Alzheimer: entenda o que é a doença, quais os sintomas e como se prevenir
Responsável por entre 60% a 80% dos casos de demência em idosos, a doença de Alzheimer caracteriza-se pela perda gradual das funções cognitivas, como a memória e a linguagem. Saiba o que é a doença de Alzheimer, quais os principais sintomas e como proceder após o diagnóstico. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas […]
Responsável por entre 60% a 80% dos casos de demência em idosos, a doença de Alzheimer caracteriza-se pela perda gradual das funções cognitivas, como a memória e a linguagem. Saiba o que é a doença de Alzheimer, quais os principais sintomas e como proceder após o diagnóstico.
No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com algum tipo de demência, e uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) indica que esse número pode chegar a 4 milhões em 30 anos.
A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum, e é caracterizada pela degeneração do tecido cerebral, com o acúmulo de uma proteína anormal chamada beta-amiloide e a destruição de células do sistema nervoso. À medida que avança, o Alzheimer provoca problemas de memória, comportamento, comunicação e pensamento.
Não se sabe ainda o que provoca a neurodegeneração característica do Alzheimer, mas pesquisas indicam que a predisposição genética tem papel fundamental para o desenvolvimento da doença.
Além disso, condições como hipertensão, diabetes, sedentarismo e obesidade podem contribuir para o aparecimento do problema.
Quais os sintomas do Alzheimer?
Com a progressiva degeneração do tecido cerebral, os sintomas se desenvolvem gradualmente, e na fase inicial se manifestam de forma branda. Os primeiros sinais comumente aparecem por volta dos 65 anos, mas eles podem ocorrer antes disso.
O primeiro sintoma geralmente é o esquecimento de eventos recentes, já que a doença torna mais difícil a formação de memórias novas.
Podem ocorrer também alterações de personalidade, como o desenvolvimento de ansiedade, depressão ou medos irracionais. Dificuldades na fala e na execução de tarefas cotidianas também são manifestações frequentes.
Conforme a doença progride, os sintomas vão se tornando mais acentuados e incluem:
- Perda de memória, inclusive informações sobre pessoas, locais e eventos;
- Dificuldades na resolução de problemas e execução de tarefas cotidianas, como dirigir;
- Desorientação e confusão;
- Dificuldade de coordenação motora;
- Dificuldade em entender e acompanhar pensamentos e conversas complexas;
- Problemas de comunicação, incluindo o esquecimento de palavras;
- Irritabilidade, agressividade e tendência ao isolamento.
Nos estágios mais avançados, a pessoa acometida tem dificuldade em lembrar de acontecimentos passados, precisa de ajuda para se alimentar e tomar banho, e desenvolve confusão crescente, não reconhecendo pessoas da própria família e até a própria casa.
Caso um idoso que você conheça desenvolva algum dos sintomas característicos do Alzheimer, é importante levá-lo para uma avaliação médica o mais rapidamente possível.
Diagnóstico e tratamento do Alzheimer
Não existe ainda um teste específico para o diagnóstico da doença de Alzheimer, e a condição só pode ser confirmada definitivamente por meio da biópsia do tecido cerebral.
O diagnóstico é realizado por meio da avaliação médica, que inclui averiguação do histórico familiar, testes neurológicos e cognitivos, exames de imagem do cérebro e exames de sangue, que ajudam a descartar outras causas de demência.
O apoio de amigos e familiares é fundamental no momento do diagnóstico, e é importante que os cuidadores mantenham um diário com a evolução dos sintomas. A manutenção da produtividade e de certos níveis de independência da pessoa acometida é recomendada sempre que possível.
O Alzheimer não tem cura e o objetivo principal do tratamento é retardar a evolução da doença, além de preservar as funções cerebrais.
Como prevenir a doença de Alzheimer
Algumas medidas podem ser adotadas na tentativa de prevenir o desenvolvimento do Alzheimer:
- Controlar os níveis de colesterol e a pressão sanguínea;
- Praticar exercícios físicos com regularidade;
- Realizar atividades que estimulem o cérebro, como ler, resolver palavras cruzadas e aprender novas habilidades.