Saiba mais sobre o autismo e a luta por direitos
O Dia Mundial do Orgulho Autista é celebrado em 18 de junho, data instituída para reconhecer o potencial das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fornecer informações sobre a condição para a população e celebrar a neurodiversidade, compreendendo que o funcionamento do cérebro de algumas pessoas é distinto do que é considerado típico. De […]
O Dia Mundial do Orgulho Autista é celebrado em 18 de junho, data instituída para reconhecer o potencial das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fornecer informações sobre a condição para a população e celebrar a neurodiversidade, compreendendo que o funcionamento do cérebro de algumas pessoas é distinto do que é considerado típico.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo existem mais de 70 milhões diagnosticadas com autismo. No Brasil, essa população é de cerca de 2 milhões de pessoas.
O autismo é uma condição caracterizada por alterações comportamentais, com a exibição de padrões repetitivos (como, por exemplo, a repetição de movimentos) e dificuldade com a comunicação e interação social (como nas linguagens verbal e não verbal) e nas relações afetivas.
O TEA se manifesta desde o nascimento ou começo da infância – daí a importância do diagnóstico precoce, que possibilita um acompanhamento multidisciplinar de acordo com as necessidades da criança e, consequentemente, uma maior qualidade de vida tanto para o indivíduo quanto para sua família. Ainda assim, não há cura para o autismo, tratando-se de uma condição permanente – ou seja, que acompanha a pessoa para toda a vida.
As pessoas com autismo apresentam manifestações únicas da condição, com diferentes níveis de intensidade entre cada uma – por isso, fala-se em “espectro” do autismo, que pode ir de leve a casos mais graves.
As causas para o transtorno ainda são desconhecidas, mas pesquisas recentes apontam para o papel que fatores genéticos e comportamentais desempenham no desenvolvimento da condição.
Luta por direitos
Saber sobre o autismo não é algo necessário apenas para o autista e sua família, mas para a sociedade como um todo. A inclusão da pessoa autista não envolve somente ações governamentais de acesso à saúde e educação, mas também a integração da criança em diferentes espaços de lazer e socialização, o que implica no papel de todos nós no processo de acolhimento e segurança da criança.
Por isso a luta pela inclusão e ampliação dos direitos da pessoa autista é tão importante. Sem uma mudança de atitude da sociedade, que deve encarar o indivíduo com autismo como uma pessoa com vontades próprias, capacidade de socialização e repleta de potencial, não há a possibilidade de desenvolvimento pleno das pessoas com o transtorno.
No Brasil, a lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista foi sancionada em 2012. A legislação determina o direito do autista ao diagnóstico precoce e tratamento; ao acesso à educação e proteção social; e ao trabalho e a igualdade de oportunidades.
Quando devidamente acompanhadas, compreendidas e estimuladas, pessoas com autismo conseguem se integrar plenamente aos espaços que as cercam e viver vidas plenas e ativas, estudando e construindo carreiras profissionais de sucesso.