Dia Internacional da Mulher: saiba quais exames preventivos devem ser feitos periodicamente
Uma das principais formas de manter a saúde em dia é através da realização dos exames de rotina. Mas você sabia que 20% das brasileiras não vão ao ginecologista com frequência? É o que mostra um levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A pesquisa revela que pelo menos 5,6 […]
Uma das principais formas de manter a saúde em dia é através da realização dos exames de rotina. Mas você sabia que 20% das brasileiras não vão ao ginecologista com frequência? É o que mostra um levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A pesquisa revela que pelo menos 5,6 milhões de mulheres não costumam se consultar com um ginecologista-obstetra, 16,2 milhões não passam por consulta há mais de um ano e 4 milhões nunca procuraram um profissional da área.
Ainda de acordo com o estudo, as principais razões que levam as brasileiras a não frequentarem o ginecologista são considerar-se saudável, o que corresponde a 31% das respostas, e não achar importante ou necessário, argumentação dada por 22% das entrevistadas. Porém, aqui vai uma informação de alerta: mesmo sem qualquer anormalidade, a consulta com o seu ginecologista deve ser realizada pelo menos uma vez ao ano, após a primeira menstruação.
Mas por qual razão é tão importante ir ao ginecologista? Porque é durante essa consulta que a mulher pode tirar dúvidas e receber orientações sobre cuidados com higiene íntima, ciclo menstrual, prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, câncer de colo de útero, de mama e tantas outras doenças. Por isso, neste Dia Internacional da Mulher (8/3), conheça os principais exames que toda mulher deve fazer para manter a sua saúde em dia.
História clínica e exame clínico
Durante a consulta anual com o ginecologista, o médico investiga sinais, sintomas e fatores de risco, além de realizar o exame clínico das mamas, exame especular e toque vaginal. A história clínica e exame clínico têm a finalidade de detectar alterações e direcionar os exames necessários para diagnóstico e tratamento específico.
Exames de sangue
Os exames de sangue são solicitados a critério do médico para investigação e diagnóstico, de acordo com a história clínica e exame físico da paciente. Eles traçam um panorama sobre a saúde da mulher, sendo os mais comuns o hemograma, colesterol total e frações, glicemia de jejum, creatinina, HIV, sífilis, hepatites B e C, THS, T4livre, FSH, LH.
Papanicolau (Colpocitologia Oncótica)
Consiste na coleta de material da vagina e do colo do útero para análise citológica em laboratório. Através do papanicolau é possível não apenas diagnosticar, mas também determinar o risco da mulher desenvolver câncer de colo no útero. Deve ser realizado anualmente, a partir do início da vida sexual.
Ultrassom pélvico e transvaginal
Os exames de imagem de ultrassom pélvico e transvaginal servem para medir e examinar útero, trompas, colo uterino e ovários, verificando a existência ou não de pólipos, cistos, miomas ou endometriose, doença em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce de maneira irregular. Devem ser realizados todos os anos, após a consulta com o médico ginecologista.
Mamografia
A mamografia é o principal exame capaz de detectar precocemente o câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que seja feito anualmente a partir dos 40 anos de idade. Em caso de histórico familiar, a realização do exame deve iniciar-se 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente, porém não antes dos 27 anos. Para as mulheres trans e travestis que usam o hormônio estrogênio, a indicação é iniciar a realização da mamografia a partir dos 40 anos ou após 15 anos de uso da medicação.
Ultrassom de mamas
A ultrassonografia de mamas analisa e identifica pequenas lesões, cistos ou nódulos mamários. É indicado para pacientes jovens, com mamas densas, ou como complemento do exame de mamografia.
Densitometria óssea
Com o objetivo de avaliar se a paciente corre risco de osteoporose, a densitometria óssea é um exame com raios X, que mede a densidade mineral dos ossos. É realizado anualmente após a menopausa. Se nada for detectado no último exame, pode ser feito a cada dois anos.