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Hanseníase: o que é, causas, sintomas e tratamentos

25 de janeiro de 2022

O mês de janeiro é dedicado à campanha nacional de conscientização sobre a hanseníase, uma doença ainda vista com muito preconceito e desinformação. Anteriormente conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma enfermidade infecciosa, contagiosa, que causa lesões nos nervos periféricos e na pele, podendo provocar deformidades ou sérias incapacidades físicas. De […]

Hanseníase: o que é, causas, sintomas e tratamentos

O mês de janeiro é dedicado à campanha nacional de conscientização sobre a hanseníase, uma doença ainda vista com muito preconceito e desinformação. Anteriormente conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma enfermidade infecciosa, contagiosa, que causa lesões nos nervos periféricos e na pele, podendo provocar deformidades ou sérias incapacidades físicas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30 mil novos casos de hanseníase são registrados anualmente no Brasil, o que coloca o país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás apenas da Índia. E apesar de ter cura, ela ainda é estigmatizada e negligenciada. Conheça mais sobre as causas, os sintomas e tratamentos da hanseníase, patologia considerada uma das mais antigas da humanidade.

Entenda a doença

 A hanseníase é uma doença crônica, infecciosa, causada por uma actinobacteria chamada Mycobacterium leprae. Ela é capaz de afetar qualquer pessoa e se caracteriza pela alteração, diminuição ou perda de sensibilidade térmica, dolorosa, tátil ou força muscular, principalmente em mãos, braços, pernas e olhos, provocada por lesões nos nervos. O paciente com a doença pode apresentar manchas ou não na região do corpo diagnosticada com a falta de sensibilidade.

O período de incubação da hanseníase, que representa desde o momento em que o indivíduo entra em contato com a bactéria até o aparecimento dos sintomas da doença, pode durar, em média, dois a sete anos. Por isso, é considerada uma patologia crônica de evolução lenta. A sua transmissão ocorre por meio das vias aéreas superiores, através das secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro. Quando em tratamento regular ou após alta, o paciente não é mais capaz de transmitir a doença.

Sintomas da hanseníase

  • Manchas claras, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, geralmente com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, frio, à dor e ao tato;
  • Caroços na pele;
  • Áreas com diminuição dos pelos;
  • Formigamento, sensação de choque, dores e fisgadas nas extremidades do corpo;
  • Entupimento, ressecamento e sangramento nasal;
  • Olhos secos;
  • Diminuição de força;
  • Inchaço nas mãos e nos pés.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da hanseníase é feito através de uma avaliação dermatológica e neurológica, com o auxílio de exames laboratoriais para a confirmação da doença. A OMS propôs a classificação da patologia em quatro tipos diferentes, de acordo com o grau e quantidade de lesões: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculóide e virchowiana. Porém, em termos terapêuticos, somente dois tipos são considerados: paucibacilar e multibacilar. As manifestações clínicas da enfermidade estão diretamente relacionadas ao tipo de resposta imunológica do paciente à bactéria.

Ambos os tipos de hanseníase, paucibacilar e multibacilar, são tratados com o uso de antibiótico e outras medicações, variando de duração de acordo com cada caso. O kit de medicamentos para a doença é fornecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde. A hanseníase é uma doença curável, porém pode ser transmitida e deixar sequelas se o diagnóstico demorar muito para ser feito. Por isso, quanto mais cedo for identificada a enfermidade, menos transmissões, complicações e deficiências irão ocorrer.

Após o tratamento, é possível que o paciente, mesmo apresentando a forma mais leve da doença, não recupere totalmente a sensibilidade nos locais das lesões. Em casos mais graves, pode haver sequelas como a perda de força, que impõe limitações físicas. É importante lembrar que parentes e pessoas que fazem parte do convívio do indivíduo infectado devem procurar atendimento médico para serem examinados, já que a bactéria é capaz de permanecer incubada no organismo por anos sem apresentar sinais.

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