Dia Mundial da Esclerose Múltipla: entenda a doença
Este 30 de maio marca o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, data criada pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla para o compartilhamento de experiências por parte de pacientes e familiares e para a conscientização do público e de autoridades de saúde sobre o assunto, especialmente sobre a necessidade do diagnóstico precoce. A esclerose múltipla é […]
Este 30 de maio marca o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, data criada pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla para o compartilhamento de experiências por parte de pacientes e familiares e para a conscientização do público e de autoridades de saúde sobre o assunto, especialmente sobre a necessidade do diagnóstico precoce.
A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central. Em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 2 e 2,5 milhões de pessoas sejam afetadas – a maior parte delas, do sexo feminino: a esclerose múltipla é três vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens.
No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, a prevalência é de 8,69 casos para cada 100 mil habitantes.
A doença é provocada por danos na mielina, estrutura que facilita a comunicação entre os neurônios. Com a danificação da mielina, os impulsos elétricos entre os neurônios ficam comprometidos, e o cérebro se torna incapaz de enviar e receber corretamente sinais ao corpo.
Assim, funções como a visão, o equilíbrio e o controle muscular acabam sendo prejudicadas à medida que a doença progride.
Sintomas
O progresso da esclerose múltipla leva muitos anos. Nos primeiros anos da doença, os sintomas geralmente se manifestam na forma de surtos, que somem espontaneamente ou com a ajuda de medicamentos e não costumam deixar sequelas.
Após cerca de dez anos, aproximadamente metade dos pacientes evolui para a segunda forma da doença, em que não se recuperam completamente dos surtos e acumulam sequelas.
Os principais sintomas da esclerose múltipla são:
- Fadiga intensa.
- Alterações fonoaudiológicas, como dificuldade para falar e engolir.
- Transtornos visuais, como visão embaçada e dupla (diplopia).
- Formigamentos e dormências no corpo e sensação de dor ou queimação na face.
- Alterações motoras, incluindo espasmos, rigidez muscular (espasticidade), perda da força muscular, perda de equilíbrio e dificuldade para andar.
- Problemas de memória e de atenção, além de dificuldade para realizar tarefas cotidianas.
- Alterações de humor, depressão e ansiedade.
Diagnóstico precoce é essencial
Embora a esclerose múltipla não tenha cura, o diagnóstico precoce é muito importante para o controle da doença. A maior parte das pessoas diagnosticadas tem entre 20 e 40 anos, o que reforça a necessidade do diagnóstico rápido: caso não seja tratada, a esclerose múltipla provoca danos irreversíveis, como o comprometimento da capacidade do paciente de se locomover (muitos necessitam de bengalas ou cadeiras de rodas) e se comunicar, danos visuais permanentes, dentre outros.
Ou seja, quanto mais cedo diagnosticada e tratada a esclerose múltipla, maiores as chances de alterar o curso da doença a longo prazo, diminuindo a quantidade de surtos e sequelas.
O diagnóstico é feito principalmente por meio de ressonância magnética de crânio e coluna, que permite visualizar as lesões características da doença. O exame de coleta de líquor, extraído por meio de uma punção na coluna lombar, ajuda na confirmação do diagnóstico.
Tratamento
O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos e tem o objetivo de reduzir a atividade da doença, prevenir novas lesões e surtos, além de retardar a evolução da esclerose múltipla. Dessa forma, é possível manter por um período de tempo mais longo a funcionalidade dos pacientes.