Desconstruindo expressões capacitistas: um passo em direção à inclusão no Dia da Pessoa com Deficiência Física
No dia 11 de outubro, celebramos o Dia da Pessoa com Deficiência Física, uma data que nos convida a refletir sobre a inclusão e a igualdade para todos, independentemente das suas habilidades físicas. Nesta ocasião especial, é fundamental conscientizarmos sobre o poder das palavras e como algumas expressões que usamos podem perpetuar estigmas e discriminação. […]
No dia 11 de outubro, celebramos o Dia da Pessoa com Deficiência Física, uma data que nos convida a refletir sobre a inclusão e a igualdade para todos, independentemente das suas habilidades físicas. Nesta ocasião especial, é fundamental conscientizarmos sobre o poder das palavras e como algumas expressões que usamos podem perpetuar estigmas e discriminação.
Neste artigo, destacamos 10 expressões capacitistas que devemos eliminar do nosso vocabulário, promovendo assim um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas.
1. “Deficiente” ou “Portador de Deficiência”
Substitua por: “Pessoa com Deficiência”
A linguagem centrada na pessoa enfatiza a individualidade e dignidade, enquanto termos como “deficiente” rotulam a pessoa pela sua condição.
2. “Cego” ou “Surdo-Mudo”
Substitua por: “Pessoa com Deficiência Visual” ou “Pessoa Surda”
Focar na deficiência em vez da pessoa é redutor e desrespeitoso. Utilize termos que destacam a pessoa antes da sua condição.
3. “Aleijado” ou “Inválido”
Substitua por: “Pessoa com Mobilidade Reduzida”
Estes termos são pejorativos e desumanizam. Opte por expressões que descrevam a situação de forma neutra e respeitosa.
4. “Retardado”
Substitua por: “Pessoa com Deficiência Intelectual”
O termo “retardado” é altamente ofensivo. Use linguagem que respeite a dignidade e valor de cada indivíduo.
5. “Louco” ou “Doido”
Substitua por: “Pessoa com Problemas de Saúde Mental”
Estigmas em torno de doenças mentais perpetuam o preconceito. Utilize termos que promovam compreensão e empatia.
6. “Normal”
Evite este termo, pois implica que existe um padrão único de normalidade. Em vez disso, use descrições específicas quando necessário.
7. “Incapaz” ou “Impotente”
Substitua por: “Pessoa com Limitações”
Estes termos desvalorizam as habilidades das pessoas com deficiência. Opte por palavras que reconheçam suas capacidades e talentos.
8. “Sofre de”
Substitua por: “Vive com”
A expressão “sofre de” cria uma narrativa de vitimização. Em vez disso, use termos que enfatizem a resiliência e a força das pessoas com deficiência.
9. “Está Confinado a uma Cadeira de Rodas”
Substitua por: “Usa uma Cadeira de Rodas”
A primeira expressão sugere prisão, enquanto a segunda descreve apenas um meio de mobilidade. Use linguagem que seja precisa e não estigmatizante.
10. “Normal vs. Deficiente”
Evite comparações que estabeleçam uma dicotomia entre pessoas com e sem deficiência. Em vez disso, promova a ideia de diversidade e aceitação de todas as formas de habilidades.
Ao adotarmos uma linguagem inclusiva e respeitosa, contribuímos para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária para todas as pessoas, independentemente de suas capacidades físicas.