoas são atendidas nos hospitais públicos por queimaduras e ferimentos causados por fogos de artifício, principalmente entre os meses de junho e julho. As vítimas mais frequentes são crianças e adolescentes, mas adultos também correm risco, principalmente quando manuseiam os artefatos de forma inadequada.

Além das queimaduras, os fogos podem provocar traumas auditivos, lesões oculares graves e até amputações. Em casos mais severos, o uso indevido pode levar a incêndios e acidentes fatais.

Cuidados essenciais com fogos de artifício

Para curtir o São João com segurança, é importante seguir algumas orientações básicas de prevenção:

  • Compre apenas produtos legalizados: evite fogos de fabricação caseira ou vendidos por ambulantes sem registro. O ideal é comprar em locais autorizados, que ofereçam produtos com selo de qualidade e instruções de uso.
  • Leia atentamente as instruções: cada tipo de artefato possui um modo de uso específico. Antes de acender, leia as recomendações da embalagem com atenção.
  • Mantenha distância: ao acender um foguete, mantenha uma distância segura de pessoas, animais, veículos e estruturas inflamáveis. Crianças jamais devem manusear fogos.
  • Nunca aponte para o rosto ou corpo: fogos devem ser acesos sempre com o braço esticado e longe do rosto. Se o produto falhar, não tente reacendê-lo.
  • Evite o uso em locais fechados: fogos devem ser utilizados somente em áreas abertas, longe de redes elétricas e de vegetação seca.
  • Proteja os ouvidos: fogos muito barulhentos podem causar danos à audição, especialmente em crianças, idosos e animais. O ideal é optar por fogos silenciosos, que oferecem o espetáculo visual sem o impacto sonoro.

Queimaduras: o que fazer

Caso ocorra uma queimadura, é importante manter a calma e agir rapidamente:

  1. Esfrie a área queimada com água corrente (nunca use gelo, manteiga ou pasta de dentes).
  2. Não estoure bolhas nem remova tecidos grudados à pele.
  3. Cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure atendimento médico o quanto antes, especialmente se a queimadura for de segundo ou terceiro grau.

Em caso de lesões oculares, a orientação é não coçar, pressionar ou tentar remover qualquer objeto do olho. A única atitude segura é procurar socorro especializado imediatamente.

Cuidados com crianças e idosos

Crianças são naturalmente curiosas e podem se aproximar de fogos sem entender o risco envolvido. O ideal é mantê-las sempre sob supervisão de adultos e afastadas de qualquer tipo de artefato. Idosos também devem ser protegidos dos ruídos, que podem causar sustos, quedas ou piorar quadros de saúde já existentes, como pressão alta e doenças cardíacas.

Animais de estimação

Pets também sofrem com os barulhos dos fogos. Durante as comemorações, é recomendável deixá-los em um ambiente seguro e silencioso dentro de casa, com portas e janelas fechadas.

 

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Mão-pé-boca: o que é, diagnóstico, sintomas e tratamento

18 de junho de 2025

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral comum, especialmente entre crianças de até cinco anos, mas que também pode afetar adolescentes e adultos. Causada principalmente pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, a condição é altamente contagiosa e costuma se espalhar em ambientes com grande aglomeração de crianças, como creches e escolas. O que […]

Mão-pé-boca: o que é, diagnóstico, sintomas e tratamento

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral comum, especialmente entre crianças de até cinco anos, mas que também pode afetar adolescentes e adultos. Causada principalmente pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, a condição é altamente contagiosa e costuma se espalhar em ambientes com grande aglomeração de crianças, como creches e escolas.

O que é?

Trata-se de uma enfermidade infecciosa caracterizada por pequenas lesões ou bolhas nas mãos, nos pés e na região da boca. Apesar de causar desconforto, a doença é geralmente benigna e autolimitada, ou seja, tende a desaparecer sozinha em poucos dias. No entanto, é fundamental manter atenção aos sintomas e ao diagnóstico correto para evitar complicações e impedir sua propagação.

Como a doença é transmitida?

A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções contaminadas (saliva, secreção nasal, fezes, fluidos das bolhas ou gotículas respiratórias). Superfícies contaminadas também podem abrigar o vírus. A fase de maior contágio geralmente se dá na primeira semana de sintomas, embora o vírus possa continuar presente nas fezes por semanas após a recuperação clínica.

Sintomas

Os primeiros sinais da mão-pé-boca lembram um quadro gripal leve. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Febre moderada;
  • Dor de garganta;
  • Mal-estar geral;
  • Falta de apetite.

Após 1 a 2 dias, surgem as lesões características: pequenas manchas ou bolhas dolorosas na boca (língua, gengivas e parte interna das bochechas), além de erupções nas palmas das mãos e plantas dos pés. Em alguns casos, as lesões podem aparecer também nas nádegas e na região genital. Crianças pequenas costumam apresentar irritabilidade e dificuldade para se alimentar, devido à dor causada pelas lesões orais.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é clínico e feito com base na observação dos sintomas e lesões características. Em casos de dúvida, ou quando há suspeita de outras doenças com sintomas semelhantes (como varicela ou herpes), exames laboratoriais podem ser solicitados para identificação do agente viral por meio de amostras de fezes, secreções da garganta ou fluido das bolhas.

Não existe um tratamento específico para a mão-pé-boca. O cuidado é voltado para o alívio dos sintomas. Em geral, são indicadas medidas como:

  • Uso de antitérmicos e analgésicos (como paracetamol ou ibuprofeno) para controlar febre e dor;
  • Hidratação constante;
  • Alimentação leve e fria, que não agrida as lesões orais;

É importante manter a higiene adequada, lavar as mãos com frequência e evitar o contato com outras pessoas enquanto houver sintomas, para reduzir o risco de transmissão.

Quando procurar ajuda médica?

Embora a doença seja autolimitada, algumas situações exigem avaliação médica imediata:

  • Febre alta persistente por mais de 48 horas;
  • Sinais de desidratação (boca seca, choro sem lágrimas, urina escassa);
  • Dificuldade para se alimentar ou ingerir líquidos;
  • Apatia ou sonolência excessiva;
  • Aparecimento de sintomas neurológicos, como rigidez na nuca ou convulsões (raros, mas possíveis em casos mais graves).

Prevenção

A principal forma de prevenção é a higiene. Lavar bem as mãos após usar o banheiro, antes das refeições e ao trocar fraldas, assim como higienizar brinquedos e superfícies com frequência, são atitudes essenciais. Crianças com sintomas devem ser afastadas temporariamente de ambientes coletivos até a completa recuperação.

 

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O que você precisa saber sobre o Dia Mundial do Doador de Sangue

14 de junho de 2025

O Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, é uma data oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicada à conscientização sobre a importância da doação voluntária e regular de sangue. A transfusão é um recurso essencial na medicina moderna, mas ainda depende exclusivamente da disponibilidade de doadores. Mesmo com campanhas […]

O que você precisa saber sobre o Dia Mundial do Doador de Sangue

O Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, é uma data oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicada à conscientização sobre a importância da doação voluntária e regular de sangue. A transfusão é um recurso essencial na medicina moderna, mas ainda depende exclusivamente da disponibilidade de doadores.

Mesmo com campanhas recorrentes, o índice de doação no Brasil está abaixo do recomendado: apenas cerca de 1,4% da população doa sangue com regularidade, enquanto a OMS estabelece como ideal ao menos 3%.

A seguir, veja as principais informações sobre quem pode doar, como funciona o processo e por que a doação é estratégica para o sistema de saúde.

Quem pode doar sangue?

A doação de sangue é regulamentada pela Anvisa e segue critérios técnicos rigorosos para garantir a segurança de quem doa e de quem recebe. Podem doar:

  • Pessoas entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização e presença de responsável legal);
  • Peso mínimo de 50 kg;
  • Estar em boas condições de saúde geral;
  • Estar alimentado (evitando alimentos gordurosos nas 4h anteriores) e bem hidratado;
  • Dormir ao menos 6 horas na noite anterior;
  • Apresentar documento oficial com foto.

Algumas condições temporárias ou permanentes podem impedir a doação, como uso recente de medicamentos específicos, febre, cirurgias recentes, viagens a áreas com risco de doenças endêmicas e comportamentos de risco.

Como funciona o processo?

O procedimento é simples, seguro e controlado. A doação segue as seguintes etapas:

  1. Cadastro e triagem clínica: o doador responde a um questionário sigiloso e passa por uma avaliação com profissionais de saúde.
  2. Coleta: a retirada de sangue dura entre 8 a 12 minutos, com material estéril e descartável.
  3. Pós-doação: após a coleta, o doador permanece em observação por cerca de 15 minutos e recebe um lanche leve.
  4. Exames: o sangue coletado é testado para doenças transmissíveis e separado em componentes: hemácias, plaquetas e plasma.

Cada doação pode beneficiar até quatro pacientes, dependendo do fracionamento e da necessidade hospitalar.

Onde doar?

As doações podem ser feitas nos hemocentros estaduais, em hospitais públicos e em unidades móveis (carros de coleta que circulam em locais públicos, empresas, escolas e eventos). Os principais centros estão habilitados a atender com agendamento prévio online ou presencial.

Com que frequência se pode doar?

  • Homens: a cada 2 meses, até 4 vezes por ano;
  • Mulheres: a cada 3 meses, até 3 vezes por ano.

A doação regular é essencial para manter os estoques em níveis estáveis. Há períodos críticos ao longo do ano, como feriados, inverno e campanhas de vacinação, nos quais as doações costumam cair drasticamente.

Por que doar sangue é estratégico?

A transfusão sanguínea é insubstituível em diversos contextos clínicos: cirurgias, transplantes, traumas, partos com complicações e tratamentos de doenças crônicas. Ainda não há substituto artificial para o sangue humano. Sem doadores regulares, o sistema de saúde público e privado enfrenta riscos operacionais e pode ter procedimentos cancelados por falta de insumos.

A manutenção de estoques seguros depende diretamente da adesão consciente e contínua da população apta a doar.

 

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Cuidar de quem se ama também é fazer check-up: o amor começa pela saúde

12 de junho de 2025

No Dia dos Namorados, celebrar o relacionamento vai muito além de presentes e jantares românticos. Demonstrar cuidado com quem se ama também passa por atitudes cotidianas, e uma das mais importantes é manter a saúde em dia. Fazer exames, checar indicadores importantes e acompanhar a saúde física e emocional são formas concretas de cultivar bem-estar […]

Cuidar de quem se ama também é fazer check-up: o amor começa pela saúde

No Dia dos Namorados, celebrar o relacionamento vai muito além de presentes e jantares românticos. Demonstrar cuidado com quem se ama também passa por atitudes cotidianas, e uma das mais importantes é manter a saúde em dia. Fazer exames, checar indicadores importantes e acompanhar a saúde física e emocional são formas concretas de cultivar bem-estar a dois.

Reunimos algumas formas de como a saúde pode (e deve) fazer parte da rotina dos casais.

Check-up em casal: mais leve e mais eficiente

Realizar exames de rotina em dupla pode tornar a experiência mais tranquila e menos adiada. Quando há parceria e incentivo mútuo, o cuidado com a saúde se torna mais consistente. Agendar exames juntos, por exemplo, ajuda a vencer a procrastinação e garante que ambos estejam atentos a possíveis alterações que precisam de acompanhamento.

Além disso, é uma forma de reforçar o compromisso com o futuro e com a qualidade de vida do casal.

Exames preventivos: o que cada um deve observar

Mesmo com rotinas diferentes, há exames básicos que todos devem realizar periodicamente, como:

  • Hemograma completo
  • Colesterol e glicemia
  • Funções hepáticas e renais
  • Dosagens hormonais
  • Exames de imagem indicados por faixa etária

Alguns exames são específicos para cada gênero, como o Papanicolau e mamografia e o PSA e toque retal. Conhecer e respeitar essas particularidades é parte do cuidado mútuo.

Saúde sexual: confiança também é prevenção

Manter a saúde sexual em dia é essencial em qualquer relacionamento. Isso inclui:

  • Exames periódicos para DSTs (como HIV, sífilis, hepatites e HPV)
  • Atualização da vacinação contra HPV
  • Acompanhamento ginecológico e urológico

A prevenção não indica desconfiança, mas sim maturidade e responsabilidade compartilhada. Além disso, alguns vírus ou infecções podem ser silenciosos por anos, reforçando a importância de exames mesmo na ausência de sintomas.

Planejamento familiar e fertilidade

Para casais que pensam em ter filhos, conhecer a saúde reprodutiva é um passo essencial. Avaliações hormonais, espermograma, ultrassonografias e outros exames ajudam a identificar possíveis obstáculos com antecedência, o que abre caminhos para um planejamento mais consciente e seguro.

Saúde emocional: um aspecto que não pode ser ignorado

Relacionamentos saudáveis também dependem da saúde mental dos envolvidos. Estresse, ansiedade, insônia e exaustão podem impactar o convívio e a qualidade de vida do casal. Estimular o diálogo, respeitar o espaço individual e, quando necessário, buscar apoio psicológico são práticas que fortalecem o vínculo.

 

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Transtornos alimentares: quando comer deixa de ser um ato natural

2 de junho de 2025

Os transtornos alimentares vão muito além de uma relação difícil com o espelho. Eles são distúrbios psicológicos sérios que afetam o comportamento alimentar e impactam diretamente a saúde física e emocional de quem sofre com eles. De maneira geral, envolvem uma obsessão com o peso, com o corpo ou com a alimentação. Mas por trás […]

Transtornos alimentares: quando comer deixa de ser um ato natural

Os transtornos alimentares vão muito além de uma relação difícil com o espelho. Eles são distúrbios psicológicos sérios que afetam o comportamento alimentar e impactam diretamente a saúde física e emocional de quem sofre com eles.

De maneira geral, envolvem uma obsessão com o peso, com o corpo ou com a alimentação. Mas por trás disso, o que existe é dor emocional, baixa autoestima, dificuldade de lidar com frustrações e, muitas vezes, traumas.

Três transtornos são mais conhecidos: anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar periódica. Todos envolvem padrões alimentares prejudiciais e distorções na percepção corporal.

Na anorexia nervosa, a pessoa tem um medo intenso de engordar e enxerga o próprio corpo de forma distorcida, mesmo quando está extremamente magra. Isso leva a dietas muito restritivas, jejuns prolongados e até práticas extremas como exercícios em excesso. É um dos transtornos com maior risco de morte.

A bulimia se caracteriza por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômitos induzidos ou uso de laxantes. Em geral, o peso da pessoa se mantém dentro da faixa considerada normal, o que dificulta o diagnóstico. Mas por trás disso, há muito sofrimento psíquico, culpa e vergonha.

Já a compulsão alimentar periódica envolve episódios frequentes de ingestão exagerada de alimentos, mesmo sem fome, seguidos de culpa, mas sem comportamentos compensatórios. Pode levar ao ganho de peso, mas o principal impacto está na saúde emocional.

Outros comportamentos alimentares problemáticos vêm ganhando atenção nos últimos anos. É o caso da ortorexia, uma obsessão por comer “limpo” ou saudável, que pode parecer positiva à primeira vista, mas causa restrições alimentares severas e isolamento social. E da vigorexia, em que a busca por um corpo musculoso se torna compulsiva. A pessoa treina de forma excessiva, abusa de suplementos e anabolizantes, mesmo já tendo um corpo forte, mas nunca o considera suficiente.

Esses transtornos podem afetar pessoas de todas as idades, gêneros e contextos sociais. No entanto, adolescentes e jovens adultos, especialmente mulheres, estão entre os grupos mais vulneráveis, especialmente em uma cultura que valoriza a magreza e impõe padrões estéticos irreais.

O diagnóstico é clínico e multidisciplinar, feito com o apoio de psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. O tratamento envolve psicoterapia (geralmente a abordagem cognitivo-comportamental), reeducação alimentar e, em alguns casos, uso de medicamentos.

Quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação. A escuta, o acolhimento e o apoio familiar são fundamentais para quebrar o ciclo de culpa, medo e negação que esses transtornos alimentares costumam envolver.

Ficar atento aos sinais faz diferença

Mudanças bruscas de peso, restrições alimentares injustificadas, obsessão com calorias, isolamento, distorção da imagem corporal e sentimentos constantes de inadequação devem acender um alerta.

Mais do que uma relação com a comida, esses transtornos revelam uma relação adoecida consigo mesmo. Falar sobre eles é o primeiro passo para romper o silêncio e garantir que mais pessoas recebam o cuidado que merecem.