Dia Nacional da Imunização: saiba como funcionam as vacinas
Este 9 de junho marca o Dia Nacional da Imunização, data criada para conscientizar a população acerca da importância das vacinas tanto no âmbito individual quanto no da saúde pública. Discutir a relevância e a necessidade das vacinas é especialmente necessário considerando a atual pandemia de Covid-19, o retorno de doenças consideradas erradicadas e o […]
Este 9 de junho marca o Dia Nacional da Imunização, data criada para conscientizar a população acerca da importância das vacinas tanto no âmbito individual quanto no da saúde pública. Discutir a relevância e a necessidade das vacinas é especialmente necessário considerando a atual pandemia de Covid-19, o retorno de doenças consideradas erradicadas e o desconhecimento de grande parte da população, que muitas vezes não sabe como as vacinas funcionam.
A primeira vacina foi descoberta no ano de 1796, quando o médico rural inglês Edward Jenner retirou uma substância da lesão de uma mulher infectada pela “varíola bovina” e injetou o líquido em uma criança de oito anos. Seis semanas depois, o médico inoculou o próprio vírus no paciente, e a criança não adquiriu a doença.
Desde lá, as vacinas foram responsáveis pela erradicação de doenças como a varíola e a poliomielite e pelo controle da difteria, tétano, hepatite e sarampo. Segundo o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunização, que oferece imunizantes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), possui vacinas para mais de 30 doenças.
Apesar dos muitos benefícios e da ampla disponibilidade no Brasil, a cobertura de vacinas obrigatórias vem caindo ao longo dos anos no país. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2021 a cobertura vacinal mal alcançava os 70% – número muito abaixo da meta de 90%.
Por exemplo, a taxa de cobertura vacinal da BCG, que combate a tuberculose, caiu de 97,98% em 2017 para 65,93% em 2021.
Embora essa queda na cobertura vacinal seja provocada por uma série de fatores, a desinformação é um importante fenômeno que deve ser considerado para explicar a hesitação que parte da sociedade brasileira tem apresentado em relação às vacinas.
Por isso, datas como o Dia Nacional da Imunização e campanhas contínuas de vacinação nos estados são necessárias para conscientizar e informar a população sobre a importância da imunização. Uma das tarefas primordiais é responder às dúvidas básicas que as pessoas possam ter sobre o tema – e uma delas é como funcionam as vacinas.
Entendendo o mecanismo de funcionamento das vacinas
Basicamente, as vacinas funcionam ao induzir uma resposta do sistema imunológico contra vírus ou bactérias, estimulando o organismo a produzir anticorpos contra a doença e “ensinando” o sistema imunológico da pessoa a reconhecer o agente patogênico da próxima vez que o corpo for infectado.
Os anticorpos são produzidos naturalmente pelo corpo humano sempre que entramos em contato com um agente infeccioso. O problema da imunidade natural é que várias pessoas podem desenvolver infecções graves, que põem a vida em risco, ao serem contaminadas por um vírus ou bactéria.
Por isso, as vacinas utilizam uma forma enfraquecida ou inativada (morta) do agente causador da doença, ou ainda uma parte dele. Essas formas atenuadas ou pedaços do patógeno – denominados antígenos – não têm capacidade de provocar uma infecção. Quando inoculadas no corpo humano, são reconhecidas pelo sistema imunológico como corpos estranhos, o que ativa as células imunológicas a produzir anticorpos específicos para aqueles antígenos.
As vacinas, assim, estimulam o corpo a produzir anticorpos e outras células de proteção contra os antígenos sem que a pessoa infectada corra qualquer risco de desenvolver a doença.
No momento em que o indivíduo vacinado é infectado pelo vírus ou bactéria de fato, o sistema imunológico já sabe como reconhecer aquele antígeno e produz uma resposta muito mais rápida e eficiente.
Efeitos adversos das vacinas
Muitos alardeados como argumentos contra a vacinação, os efeitos adversos à imunização são comuns e esperados. Esses sintomas costumam durar poucos dias após a aplicação do imunizante e podem incluir:
- Dor e vermelhidão no local da aplicação;
- Mal-estar e dores musculares;
- Dor de cabeça;
- Febre
Efeitos adversos graves são muito raros e podem ocorrer em pessoas que possuem alergia a algum ingrediente da vacina, por exemplo.