Nova vacina contra bronquiolite é aprovada pela Anvisa
No dia 4 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o seu parecer favorável ao registro da Arexvy, a mais recente vacina desenvolvida pela GlaxoSmith Kline para prevenir a bronquiolite em idosos. Este marco representa o primeiro imunizante direcionado ao vírus sincicial respiratório (VSR), reconhecido como o principal causador da bronquiolite. A […]
No dia 4 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o seu parecer favorável ao registro da Arexvy, a mais recente vacina desenvolvida pela GlaxoSmith Kline para prevenir a bronquiolite em idosos. Este marco representa o primeiro imunizante direcionado ao vírus sincicial respiratório (VSR), reconhecido como o principal causador da bronquiolite. A previsão é que a vacina esteja disponível no mercado brasileiro a partir de junho de 2024, com um lançamento inicial na rede privada.
A aprovação do registro é de grande importância devido à sua atuação contra o VSR, um vírus associado à bronquiolite, uma condição debilitante, especialmente em idosos. A Arexvy será administrada por via intramuscular em dose única para pessoas com mais de 60 anos.
A bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos pulmonares terminais, afetando as vias aéreas mais finas responsáveis pela condução do ar para os
pulmões. O VSR é reconhecido como o principal causador de bronquiolite e pneumonia em crianças pequenas e idosos.
Quanto ao funcionamento da vacina Arexvy, ela é baseada na tecnologia de proteína recombinante, onde uma substância similar à encontrada na superfície do VSR é produzida em laboratório para estimular a produção de anticorpos. A aprovação pela Anvisa representa a primeira etapa para a comercialização no Brasil, seguida pelo processo de registro de preços na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Apesar da expectativa de disponibilidade em junho de 2024, inicialmente na rede privada, a incorporação da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) demandará uma avaliação rigorosa, incluindo considerações sobre preço e impacto na saúde pública.
O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre os próximos passos após a aprovação do registro. A relevância da vacina reside na prevenção de síndromes respiratórias graves causadas pelo VSR, especialmente em idosos, que enfrentam maior risco de complicações, hospitalizações e infecções bacterianas associadas.
O VSR, terceiro vírus mais prevalente em infecções respiratórias em idosos, pode resultar em exacerbações de patologias respiratórias crônicas, com taxas de morbidade e mortalidade superiores às causadas pelo influenza. A vacinação torna-se crucial, visto que a infecção natural pelo VSR não confere imunidade completa, permitindo infecções sintomáticas recorrentes, principalmente em adultos com comorbidades e idosos, devido ao declínio da função imunológica relacionado à idade.