Outubro Rosa: 74 mil novos casos de câncer de mama em 2023 reforçam a importância da prevenção

O mês de outubro marca o início de uma das campanhas de conscientização mais importantes no campo da saúde: o Outubro Rosa. Este movimento global visa aumentar a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, uma doença que atinge milhões de mulheres em todo o mundo e é responsável por milhares de mortes a cada ano. Desde sua criação, a campanha tem incentivado mulheres de todas as idades a realizarem exames preventivos regulares, buscando a detecção precoce e o tratamento adequado.

A história do Outubro Rosa

O Outubro Rosa surgiu na década de 1990 nos Estados Unidos, quando entidades e organizações de saúde começaram a promover atividades voltadas à prevenção do câncer de mama, destacando a importância do diagnóstico precoce. A campanha rapidamente ganhou visibilidade e foi adotada em outros países, tornando-se um símbolo internacional de luta contra a doença.

A cor rosa, associada ao movimento, simboliza a luta das mulheres contra o câncer de mama e a solidariedade em torno dessa causa. No Brasil, a campanha foi oficialmente introduzida em 2002 e, desde então, tem se consolidado como uma das mais importantes do calendário de saúde pública, com ações que abrangem a iluminação de monumentos, campanhas publicitárias e mutirões de exames preventivos.

Dados oficiais sobre o câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, respondendo por aproximadamente 25% de todos os casos novos a cada ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, somente em 2023, serão diagnosticados cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama. A doença é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no país, com mais de 18 mil óbitos por ano.

Embora a maioria dos casos ocorra em mulheres acima dos 50 anos, o câncer de mama pode atingir mulheres de qualquer idade. No entanto, quando detectado precocemente, as chances de cura são significativamente aumentadas. Segundo o INCA, a taxa de sobrevida global após cinco anos do diagnóstico chega a 90% quando a doença é identificada em estágio inicial.

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é o principal aliado na luta contra o câncer de mama. O autoexame das mamas, embora não substitua exames clínicos, é uma ferramenta importante para que a mulher conheça seu corpo e perceba alterações como nódulos, alterações no formato das mamas ou secreções anormais.

Os exames de imagem, como a mamografia, são fundamentais para detectar lesões em estágio inicial, antes que elas possam ser sentidas. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres com mais de 40 anos realizem mamografias anuais. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama, os exames devem começar ainda mais cedo, a partir dos 35 anos.

Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente exames de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária considerada de maior risco. Em 2022, o Ministério da Saúde reportou que mais de 3 milhões de mamografias foram realizadas no Brasil, sendo um número significativo, mas ainda abaixo do ideal considerando a população-alvo.