Praticar exercícios de 2 a 3 vezes por semana pode diminuir o risco de insônia
Não é novidade que a prática de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Além de auxiliar na manutenção do peso, melhorar a saúde mental e prevenir doenças cardiovasculares, o exercício físico também pode ajudar a evitar e reduzir os sintomas de insônia, de acordo com um novo estudo. A pesquisa, publicada na revista […]
Não é novidade que a prática de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Além de auxiliar na manutenção do peso, melhorar a saúde mental e prevenir doenças cardiovasculares, o exercício físico também pode ajudar a evitar e reduzir os sintomas de insônia, de acordo com um novo estudo.
A pesquisa, publicada na revista científica BMJ Open, indica que se exercitar duas a três vezes por semana está associado a um menor risco de insônia a longo prazo. Além disso, a prática regular de exercícios contribui para alcançar as 6 a 9 horas de sono recomendadas por noite.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram a frequência, duração e intensidade da atividade física semanal, bem como os sintomas de insônia, aumento do sono noturno e sonolência diurna em adultos de meia-idade em nove países europeus.
O estudo contou com a participação de 4.399 pessoas, cujos dados foram coletados da Pesquisa de Saúde Respiratória da Comunidade Europeia. Os participantes responderam a perguntas sobre a frequência e duração da atividade física no início do estudo. Dez anos depois, responderam novamente sobre atividade física, duração do sono e sonolência diurna.
Os participantes que se exercitavam pelo menos duas vezes por semana, por uma hora ou mais, foram considerados fisicamente ativos.
Durante os 10 anos de estudo, 37% dos participantes permaneceram inativos; 18% se tornaram fisicamente ativos; 20% ficaram inativos; e 25% foram ativos durante todo o período do estudo.
Após ajustar os dados para idade, sexo, peso (IMC), histórico de tabagismo e região de residência dos participantes, o estudo descobriu que aqueles que sempre foram ativos tinham 42% menos chance de ter dificuldade para dormir, 22% menos probabilidade de ter qualquer sintoma de insônia e 40% menos chances de apresentar dois ou três sintomas relacionados ao distúrbio.
Quanto ao total de horas de sono noturno e à sonolência diurna, os participantes que sempre foram ativos tinham 55% maior probabilidade de dormir normalmente, 29% menos chance de ter sono curto (seis horas ou menos) e 52% menos chance de ter sono longo (mais de 9 horas).
Entre aqueles que se tornaram ativos ao longo dos 10 anos de estudo, as chances de terem sono normal eram 21% maiores do que aqueles que permaneceram inativos durante todo o período.
“Nossos resultados estão de acordo com estudos anteriores que mostraram o efeito benéfico da atividade física nos sintomas de insônia. No entanto, o estudo atual destaca a importância da consistência no exercício ao longo do tempo, pois a associação foi perdida para indivíduos que inicialmente eram ativos, mas se tornaram inativos”, afirmam os autores do estudo em comunicado à imprensa.