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Exercício no pós-parto reduz risco de depressão e fortalece bem-estar da mãe

30 de maio de 2025

A maternidade é, sem dúvida, um dos períodos mais intensos da vida de uma mulher. Após o nascimento do bebê, inicia-se uma nova rotina repleta de alegrias, mas também de exigências físicas e emocionais. Nesse contexto, a depressão pós-parto se apresenta como uma condição de saúde mental preocupante, que atinge cerca de 1 em cada […]

Exercício no pós-parto reduz risco de depressão e fortalece bem-estar da mãe

A maternidade é, sem dúvida, um dos períodos mais intensos da vida de uma mulher. Após o nascimento do bebê, inicia-se uma nova rotina repleta de alegrias, mas também de exigências físicas e emocionais. Nesse contexto, a depressão pós-parto se apresenta como uma condição de saúde mental preocupante, que atinge cerca de 1 em cada 5 mães no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que muitos desconhecem, no entanto, é o papel fundamental que o exercício físico pode desempenhar na prevenção e no combate a esse quadro.

 

Estudo global confirma impacto positivo da atividade física

 Uma revisão sistemática feita pela Universidade de Alberta, no Canadá, revelou dados relevantes sobre o impacto do exercício no período pós-parto. Ao analisar 35 estudos realizados em 14 países com mais de 4 mil mulheres, os pesquisadores concluíram que a prática de atividade física regular pode reduzir significativamente os sintomas de depressão e ansiedade pós-parto, mesmo em casos leves ou moderados.

A pesquisa aponta que exercícios leves a moderados, como caminhadas rápidas, natação ou ciclismo, realizados por pelo menos 80 minutos semanais, já são capazes de trazer melhorias substanciais para a saúde mental das mães. Os benefícios são ainda mais expressivos quando a prática chega a 120 minutos por semana, conforme a recomendação da Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício.

Além da diminuição dos sintomas depressivos, as participantes relataram melhora na autoestima, na qualidade do sono e na disposição geral.

Benefícios que vão além do emocional

 Além de contribuir com a saúde mental, o exercício no pós-parto também oferece vantagens físicas importantes. A atividade ajuda na recuperação da musculatura abdominal e do assoalho pélvico, auxilia na perda do peso ganho na gestação, melhora a circulação e fortalece a imunidade.

A prática regular também favorece o retorno gradual à rotina anterior à gravidez e proporciona momentos de autocuidado que, muitas vezes, são deixados de lado diante da nova sobrecarga de tarefas com o bebê.

Adaptação e segurança são essenciais

 Apesar dos comprovados benefícios, é fundamental que o retorno à atividade física após o parto seja orientado por profissionais da saúde. Cada corpo reage de forma diferente, e fatores como tipo de parto, complicações obstétricas e condições clínicas preexistentes devem ser levados em consideração.

O ideal é que a mulher passe por uma avaliação médica antes de iniciar qualquer programa de exercícios. Em geral, os especialistas indicam que, em casos de parto normal sem complicações, a prática leve pode ser retomada entre duas a quatro semanas após o nascimento. Já em cesarianas, o tempo de espera costuma ser de seis a oito semanas.

Barreiras e soluções

Embora os benefícios sejam evidentes, muitas mulheres enfrentam dificuldades para incluir o exercício em sua rotina. O cansaço extremo, a falta de tempo, o medo de machucar-se e a ausência de apoio são alguns dos obstáculos mais comuns.

Especialistas recomendam alternativas práticas, como caminhadas com o bebê no carrinho ou no sling, aulas online específicas para o pós-parto e grupos de mães com práticas coletivas.

Outra solução é o envolvimento da rede de apoio, companheiros(as), familiares e amigos, para que a mãe tenha um tempo reservado para cuidar de si mesma. A valorização do autocuidado, muitas vezes negligenciada, é essencial para que ela se sinta segura, saudável e emocionalmente disponível para o bebê.

 

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Livros de colorir: passatempo infantil ou aliado contra o estresse?

21 de maio de 2025

Nas prateleiras das livrarias e papelarias, os livros de colorir para adultos já não são novidade. Com desenhos elaborados, mandalas e temas variados, eles conquistaram espaço entre quem busca uma pausa na rotina agitada. Mas será que colorir realmente ajuda a aliviar o estresse? A resposta da ciência e da prática clínica é: sim, pode […]

Livros de colorir: passatempo infantil ou aliado contra o estresse?

Nas prateleiras das livrarias e papelarias, os livros de colorir para adultos já não são novidade. Com desenhos elaborados, mandalas e temas variados, eles conquistaram espaço entre quem busca uma pausa na rotina agitada. Mas será que colorir realmente ajuda a aliviar o estresse? A resposta da ciência e da prática clínica é: sim, pode ajudar, e muito.

Colorir é mais que lazer: é autocuidado

Colorir ativa áreas do cérebro relacionadas à concentração e ao relaxamento. Durante a atividade, a atenção se volta para o momento presente, afastando pensamentos negativos e preocupações excessivas. Esse foco no “aqui e agora” é uma das bases das práticas de mindfulness, técnicas que têm mostrado benefícios importantes para a saúde mental.

Além disso, a escolha de cores, o movimento das mãos e o envolvimento com os desenhos estimulam a criatividade e proporcionam uma sensação de controle, o que pode ser reconfortante em tempos de incerteza ou ansiedade.

O que dizem os estudos?

Diversas pesquisas já apontaram os benefícios de atividades artísticas para o bem-estar emocional. Um estudo publicado no periódico Art Therapy mostrou que colorir mandalas por apenas 20 minutos já pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade.

Outro levantamento, feito com adultos que usaram livros de colorir regularmente durante algumas semanas, indicou melhora no humor, menor percepção de estresse e até melhora na qualidade do sono.

Sem pressa, sem cobrança

Diferente de outras formas de arte, os livros de colorir não exigem habilidades técnicas. E esse talvez seja um dos segredos do seu sucesso. A ausência de julgamento — tanto interno quanto externo — permite que a atividade seja vista como uma forma leve e acessível de desacelerar.

O importante é que a prática não se torne mais uma cobrança na rotina. O ideal é encarar o momento de colorir como um tempo para si, sem metas ou perfeccionismo.

Um recurso complementar

Vale lembrar que, embora os livros de colorir possam ser uma ferramenta útil no combate ao estresse e à ansiedade, eles não substituem acompanhamento psicológico ou psiquiátrico quando necessário. Para casos mais severos de sofrimento emocional, é fundamental procurar ajuda profissional.

 

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Tireoide: a glândula pequena que exerce um papel gigante na sua saúde

19 de maio de 2025

Discreta em tamanho, mas fundamental em função, a tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão. Com formato semelhante a uma borboleta, ela pode passar despercebida pela maioria das pessoas, até que algo saia do equilíbrio. E é exatamente por isso que entender sua importância e cuidar da saúde […]

Tireoide: a glândula pequena que exerce um papel gigante na sua saúde

Discreta em tamanho, mas fundamental em função, a tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão. Com formato semelhante a uma borboleta, ela pode passar despercebida pela maioria das pessoas, até que algo saia do equilíbrio. E é exatamente por isso que entender sua importância e cuidar da saúde da tireoide é essencial para o bom funcionamento do organismo.

O que faz a tireoide?

A tireoide produz hormônios que regulam o metabolismo, ou seja, a maneira como o corpo utiliza energia. Esses hormônios, principalmente a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), afetam praticamente todos os órgãos, influenciando desde os batimentos cardíacos até a temperatura corporal, o funcionamento do intestino e a saúde emocional.

Quando a tireoide funciona corretamente, o corpo segue em equilíbrio. Mas alterações na produção hormonal podem levar a doenças que impactam significativamente a qualidade de vida.

Principais distúrbios da tireoide

Doenças da tireoide são relativamente comuns e podem afetar pessoas de todas as idades, embora sejam mais frequentes em mulheres e em pessoas acima dos 35 anos. As principais condições incluem:

  • Hipotireoidismo: ocorre quando a tireoide produz hormônios em quantidade insuficiente. Os sintomas podem incluir cansaço excessivo, ganho de peso, constipação, depressão, queda de cabelo, pele seca e sensibilidade ao frio. A causa mais comum é a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune.
  • Hipertireoidismo: é o oposto do hipotireoidismo — a produção de hormônios é excessiva. Pode causar perda de peso repentina, nervosismo, insônia, aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da sudorese. A doença de Graves, também autoimune, é uma das principais causas.
  • Nódulos e câncer de tireoide: nódulos são massas que se formam na glândula, e a maioria deles é benigna. Porém, em alguns casos, podem indicar câncer. A detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz.
  • Bócio: é o aumento visível da glândula tireoide, que pode ou não estar associado a alterações hormonais.

Quando procurar um médico?

Sintomas como alterações inexplicáveis de peso, fadiga persistente, alterações no ritmo cardíaco, queda de cabelo ou mudanças de humor frequentes podem ser sinais de que algo não vai bem com a tireoide. Um simples exame de sangue (TSH, T3 e T4) pode ajudar no diagnóstico.

Além disso, a palpação do pescoço durante exames de rotina e, quando necessário, exames de imagem como ultrassonografia, são ferramentas importantes na identificação de alterações estruturais na glândula.

A importância do acompanhamento e do tratamento

O acompanhamento médico, especialmente com um endocrinologista, é fundamental. Distúrbios da tireoide costumam ter controle eficaz com medicamentos, e, em casos mais graves, com cirurgia ou outros tratamentos especializados. A boa notícia é que, com o tratamento adequado, é possível levar uma vida normal e saudável.

Cuidar da tireoide é cuidar do corpo como um todo. Ficar atento aos sinais do organismo e realizar exames periódicos são atitudes simples que fazem grande diferença para manter o equilíbrio da saúde.

 

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Dia Mundial do Lúpus: o que você precisa saber sobre a doença autoimune que ainda é subestimada

10 de maio de 2025

O Dia Mundial do Lúpus, celebrado em 10 de maio, chama atenção para uma doença crônica, inflamatória e autoimune que afeta milhões de pessoas no mundo. Ainda pouco compreendida pela população em geral, o lúpus é uma condição complexa que exige atenção contínua, diagnóstico precoce e acompanhamento médico multidisciplinar. O que é o lúpus? O […]

Dia Mundial do Lúpus: o que você precisa saber sobre a doença autoimune que ainda é subestimada

O Dia Mundial do Lúpus, celebrado em 10 de maio, chama atenção para uma doença crônica, inflamatória e autoimune que afeta milhões de pessoas no mundo. Ainda pouco compreendida pela população em geral, o lúpus é uma condição complexa que exige atenção contínua, diagnóstico precoce e acompanhamento médico multidisciplinar.

O que é o lúpus?

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de agentes externos, passa a atacar os próprios tecidos saudáveis. Isso desencadeia inflamações que podem atingir a pele, articulações, rins, cérebro, pulmões, coração e outros órgãos vitais. Existem diferentes tipos da doença, sendo o mais comum o lúpus eritematoso sistêmico (LES), que pode causar manifestações em várias partes do corpo.

Quem pode desenvolver a doença?

Embora qualquer pessoa possa desenvolver lúpus, a maioria dos casos ocorre em mulheres entre 15 e 45 anos, com maior prevalência em pessoas negras, hispânicas e asiáticas. A causa exata da doença ainda não é totalmente conhecida, mas fatores genéticos, hormonais e ambientais (como exposição ao sol ou infecções virais) podem desencadear ou agravar os sintomas.

Sintomas variáveis e silenciosos

O lúpus é conhecido como “doença das mil faces” justamente por sua variedade de manifestações clínicas, o que pode dificultar o diagnóstico. Os sintomas mais comuns incluem fadiga intensa, dores nas articulações, febre, queda de cabelo, feridas na boca, manchas na pele (especialmente em forma de “asa de borboleta” sobre o rosto) e sensibilidade à luz solar. Em casos mais graves, pode haver comprometimento de órgãos como rins e pulmões.

Diagnóstico e acompanhamento

Não existe um exame específico que confirme o lúpus, o que torna o processo diagnóstico dependente de uma combinação de análises laboratoriais, sintomas clínicos e histórico médico do paciente. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de controlar a doença e evitar complicações.

Tratamento e qualidade de vida

Embora o lúpus não tenha cura, o tratamento adequado permite controlar a atividade da doença e proporcionar qualidade de vida. O tratamento pode incluir anti-inflamatórios, imunossupressores, corticoides e medicamentos específicos para proteger os órgãos afetados. Mudanças no estilo de vida também são recomendadas, como proteção solar diária, alimentação balanceada, acompanhamento psicológico e prática moderada de exercícios físicos.

A importância da conscientização

Datas como o Dia Mundial do Lúpus têm um papel fundamental na disseminação de informações confiáveis, no combate ao preconceito e na valorização da escuta ao paciente. A invisibilidade dos sintomas e o caráter intermitente da doença ainda geram incompreensão social e atrasos no atendimento adequado. Campanhas de informação contribuem para acelerar diagnósticos, reduzir estigmas e promover políticas públicas de suporte às pessoas com lúpus.

Neste 10 de maio, a mensagem é clara: conhecer o lúpus é o primeiro passo para enfrentá-lo. A atenção à saúde e o acesso a um diagnóstico precoce são fundamentais para mudar a realidade de quem convive com a doença.

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Pequenas pausas, grandes impactos: formas de aliviar o estresse no dia a dia

6 de maio de 2025

A rotina acelerada, a sobrecarga de tarefas e a constante conectividade fazem do estresse um dos principais desafios da vida moderna. Embora seja uma resposta natural do organismo, o estresse crônico pode impactar negativamente a saúde física e mental, afetando desde o sono até o sistema imunológico. Por isso, adotar estratégias simples para aliviar a […]

Pequenas pausas, grandes impactos: formas de aliviar o estresse no dia a dia

A rotina acelerada, a sobrecarga de tarefas e a constante conectividade fazem do estresse um dos principais desafios da vida moderna. Embora seja uma resposta natural do organismo, o estresse crônico pode impactar negativamente a saúde física e mental, afetando desde o sono até o sistema imunológico. Por isso, adotar estratégias simples para aliviar a tensão ao longo do dia é fundamental para o bem-estar.

Respire com consciência

A respiração é uma ferramenta poderosa — e gratuita — para acalmar o corpo e a mente. Técnicas de respiração profunda e ritmada, como a respiração diafragmática, podem ser feitas em poucos minutos e ajudam a reduzir a frequência cardíaca e a ansiedade. Pausar por alguns instantes e focar apenas na respiração é uma maneira eficaz de recuperar o equilíbrio em momentos de tensão.

Faça pequenas pausas

Intercalar períodos de trabalho com breves intervalos melhora a concentração e reduz o cansaço mental. Levantar-se da cadeira, esticar o corpo ou dar uma volta rápida já é suficiente para renovar a energia. A técnica Pomodoro, por exemplo, propõe ciclos de 25 minutos de foco com 5 minutos de pausa — e tem se mostrado eficaz para manter a produtividade sem sobrecarregar o cérebro.

Movimente o corpo

O exercício físico libera endorfinas, substâncias associadas à sensação de prazer e relaxamento. Caminhadas, alongamentos ou até uma breve sessão de dança em casa podem ajudar a aliviar a tensão acumulada. A prática regular de atividade física, mesmo que leve, é uma das formas mais recomendadas de combater os efeitos do estresse.

Desconecte-se por alguns minutos

O excesso de informações e notificações contribui para a sensação de sobrecarga mental. Reservar momentos do dia para se desconectar das telas, principalmente das redes sociais, pode ser um alívio para a mente. Silenciar o celular, fechar abas desnecessárias no computador ou praticar o chamado “detox digital” são atitudes simples que reduzem o estímulo constante ao cérebro.

Alimente-se de forma equilibrada

A alimentação influencia diretamente o humor e os níveis de energia. Evitar o excesso de cafeína, açúcares e alimentos ultraprocessados ajuda a estabilizar o organismo. Frutas, vegetais, oleaginosas e alimentos ricos em triptofano (como banana, abacate e chocolate amargo) favorecem a produção de serotonina, o neurotransmissor do bem-estar.

Meditação e atenção plena

A prática da meditação e do mindfulness (atenção plena) ensina a focar no momento presente e a lidar com os pensamentos de forma mais saudável. Aplicativos gratuitos, vídeos guiados e até um minuto de silêncio consciente já podem fazer diferença no controle do estresse cotidiano.

Durma bem e respeite seus limites

Por fim, mas não menos importante, o descanso adequado é essencial para a regulação emocional. Dormir mal aumenta a irritabilidade e reduz a capacidade de lidar com pressões diárias. Estabelecer uma rotina de sono e aprender a dizer “não” quando necessário são formas de proteger a saúde mental e evitar a exaustão.

Aliviar o estresse não exige grandes mudanças: pequenas ações, incorporadas ao dia a dia, são suficientes para tornar a rotina mais leve e equilibrada. O autocuidado não é luxo, é necessidade.