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Epilepsia: tratamento adequado pode evitar crises

29 de março de 2022

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por pequenas lesões no cérebro, que podem ser decorrentes de traumas durante ou após o parto, infecções, malformações, tumores ou até um acidente vascular cerebral. Muitas vezes, inclusive, não é possível determinar as causas que deram origem ao problema, mas a consequência é semelhante: descargas elétricas anormais de […]

Epilepsia: tratamento adequado pode evitar crises

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por pequenas lesões no cérebro, que podem ser decorrentes de traumas durante ou após o parto, infecções, malformações, tumores ou até um acidente vascular cerebral. Muitas vezes, inclusive, não é possível determinar as causas que deram origem ao problema, mas a consequência é semelhante: descargas elétricas anormais de neurônios, células que compõem o cérebro, que resultam em perda de consciência súbita e movimentos involuntários.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1% da população mundial sofre de epilepsia. Os sinais e sintomas da doença variam de acordo com os tipos de crise epiléptica, sendo a tônico-clônica a mais comum. Chamada normalmente de convulsão, ela é facilmente identificada, já que o paciente apresenta abalos musculares generalizados e salivação excessiva (sialorreia). Muitas vezes, o indivíduo morde a língua e perde urina e fezes. 

Outros tipos de crise apresentam manifestações mais sutis, como alteração discreta de comportamento, olhar parado e movimentos automáticos, e podem ser de difícil reconhecimento até mesmo para médicos. Em crianças, é comum a ocorrência de crises de ausência ou desligamento, caracterizadas por uma breve parada na atividade que estava sendo desempenhada e olhar fixo. 

Há também crises que se manifestam como se a pessoa estivesse em estado de alerta, mas sem controle de seus atos. Nesse tipo de crise o indivíduo faz movimentos involuntários, mastigando sem parar, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Quando a crise parcial complexa, como é chamada, chega ao fim, a pessoa não se recorda do que aconteceu. 

Existem também outros tipos de crise que podem provocar quedas sem nenhum movimento ou contrações, percepções visuais ou auditivas anormais e alterações transitórias da memória.

Diagnóstico e tratamento 

Além dos sintomas das crises que assustam e causam medo, a epilepsia é uma doença acompanhada de preconceito e estigma social. Por esses motivos, poucas pessoas acabam recebendo o tratamento adequado, única possibilidade de garantir uma qualidade de vida para os pacientes. E a melhor forma de mudar esse contexto é através da conscientização, como propõe a campanha Março Roxo, coordenada pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE). 

O diagnóstico da epilepsia é feito por meio da avaliação do histórico do paciente, com informações sobre os tipos de crise e os sintomas apresentados. Alguns exames são importantes para auxiliar na investigação, como o eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro. 

A partir do diagnóstico do tipo de epilepsia, o médico irá determinar o tratamento mais adequado. As crises são tratadas com o uso de medicações denominadas de antiepilépticos. Em alguns casos podem ser indicados tratamentos coadjuvantes, como o uso da dieta cetogênica, tratamento cirúrgico, neuromodulação e o canabidiol, um dos compostos da folha da maconha que passou a ser utilizado para tratar a doença.

Com o tratamento clínico, com base nos antiepilépticos, a maioria das pessoas com epilepsia tem suas crises controladas e, com isso, podem ter uma vida normal, com a retomada de suas atividades diárias e pouca ou nenhuma limitação. Todavia, a recomendação é que o paciente mantenha um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e livre de álcool ou fumo. Exercícios físicos também ajudam na manutenção da saúde física e mental, mas devem ser realizados de acordo com a indicação médica. 

Como agir diante de uma crise epiléptica 

  • Coloque a pessoa em lugar confortável;
  • Retire de perto objetos com que ela possa se machucar;
  • Levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Caso a pessoa esteja babando, coloque-a de lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
  • Afrouxe as roupas;
  • Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;
  • Chame uma ambulância caso a crise dure muito tempo, for seguida por outras ou se a pessoa não recuperar a consciência; 
  • Nunca segure a pessoa, dê tapas ou jogue água sobre ela;
  • Não introduza nada na boca e não prenda a língua do indivíduo em crise, isso pode asfixiá-lo e você ainda corre o risco de ter os dedos mordidos.
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