Quem pode ser um doador de órgãos?
A doação de órgãos é um ato de generosidade que pode salvar muitas vidas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem pode ser um doador. Será que todos são elegíveis para doar órgãos? E quais são os critérios médicos e legais envolvidos? Neste texto, vamos esclarecer essas e outras questões para ajudar a entender […]
A doação de órgãos é um ato de generosidade que pode salvar muitas vidas, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quem pode ser um doador. Será que todos são elegíveis para doar órgãos? E quais são os critérios médicos e legais envolvidos?
Neste texto, vamos esclarecer essas e outras questões para ajudar a entender quem pode se tornar um doador de órgãos, seja em vida ou após a morte.
Doador falecido: quem pode doar?
Quando falamos de doação de órgãos, a maioria das doações acontece a partir de doadores falecidos. Mas, para que a doação seja possível, algumas condições precisam ser atendidas. Primeiramente, o diagnóstico de morte encefálica é fundamental. A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais, sendo diferente do estado de coma. Esse diagnóstico é rigorosamente regulamentado por protocolos médicos, envolvendo uma série de testes para confirmar a ausência de atividade cerebral.
Além do diagnóstico de morte encefálica, a saúde geral dos órgãos é um fator determinante. Mesmo em casos de morte encefálica, a pessoa deve ter órgãos viáveis para a doação. Por exemplo, órgãos como coração, pulmões, rins, fígado e pâncreas precisam estar em boas condições para serem transplantados com sucesso. Os potenciais doadores podem ser de diversas faixas etárias, dependendo do órgão em questão. Em geral, os órgãos de doadores mais jovens são preferidos, mas órgãos de pessoas idosas também podem ser viáveis, especialmente os rins e o fígado.
A importância da família
Mesmo que alguém tenha manifestado em vida o desejo de ser doador, a decisão final cabe à família. Por isso, é importante que as pessoas que desejam doar seus órgãos conversem com seus familiares sobre essa vontade, deixando claro seu desejo de ajudar a salvar vidas.
Doador vivo: quais são os critérios?
A doação em vida é uma opção para pessoas saudáveis que desejam doar um órgão ou parte dele. Os órgãos mais comuns para doação em vida são os rins e parte do fígado. Isso ocorre porque uma pessoa pode viver com um único rim e o fígado tem a capacidade de se regenerar, permitindo que o doador e o receptor fiquem bem após a cirurgia.
Para ser um doador vivo, a pessoa deve passar por uma avaliação médica completa. Essa avaliação inclui exames físicos, laboratoriais e psicológicos para garantir que a doação não colocará a saúde do doador em risco. O potencial doador deve estar em boas condições de saúde, sem doenças crônicas ou infecciosas que possam ser transmitidas ao receptor. Além disso, é essencial que o doador esteja plenamente consciente e de acordo com a doação, sem qualquer tipo de pressão ou coação.
Compatibilidade e legislação
Na doação em vida, a compatibilidade entre o doador e o receptor é um fator importante. No caso de doação de rins, por exemplo, é necessário verificar a compatibilidade sanguínea e imunológica para reduzir o risco de rejeição do órgão. Legalmente, a doação em vida é permitida desde que sejam respeitadas todas as normas e procedimentos, como a autorização formal do doador e a avaliação ética da equipe médica.
Quem não pode ser um doador de órgãos?
Apesar de muitas pessoas serem elegíveis para doar, existem algumas situações que podem impedir a doação de órgãos. Em geral, pessoas com certas doenças infecciosas, como HIV não controlado, hepatites ativas ou infecções sistêmicas, não são consideradas doadoras elegíveis. Da mesma forma, alguns tipos de câncer podem inviabilizar a doação.
No caso de doadores vivos, além das condições médicas, é necessário que o doador tenha idade mínima e que a doação seja voluntária, sem qualquer tipo de coerção ou benefício financeiro, pois a venda de órgãos é ilegal e considerada antiética.