Câncer do colo do útero: mulheres com ansiedade e depressão têm mais chances de desenvolver a doença
O câncer do colo do útero é um dos mais comuns entre as mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2023 são esperados cerca de 10 mil casos novos em todo o país – tornando-o o terceiro câncer mais frequente entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não […]
O câncer do colo do útero é um dos mais comuns entre as mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2023 são esperados cerca de 10 mil casos novos em todo o país – tornando-o o terceiro câncer mais frequente entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma.
Embora o tabagismo e a infecção por HPV sejam os principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, uma pesquisa publicada pela revista The Lancet Public Health descobriu que mulheres com doenças como ansiedade e depressão têm mais chance de desenvolver câncer de colo de útero.
De acordo com os cientistas, mulheres com doenças mentais, distúrbios psiquiátricos e histórico de abuso de substâncias devem ser consideradas parte dos grupos de risco para a doença.
Isso ocorre por uma série de razões. A principal delas é que essas pacientes muitas vezes precisam de cuidados especializados; caso não tenham tratamento adequado, as chances de infecção por HPV aumentam consideravelmente.
Além disso, muitas dessas mulheres têm vergonha de se consultar com um ginecologista ou não possuem acesso aos serviços de saúde, possibilitando que o tumor cresça sem ser diagnosticado.
De maneira semelhante, quanto menor o poder aquisitivo da mulher afetada, maiores as chances que o câncer não seja identificado em seus estágios iniciais.
O que é o câncer do colo do útero
De evolução lenta, o câncer do colo do útero acomete principalmente mulheres com mais de 25 anos. Nas fases iniciais, o câncer é muitas vezes assintomático.
Quando os sintomas aparecem, incluem:
● Corrimento vaginal;
● Sangramento vaginal, especialmente após as relações sexuais;
● Massa palpável no colo do útero;
● Dor abdominal;
● Perda de peso e de apetite.
O exame papanicolau é essencial para diagnosticar lesões pré-cancerígenas. A colposcopia também ajuda o ginecologista a identificar possíveis tumores.
A confirmação definitiva do câncer de colo de útero, entretanto, só pode ser feita por meio de uma biópsia.
Exames de imagem como a Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética ajudam a identificar o tamanho do tumor e se ele já se espalhou para outras partes do corpo (metástase).
Prevenindo o câncer do colo do útero
A vacina contra o HPV é uma medida preventiva importante contra o câncer do colo do útero. No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida para meninas de 9 a 14 anos.
Além disso, meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e transplantados entre 9 e 26 anos também podem se vacinar pela rede pública.