Varíola dos macacos: como funcionam o remédio e a vacina aprovados no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, recentemente, a liberação da vacina Jynneos/Imvanex e do medicamento tecovirimat contra a varíola dos macacos (também chamada de monkeypox) no Brasil. Ambos os produtos foram aprovados em caráter temporário e excepcional, ou seja, podem ser utilizados apenas por seis meses, salvo recomendação contrária da Anvisa. Saiba como […]
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, recentemente, a liberação da vacina Jynneos/Imvanex e do medicamento tecovirimat contra a varíola dos macacos (também chamada de monkeypox) no Brasil.
Ambos os produtos foram aprovados em caráter temporário e excepcional, ou seja, podem ser utilizados apenas por seis meses, salvo recomendação contrária da Anvisa.
Saiba como funcionam a vacina e o remédio aprovados contra a varíola dos macacos.
Como funciona a vacina Jynneos/Imvanex
De acordo com o ministério da Saúde, a vacina Jynneos (nome utilizado nos Estados Unidos) ou Imvanex (como é conhecida na Europa) deve chegar ao Brasil no mês de setembro.
O imunizante é produzido com uma versão atenuada do vírus vaccinia da cepa Ankara, estreitamente relacionado com o vírus da varíola. Por estar enfraquecido, o vírus presente na vacina não tem capacidade de provocar a doença e estimula as defesas do corpo contra a varíola.
A vacina deve ser aplicada em pessoas com mais de 18 anos e tem um esquema de duas doses com um intervalo de quatro semanas entre elas. A expectativa dos cientistas é de que a vacina Jynneos/Imvanex tenha uma eficácia de 85% no combate à varíola dos macacos.
Como funciona o tecovirimat
O tecovirimat é um medicamento antiviral, na forma de cápsula dura de 200 mg, que deve ser administrado por via oral. O fármaco age impedindo a formação do envelope viral, evitando que as partículas do vírus infectem outras células do organismo.
Dessa maneira, o tecovirimat impede a disseminação do vírus da varíola dos macacos pelo corpo e o desenvolvimento de casos graves.
O medicamento será distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, ao menos em um primeiro momento, deve ser administrado em pacientes com manifestações mais graves da varíola dos macacos, que apresentem sintomas como proctite (lesão retal), aparecimento de muitas lesões e acometimento da retina.