Nova vacina contra herpes-zóster chega ao Brasil: quem pode tomar?
Muitas pessoas tiveram catapora durante a infância ou foram vacinadas contra a doença. Mas nem todo mundo sabe que o vírus que provoca a catapora, o varicela-zoster, permanece no corpo da pessoa infectada e pode gerar uma outra condição anos mais tarde, chamada de herpes-zoster. A boa notícia é que o Brasil acaba de receber […]
Muitas pessoas tiveram catapora durante a infância ou foram vacinadas contra a doença. Mas nem todo mundo sabe que o vírus que provoca a catapora, o varicela-zoster, permanece no corpo da pessoa infectada e pode gerar uma outra condição anos mais tarde, chamada de herpes-zoster. A boa notícia é que o Brasil acaba de receber uma nova vacina contra o herpes-zoster.
A vacina é chamada de Shingrix, do laboratório GSK, e é aplicada em duas doses. O público-alvo é composto por pessoas acima de 50 anos e imunossuprimidos.
O imunizante chega em um momento importante, considerando que, de acordo com um estudo baseado em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), os casos de herpes-zoster cresceram 35% durante a pandemia de Covid-19.
Os pesquisadores suspeitam que o aumento do estresse e ansiedade durante a pandemia seja responsável por uma queda na imunidade dos pacientes, o que favorece o aparecimento da doença.
O que é o herpes-zoster?
A maior parte das pessoas tem contato com o varicela-zoster na infância – algumas desenvolvem a catapora, outras não. Depois desse primeiro contato, o vírus pode permanecer por anos no organismo sem se manifestar.
Em casos de baixa imunidade provocada por uma outra doença ou pela idade, ele é reativado, provocando o herpes-zoster, condição popularmente conhecida como “cobreiro”.
Os principais sintomas incluem o aparecimento de vesículas e bolhas dolorosas nas partes do corpo onde o vírus estava situado. Os locais mais comuns de surgimento das lesões são o tronco, abdômen e a face.
Muito raramente, o vírus pode provocar a síndrome de Ramsay-Hunt, uma inflamação em um nervo da face que leva à paralisia dos músculos do rosto.
Nova vacina contra o herpes-zoster: quem pode tomar?
O Brasil já possuía uma vacina de dose única contra herpes-zoster, o imunizante Zostavax, do laboratório MSD, disponível para pessoas acima de 50 anos. A nova vacina, por ser feita com pedaços do vírus, é indicada também para imunossuprimidos e tem um grau de efetividade de 90%.
O grupo de pessoas imunossuprimidas – que inclui pessoas vivendo com HIV, pacientes em tratamento oncológico ou que passaram por transplantes -, caso não esteja vacinado, é mais propenso a desenvolver dor crônica e problemas nos pulmões e no cérebro após a infecção por herpes-zoster, o que justifica a importância da vacinação contra a doença.
O imunizante Zostavax, assim, é recomendado para pessoas acima de 50 anos. Já Shingrix pode ser aplicada nesse público e em pessoas imunossuprimidas com idade superior a 18 anos.
Ambos os imunizantes só podem ser adquiridos na rede privada de saúde.